segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

no ANO novo, CHANCE DE RECOMEÇAR

 

(*) Katia Horpaczky

Entra ano e sai ano, tem muita coisa que a gente repete sem perceber e outras que repetimos por falta de opção ou mesmo de planejamento. Às vezes o Maximo que fazemos são as conhecidas promessas que não cumprimos. Vamos protelando as ações, esquecendo, ou tentando ignorar, que assim estamos protelando a vida.

O tempo que temos nas mãos é esse instante. Esse é o seu momento – de mudança – de renascimento de se reinventar
Persistimos na idéia de um ano novo que nos salvará de nossos medos, que atenderá todos nossos anseios, como num passe de mágica resolverá todos os nossos problemas. O seu hoje é o retrato da sua liberdade de ontem. Não agir? Que mudanças fazer? Por onde começar? Ficar olhando o tempo passar? Tudo isso são escolhas veladas que fazemos ao negarmos a nossa responsabilidade sobre a vida que temos nas mãos.

OPORTUNIDADE DE RECOMEÇAR

Avalie cada campo de sua vida: saúde física, saúde mental, trabalho, família, espiritualidade, afetividade, sexualidade... Como você tem vivido cada um deles? Como você tem se cuidado? Se achar que pode lhe ajudar, anote, registre. Deixe que os sentimentos lhe apontem essa avaliação e aprofunde: quais aspectos precisam ser trabalhados? De que maneira posso viver mais plenamente?
A partir de uma avaliação sincera, inteira, interessada e amorosa de seu próprio processo, você pode dar outros passos. Aqueles ligados ao planejar. Não um planejamento rígido, mas uma definição de metas tangíveis e divididas em passo-a-passo. Registre da maneira que tenha mais a ver com sua alma: faça um mural com recortes de revistas e palavras-chave, elabore um planejamento com tópicos, escreva uma carta para si mesmo.
Não ceda à tentação de deixar para amanhã. Inicie seu novo projeto de vida já mudando este padrão de procrastinar.
Dê um passo hoje, agora mesmo.
Prepare-se para uma nova etapa, para um ano novo realmente novo! Renovando já suas atitudes, apostando já em seu potencial criativo! Quebre paradigmas, mude seus pensamentos e suas ações – mesmo comportamentos e atitudes = mesmos resultados – faça as mesmas coisas e terá os mesmos resultados. Inove, mude, renove, reveja e arrisque-se – só conseguimos resultados diferentes se agirmos de forma inovadora!
(*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clinica e Organizacional, Psicoterapeuta Sexual, Familia e Casal
E-mail: katia@rodadavida.com.br
Tel: (11) 5573-6979


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Você entende o Espírito Natalino?

  (*) Katia Horpaczky

  Ninguém tem obrigação de ficar alegre no Natal, mas entender esse espírito festivo é o caminho para entrar no clima de paz, encontro e renovação! Cada um de nós pode dar seu próprio sentido ao Natal e, aos princípios que estão por trás dessa festa.

  O que não vale é ficar feliz por obrigação, só porque a data simboliza a alegria, só porque todos estão comemorando. Nessa época é quase uma ofensa social não comemorar, não se alegrar, mas não precisamos nos forçar a isso. A festividade, muitas vezes, fica constrangedora, e sentimentos de melancolia tomam conta, por inúmeros motivos, como por exemplo, a saudade de quem se foi. Isso é o que chamamos de "melancolia natalina".

  Há uma frase muito interessante que diz: "A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional", de Richard Bach. Muitas vezes, quando sofremos, seja lá por que motivo temos a tendência de achar que ninguém naquele momento pode entender nosso sofrimento. É claro que isso é falso. Cada indivíduo do mundo tem o seu sofrimento! Nossos sentimentos têm a dimensão que damos a eles. Portanto, será que vale a pena mergulhar nessa viagem de sofrimento sem deixar uma possibilidade de volta? Viver implica em risco e nesse pacote também está a dor, a frustração, o medo, a satisfação, a alegria, o prazer...e tudo isso pode acontecer também nessa época de festas, por que não? O mundo não fica melhor só porque é Natal. É preciso passar pelas festas de fim de ano sem ansiedade ou obrigação de se estar feliz. É preciso respeitar o seu espaço.

