sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O luto é inevitável, saiba lidar com ele

(*) Katia Cristina Horpaczky

A morte é a experiência mais angustiante que passamos. Mais cedo ou mais tarde, iremos sofrer a perda de alguém próximo, pode ser um amigo, um amor, um parente próximo. Na nossa cultura, falamos e pensamos muito pouco acerca da morte. Por isso, não aprendemos a lidar com o luto: como nos faz sentir, o que devemos fazer, o que é "normal" acontecer - e de o aceitar.

Vou tentar aqui esclarecer algumas das características principais do luto como, às vezes, podemos ficar presas a ele e a ajuda que poderemos e deveremos procurar.
O luto é um processo que ocorre imediatamente após a morte de alguém que amamos. Não é um sentimento único, mas sim um conjunto de sentimentos e emoções que requer um tempo para serem digeridos e resolvidos e que não pode ser apressado, cada um de nós tem um “tempo emocional” que deve ser respeitado. Apesar de sermos indivíduos com características próprias, a forma como vivenciamos o luto é muito semelhante na maioria.

Enxurrada de emoções

Nas horas e dias seguintes à morte, a maioria das pessoas passa pela fase da negação ou descrença, ficando totalmente "atordoada", como se não pudesse acreditar no ocorrido. Mesmo quando a morte era esperada, este sentimento pode surgir, mesmo que seja com menor intensidade.
Este sentimento de torpor ou dormência emocional, como se estivéssemos anestesiados, pode ajudar a levar a cabo todos aqueles procedimentos burocráticos inerentes a este processo, mas pode tornar-se num problema se continuar a subsistir.

Ver o corpo da pessoa falecida pode, para alguns, ser uma forma de começar a ultrapassar isto e começar a superar a perda. Da mesma forma, para algumas pessoas, o velório e o enterro podem ser situações onde a realidade começa a ser encarada. Apesar de ser difícil lidar com estas situações, o fato é que elas constituem um modo de dizer adeus àqueles que amamos. Estes acontecimentos podem parecer demasiadamente dolorosos, mas o fato é que fugir a eles pode trazer problemas mais tarde, muitas vezes, provocando um certo arrependimento.
Depois da fase de "negação", poderá surgir um período de grande agitação, ansiedade  e ânsia pelo que foi perdido. Surge o sentimento de querer encontrar essa pessoa seja de que maneira for, mesmo que tal seja impossível. Por isto, nesta fase a pessoa começa a não conseguir relaxar ou a concentrar-se e o sono pode ser muito agitado. Os sonhos que surgem nesta altura podem ser muito confusos, pode surgir o medo de dormir sozinho ou no escuro.

Algumas pessoas chegam mesmo a "ver" quem perderam, na rua, em casa. Com muita freqüência, a pessoa em luto sente-se muito zangada e revoltada contra médicos e enfermeiros que não conseguiram impedir a morte que agora lhe pesa, contra os amigos e familiares que nunca deram o seu máximo. É comum também sentir raiva da pessoa que morreu, que foi embora e assim a deixou, abandonou.

Culpa

Vamos falar de outro sentimento comum: a culpa. Quando se perde alguém, é comum começarmos a pensar em tudo aquilo que podia ter sido feito ou dito para aquela pessoa ou ainda o que podia ter feito para impedir essa morte. Claro que a morte é um acontecimento que está além do controle seja de quem for e a pessoa em luto deve ser lembrada disso o tempo todo, se for necessário.
A culpa também pode surgir depois de se sentir alívio pela morte de alguém que nos era muito querido, mas que sabíamos estava a sofrer. Este sentimento é normal, compreensível e muito comum.

