“Quem tem
sede demais não escolhe a água”
(*) Kátia Horpaczky
Quem
não quer viver um grande amor? Ninguém duvida de que é maravilhoso amar. Os
efeitos desse sentimento em nossa vida são surpreendentes. Deixar-se envolver
por este sentimento por alguém pode fazer com que nossa vida fique mais
“colorida”. Mas, como boa parte das coisas em nossa vida, é preciso ter cuidado
quando esse sentimento causa problemas em nossa vida, quando ao invés de termos
uma sensação de leveza, temos apenas um aperto em nosso peito, quando o objeto
de nosso amor se sente sufocado e preso ao nosso lado, talvez seja a hora de
analisarmos como estamos amando. Quando amar significa sofrer, quando gastamos
grande parte das nossas conversas com nossas amigas intimas falando sobre
“ele”, talvez seja um sinal de alerta de que estamos exagerando no nosso
sentimento, talvez estejamos amando em excesso. Quando tudo em nossa vida gira
em torno do ser amado e quando queremos que ele só viva para nós pode ser um
outro indício de que estamos exagerando no nosso amor. Outros pontos
importantes que indicam alerta são:
-
Quando desculpamos seu mau humor ou sua indiferença. Mesmo não gostando de
muitas de suas características, valores e, até mesmo comportamentos, toleramos
e agüentamos muitas vezes na esperança
de que ele mude.
Ou
quando essa relação coloca em risco a nossa integridade física e psíquica,
nosso bem-estar ou até mesmo a nossa saúde.
Apesar
de todos esses pontos, de toda dor, sofrimento e decepções, “amar demais” é uma
experiência tão comum para muitas mulheres, que muitas acreditam que todos os
relacionamentos são assim.
Achamos
que “amar demais” significa amar muitos homens ou até mesmo se apaixonar com
muita freqüência. Não se trata disso, o que estamos falando aqui é daquele
amor, daquela relação onde ficamos obcecadas e o sofrimento predomina. A
maioria de nós já “amou demais” pelo menos uma vez na vida, e para muitas
mulheres este padrão está sendo repetido diversas vezes.
Amar
se torna “amar demais” quando o nosso parceiro é inadequado, desajustado,
desatencioso, grosseiro e muitas vezes inacessível, e assim mesmo não
conseguimos sair dessa relação.
Precisamos
compreender e perceber como o fato de queremos manter essa relação, de amar, de
ansiarmos por amor, torna-se um problema e até mesmo um vício. Isso mesmo, um
vicio! Ficamos viciadas em um homem! Viciamo-nos nesse tipo de relacionamento e
ficamos nele muitas vezes por medo de ficarmos sozinhas, de sermos abandonadas,
damos amor em demasia na esperança de sermos amadas e cuidadas por esse homem.
E como qualquer pessoa viciada, tem que admitir a seriedade desse problema para que possa se
recuperar. Você só vai se recuperar, elevar sua auto-estima, se retirar seu amor e atenção da sua
“obsessão” e colocar na sua própria vida.
Se
você conseguiu nesse pequeno texto perceber o “problema” e entender que precisa
de ajuda, esse é o primeiro passo para uma mudança. Procure auxilio
profissional, de um psicólogo.
Existe
um grupo de apoio chamado MADA – Mulheres que Amam demais Anônimas. É um grupo
de mulheres que enfrentam esse problema e se ajudam mutuamente. www.grupomadasp.com.br
Leitura
indispensável:
Mulheres
que amam demais
Robin
Norwood
(*)
Kátia Horpaczky
Psicóloga
Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal.
Contatos:
katia@rodadavida.com.br
Tel:
11-5573-6979
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