  O grande encontro
  Outro fator de estresse  são os presentes. Será que os Reis Magos tiveram problema para escolher o presente do menino Jesus? Eram outros tempos! Hoje, dar presentes pode ser uma situação complicada, estressante, que explica boa parte da nossa "natalite aguda". O ato de presentear deveria  ser agradável, até para que os presentes carreguem um conteúdo mais positivo! Quando compramos por obrigação, tudo isso se perde e traz junto sentimentos negativos.

     Se você  procurar satisfação apenas nos presentes e ou mesmo na comida, vai acabar se frustrando, pois a felicidade é uma construção que cada um deve fazer. Há pessoas que se sentem "deslocadas" durante as festas natalinas não porque estejam sozinhas, mas porque não se encontraram consigo mesmas. O espírito natalino só é positivo se for verdadeiro. Não pode ser dissimulado, comprado, disfarçado, artificial, nada de fingir ou até mesmo se forçar a agir com paz, amor e compaixão, só porque essas seriam as emoções "certas" e esperadas para essa época.

  Melhor é procurar esses sentimentos de forma autêntica, dentro do seu coração. Buscar verdadeiras razões e motivos que podem fazer você perceber a importância de  respeitar o próximo e o valor das verdadeiras amizades. Não podemos negar o efeito da renovação e do prazer de  encontrar as pessoas de quem gostamos, de exaltar a paz e a confraternização, principalmente nos dias atuais em que as relações são tão efêmeras e o desrespeito pelo próximo parece ser a regra. Esses são alguns dos significados do Natal, o verdadeiro "espírito natalino" que às vezes se perde  no meio dos afazeres e da sensação de que não sabemos direito o que estamos festejando.

  A renovação e a esperança de tempos melhores está muito ligada à celebração cristã do Natal. No mundo ocidental, o nascimento de Cristo tem esse significado: da grande esperança em novos tempos. A natalidade é a condição humana da renovação e também para uma mudança da ordem social que só será possível com o envolvimento e participação individual de cada um.
 
Crie seu clima
  . RECORDE A INFÂNCIA. Lembre-se do que você mais gostava nos Natais da sua infância e tente repetir o que traz boas lembranças.

  . NÃO SE OBRIGUE. Descubra do que você não gosta no Natal e evite. Não se obrigue a participar e fazer coisas que sejam desagradáveis.

  . EXPERIMENTE EXPERIMENTAR. Reduza os gastos e convide outras pessoas a fazer o mesmo, buscando alternativas a despesas tradicionais. Será divertido experimentar algo mais criativo.

  . DEIXE A CULPA DE LADO. Ao menos neste dia, você não é o responsável pela miséria do mundo, pelos desentendimentos da família, pela roupa que sua filha diz que não tem, pela festa que gostaria de fazer e não fez, por isso, por aquilo...

  . DÊ VIDA ÀS TRADIÇÕES. Considere as origens e tradições que fazem sentido para você, sua família ou amigos e vá fundo nesse resgate. Isso dará mais sabor a tudo.

  . RESPEITE SUA VONTADE. Se você realmente não está a fim de Natal, diga para as pessoas que resolveu fazer um retiro, que continua gostando muito de todos e vá.

  . FAÇA MENOS. Uma ceia não precisa ter dez pratos diferentes, todos no tamanho "javali-do-Obelix" para fazer sucesso. Um pequeno menu bem saboroso basta para uma noite e um dia seguinte de muitos prazeres à mesa.