Essas fases podem ser seguidas rapidamente de períodos de grande tristeza e depressão, retiro e silêncio. Estas mudanças súbitas de emoções podem deixar amigos e familiares confusos, mas faz parte do processo natural de luto. Crises de choro e angústia intensa podem surgir a qualquer momento. Algumas pessoas podem não conseguir perceber estas crises ou ficar sem saber o que fazer quando elas acontecem. Poderá haver uma tendência da parte da pessoa em luto para evitar as outras pessoas, mas isto pode trazer problemas futuros e, por isso, será melhor que volte à sua "vida normal" o mais rapidamente possível. Durante este período, pode parecer estranho aos outros que a pessoa em luto passe muito tempo sentada, sem fazer nada, mas o fato é que ela estará a pensar em quem perdeu, recordando constantemente os bons e maus períodos que passaram juntos. Esta é uma fase silenciosa, mas essencial à resolução do luto.

À medida que o tempo passa, a angústia intensa resultante do luto começa a desaparecer. A depressão atenua-se e será possível, finalmente, começar a pensar em outros assuntos e até em novos projetos. É importante salientar que o sentimento de perda nunca desaparecerá por inteiro. Depois de algum tempo, deve ser possível sentir-se de novo "completo", apesar de faltar sempre uma parte de si que nunca será substituída. Quando sabemos disso e admitimos esse processo será menos dolorido.

Como ajudar nesse momento?

A família e os amigos podem ajudar a pessoa em luto passando um tempo com ela demonstrando que estão presentes para o que for necessário neste período de dor e tristeza. É importante que a pessoa em luto, se necessitar, tenha alguém com quem chorar e falar sobre a perda sentida, sem que o “amigo” fique dizendo para se recompor e refazer a sua vida. Nesse momento, o que ela precisa e falar e ser ouvida, pois o “falar” nessa fase é “terapêutico”. Com o tempo, a pessoa em luto se restabelecerá, mas não antes de ter chorado tudo, de ter falado sobre a pessoa e a perda.
Não devemos esquecer que datas importantes (o dia do aniversário, do casamento, etc.) poderão ser particularmente difíceis de reviver e pôr a pessoa em luto a participar ativamente na preparação de tais celebrações poderá ajudá-la a não se sentir tão sozinha. É importante dar o tempo necessário para que a pessoa em luto possa superar sua dor, pois de outra forma poderá vir a ter problemas no futuro.

Ficar "preso" ao luto

Há pessoas que parecem não passar pelo processo de luto, que não choram no velório ou no funeral e até evitam falar da pessoa que perderam. São pessoas que voltam à sua vida "normal" e retomam a rotina muito rapidamente. Esta pode ser sua forma normal de lidar com a perda sem conseqüências negativas, mas outras pessoas poderão, ao contrário, sofrer sintomas físicos e desencadear um processo depressivo.

Algumas pessoas podem não ter a oportunidade de passar pelo processo de luto da melhor forma, uma vez que têm de continuar a sua vida profissional ou familiar, não tendo tempo de “passar” pelo luto.
Algumas pessoas podem iniciar o processo de luto, mas permanecer nele sem o resolver. Nestes casos, a dor e a angústia por quem se perdeu mantêm-se e podem mesmo passar anos sem que a situação seja realmente resolvida. Nestes casos, a pessoa pode continuar a não aceitar que perdeu quem faleceu, mantendo-se na fase de descrença referida atrás ou, por outro lado, só conseguir pensar em tal pessoa, mantendo, por exemplo, o quarto da pessoa falecida intacto e como uma espécie de local de culto.

Ocasionalmente, a depressão que ocorre com todo e qualquer luto pode agravar-se ao ponto de a pessoa deixar de se alimentar e até pensar em suicídio. Em todos estes casos será obviamente necessária ajuda profissional especializada.
Se você considera que pode estar em risco de sofrer desta incapacidade de resolução do luto, ou conhecer alguém que pode estar nesta situação e considera importante partilhar isso com alguém exterior a família ou amigos, pode buscar auxilio de um profissional, de um psicólogo para superar essa fase.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

O orgulho pode acabar com o seu relacionamento

O orgulho é o sentimento que desencadeia o fim de um relacionamento em muitos casos. Ele vai destruindo o amor e a cumplicidade de um casal e faz com que as coisas boas que vocês sentem um pelo outro acabem se desmoronando até que não reste mais nada.