  (Extraído do livro Descomplique Seu Natal, de Elaine St. James)
  
  (*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clinica e Organizacional, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal,
  E-mail: katia@rodadavida.com.br
   Tel.: (11) 5573-6979


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Ai, que Saudade ....


(*) Katia Horpaczky


Saudades... recordações... lembranças... por que será que nunca conseguimos resistir ao “nó na garganta?

Podemos dizer que nem tudo é melancolia, quando o coração aperta e vem aquele “nó” na garganta, recordando um amor, uma fase da vida ou mesmo, um lugar.
A saudade pode ser transformada num sentimento confortante, livrando-se do lado sombrio da melancolia e ficando apenas com o lado bom e gostoso do que está longe, de quem não está mais aqui... do que não volta mais.


“Ter saudade até que é bom. É melhor que caminhar sozinho”.
Da canção “Sonhos”, de Peninha.


Às vezes, basta um cheiro, uma música ou uma palavra... E pronto! A saudade entra em ação, trazendo muitos sentimentos com ela: tristeza, ressentimento, alegria, amargura, esperança, desilusão... E um forte desejo de querer voltar no tempo...

É quando dizemos que a saudade dói, mas não é uma dor física, é uma dor no coração, na alma. Sentir saudades é bom, mas precisamos aprender a abrir espaços para novas experiências, vivências e pessoas.

Existem saudades que nos levam a uma reavaliação de como estamos conduzindo a nossa vida, que pode estar muito acelerada ou desconectada de nossas realidade e necessidades. Por exemplo: sentir saudades de um amigo que mora na nossa cidade, não há necessidade de manter essa saudade; é só reorganizar a rotina diária para ter um tempo de ligar ou mesmo encontrá-lo. Isso vale para muitas outras saudades.

Quando se sente saudade de um amor do passado com muita freqüência, a ponto de se tornar uma obsessão, é momento de reavaliar a atual situação dos relacionamentos afetivos.

Essa pessoa amada do passado pode estar sinalizando que alguma coisa está faltando hoje. Podemos avaliar se os relacionamentos afetivos atuais possuem carinho, afeto, romantismo e até mesmo a paixão que havia no antigo amor.

Porém, se a saudade é de um ente querido que faleceu, é importante avaliar o que essa pessoa representou e ainda representa na nossa vida para que possamos lembrar dela sem ressentimentos ou idealizações excessivas. O ente querido pode continuar a viver dentro de você com as coisas boas que ele deixou.

Podemos permitir preencher o espaço vazio com as relações atuais. No relacionamento com pessoas mais velhas, por exemplo, podemos ter o apoio, o incentivo e até mesmo o “colo” que tínhamos dos nossos pais. Não é esquecer ou substituir o ente querido por outro; é amenizar a dor da falta, da perda, da solidão...

Havendo muita dificuldade em superar a falta e a perda, a tristeza e a melancolia resultantes, podem provocar doenças de fundo psicossomático e até mesmo a depressão. Isto porque as nossas emoções influenciam diretamente o nosso organismo.  O que pode ser feito é evitar os pensamentos depressivos e procurar vivenciar a saudade de forma positiva, deixando de fora a dor e a amargura, estimulando as recordações dos momentos alegres.

Não existe nenhuma química que acabe com a saudade, mas você pode recorrer ao auxílio de um psicólogo para, através de um processo de psicoterapia, reavaliar a sua vida e livrar-se da tristeza e da dor.

(*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal,
E-mail: katia@rodadavida.com.br
Tel: (11) 5573-6979





quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O luto é inevitável, saiba lidar com ele

(*) Katia Cristina Horpaczky

A morte é a experiência mais angustiante que passamos. Mais cedo ou mais tarde, iremos sofrer a perda de alguém próximo, pode ser um amigo, um amor, um parente próximo. Na nossa cultura, falamos e pensamos muito pouco acerca da morte. Por isso, não aprendemos a lidar com o luto: como nos faz sentir, o que devemos fazer, o que é "normal" acontecer - e de o aceitar.

Vou tentar aqui esclarecer algumas das características principais do luto como, às vezes, podemos ficar presas a ele e a ajuda que poderemos e deveremos procurar.
O luto é um processo que ocorre imediatamente após a morte de alguém que amamos. Não é um sentimento único, mas sim um conjunto de sentimentos e emoções que requer um tempo para serem digeridos e resolvidos e que não pode ser apressado, cada um de nós tem um “tempo emocional” que deve ser respeitado. Apesar de sermos indivíduos com características próprias, a forma como vivenciamos o luto é muito semelhante na maioria.

Enxurrada de emoções

Nas horas e dias seguintes à morte, a maioria das pessoas passa pela fase da negação ou descrença, ficando totalmente "atordoada", como se não pudesse acreditar no ocorrido. Mesmo quando a morte era esperada, este sentimento pode surgir, mesmo que seja com menor intensidade.

Este sentimento de torpor ou dormência emocional, como se estivéssemos anestesiados, pode ajudar a levar a cabo todos aqueles procedimentos burocráticos inerentes a este processo, mas pode tornar-se num problema se continuar a subsistir.

Ver o corpo da pessoa falecida pode, para alguns, ser uma forma de começar a ultrapassar isto e começar a superar a perda. Da mesma forma, para algumas pessoas, o velório e o enterro podem ser situações onde a realidade começa a ser encarada. Apesar de ser difícil lidar com estas situações, o fato é que elas constituem um modo de dizer adeus àqueles que amamos. Estes acontecimentos podem parecer demasiadamente dolorosos, mas o fato é que fugir a eles pode trazer problemas mais tarde, muitas vezes, provocando um certo arrependimento.
Depois da fase de "negação", poderá surgir um período de grande agitação, ansiedade  e ânsia pelo que foi perdido. Surge o sentimento de querer encontrar essa pessoa seja de que maneira for, mesmo que tal seja impossível. Por isto, nesta fase a pessoa começa a não conseguir relaxar ou a concentrar-se e o sono pode ser muito agitado. Os sonhos que surgem nesta altura podem ser muito confusos, pode surgir o medo de dormir sozinho ou no escuro.

Algumas pessoas chegam mesmo a "ver" quem perderam, na rua, em casa. Com muita freqüência, a pessoa em luto sente-se muito zangada e revoltada contra médicos e enfermeiros que não conseguiram impedir a morte que agora lhe pesa, contra os amigos e familiares que nunca deram o seu máximo. É comum também sentir raiva da pessoa que morreu, que foi embora e assim a deixou, abandonou.

Culpa

Vamos falar de outro sentimento comum: a culpa. Quando se perde alguém, é comum começarmos a pensar em tudo aquilo que podia ter sido feito ou dito para aquela pessoa ou ainda o que podia ter feito para impedir essa morte. Claro que a morte é um acontecimento que está além do controle seja de quem for e a pessoa em luto deve ser lembrada disso o tempo todo, se for necessário.
A culpa também pode surgir depois de se sentir alívio pela morte de alguém que nos era muito querido, mas que sabíamos estava a sofrer. Este sentimento é normal, compreensível e muito comum.

Essas fases podem ser seguidas rapidamente de períodos de grande tristeza e depressão, retiro e silêncio. Estas mudanças súbitas de emoções podem deixar amigos e familiares confusos, mas faz parte do processo natural de luto. Crises de choro e angústia intensa podem surgir a qualquer momento. Algumas pessoas podem não conseguir perceber estas crises ou ficar sem saber o que fazer quando elas acontecem. Poderá haver uma tendência da parte da pessoa em luto para evitar as outras pessoas, mas isto pode trazer problemas futuros e, por isso, será melhor que volte à sua "vida normal" o mais rapidamente possível. Durante este período, pode parecer estranho aos outros que a pessoa em luto passe muito tempo sentada, sem fazer nada, mas o fato é que ela estará a pensar em quem perdeu, recordando constantemente os bons e maus períodos que passaram juntos. Esta é uma fase silenciosa, mas essencial à resolução do luto.