Obviamente que, por um lado, o orgulho pode fazer uma mulher acordar para algumas situações.  Algumas mulheres passam anos sofrendo humilhações, traições e, só quando o orgulho aparece é que elas conseguem acordar e mudar de vida.

O problema do orgulho vem quando o homem ou a mulher ficam egoístas demais e não cedem de jeito nenhum. O relacionamento, antes prazeroso, vai se tornando seco, sem vida.

Uma das coisas mais difíceis da vida é estar ao lado de uma pessoa orgulhosa. Ela errou, mas não tem a capacidade de dizer “me perdoe”, “me desculpe”, “eu errei com você”.

muitas vezes, o casal está louco para se reconciliar, mas, como os dois estão magoados e orgulhosos, acabam ficando um de cara fechada para o outro. E, um simples desentendimento, que poderia ser resolvido de forma rápida acaba se tornando um verdadeiro obstáculo entre o casal.

Agora, se o seu parceiro é orgulhoso, você precisa ter jogo de cintura para lidar com ele. Evite gritar ou perder a paciência. Saiba conversar com uma certa doçura. Assim, o homem se sente mais a vontade e acaba resolvendo pedir desculpas.

E, quanto mais o amor verdadeiro toma conta do coração de uma pessoa, mais o orgulho acaba e perde a força.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Ansiedade dá 21 sinais no corpo e na mente: aprenda a identificar.

Ansiedade generalizada: o que é?
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), da Associação Americana de Psiquiatria, o Transtorno de Ansiedade Generalizada é uma doença caracterizada por sentimentos exagerados de ansiedade e medo.

O distúrbio é tão excessivo que até o eventos banais se tornam motivo para preocupação, como pequenos afazeres no trabalho, finanças e atrasos.

Em consequência, surgem sinais de ansiedade psíquicos e físicos, frutos do esforço que o corpo tem de fazer pelo estado de alerta. Ainda de acordo com o manual, a maioria dos quadros dura seis meses, mas há aqueles que duram anos e o paciente tem grande dificuldade em controlar seu impulso ansioso.

Causas
Fatos que podem desencadear crises estão relacionados a eventos em que houve perda, como demissão de um emprego, morte de parente, perda de referências, de liberdade, etc. Também existem os eventos bons que desencadeiam ansiedade, como uma viagem tão desejada, casamento mudança de casa, nascimento de filho, maternidade.

Sintomas Psíquicos
Preocupação exagerada
Medo constante
Apreensão
Inquietude
Nervosismo
Dificuldade de concentração
Sensação de que algo ruim vai acontecer
Descontrole com os próprios pensamentos
Preocupação exagerada em relação à realidade

Sintomas Físicos
Dor ou aperto no peito
Fadiga
Palpitação no coração
Tontura
Sensação de que vai desmaiar
Falta de ar
Dor de barriga
Diarreia
Fala exageradamente rápida
Tensão muscular
Dor nas costas
Perturbação do sono

Ansiedade normal ou patológica?
 A principal diferença do Transtorno de Ansiedade Generalizada da sensação normal é o prejuízo social. A ansiedade é  tão intensa que atividades simples, como dormir e trabalhar, se tornam extremamente difíceis.

Diagnóstico
O diagnóstico é  clínico, não conta com exames a não ser a percepção e investigação médica. O profissional mais qualificado é o psiquiatra.

Ansiedade tem cura?
Ansiedade tem cura por meio do tratamento adequado.  É  muito importante a adesão ao tratamento,  muitas pessoas nao conseguem ter resultado pois não fazem terapia e deixam de tomar a medicação.

Tratamentos
Os principais meios para tratar os sintomas de ansiedade são o uso de medicamentos psiquiátricos, que podem ser ansiolíticos ou antidepressivos, e terapia com um psicólogo, a fim de aprender a controlar o impulso ansioso.
A prática de atividades física também é auxilia muito no controle da ansiedade, Yoga por exemplo.

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