À medida que o tempo passa, a angústia intensa resultante do luto começa a desaparecer. A depressão atenua-se e será possível, finalmente, começar a pensar em outros assuntos e até em novos projetos. É importante salientar que o sentimento de perda nunca desaparecerá por inteiro. Depois de algum tempo, deve ser possível sentir-se de novo "completo", apesar de faltar sempre uma parte de si que nunca será substituída. Quando sabemos disso e admitimos esse processo será menos dolorido.

Como ajudar nesse momento?

A família e os amigos podem ajudar a pessoa em luto passando um tempo com ela demonstrando que estão presentes para o que for necessário neste período de dor e tristeza. É importante que a pessoa em luto, se necessitar, tenha alguém com quem chorar e falar sobre a perda sentida, sem que o “amigo” fique dizendo para se recompor e refazer a sua vida. Nesse momento, o que ela precisa e falar e ser ouvida, pois o “falar” nessa fase é “terapêutico”. Com o tempo, a pessoa em luto se restabelecerá, mas não antes de ter chorado tudo, de ter falado sobre a pessoa e a perda.
Não devemos esquecer que datas importantes (o dia do aniversário, do casamento, etc.) poderão ser particularmente difíceis de reviver e pôr a pessoa em luto a participar ativamente na preparação de tais celebrações poderá ajudá-la a não se sentir tão sozinha. É importante dar o tempo necessário para que a pessoa em luto possa superar sua dor, pois de outra forma poderá vir a ter problemas no futuro.

Ficar "preso" ao luto

Há pessoas que parecem não passar pelo processo de luto, que não choram no velório ou no funeral e até evitam falar da pessoa que perderam. São pessoas que voltam à sua vida "normal" e retomam a rotina muito rapidamente. Esta pode ser sua forma normal de lidar com a perda sem conseqüências negativas, mas outras pessoas poderão, ao contrário, sofrer sintomas físicos e desencadear um processo depressivo.

Algumas pessoas podem não ter a oportunidade de passar pelo processo de luto da melhor forma, uma vez que têm de continuar a sua vida profissional ou familiar, não tendo tempo de “passar” pelo luto.
Algumas pessoas podem iniciar o processo de luto, mas permanecer nele sem o resolver. Nestes casos, a dor e a angústia por quem se perdeu mantêm-se e podem mesmo passar anos sem que a situação seja realmente resolvida. Nestes casos, a pessoa pode continuar a não aceitar que perdeu quem faleceu, mantendo-se na fase de descrença referida atrás ou, por outro lado, só conseguir pensar em tal pessoa, mantendo, por exemplo, o quarto da pessoa falecida intacto e como uma espécie de local de culto.

Ocasionalmente, a depressão que ocorre com todo e qualquer luto pode agravar-se ao ponto de a pessoa deixar de se alimentar e até pensar em suicídio. Em todos estes casos será obviamente necessária ajuda profissional especializada.
Se você considera que pode estar em risco de sofrer desta incapacidade de resolução do luto, ou conhecer alguém que pode estar nesta situação e considera importante partilhar isso com alguém exterior a família ou amigos, pode buscar auxilio de um profissional, de um psicólogo para superar essa fase.


(*) Katia Cristina Horpaczky
Psicóloga clinica
CRP 06-41.454-3
Tel: 11 5573-6979

katia@rodadavida.com.br

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PODE CHORAR!
(*) Katia Horpaczky

Sim, o choro pode fazer muito bem.

choro faz com que se liberem dois tipos de hormônios que funcionam como anestésicos naturais e têm a capacidade de aliviar a dor. As lágrimas também nos ajudam a eliminar as toxinas que vão se acumulando no organismo por causa do estresse.
Por muitos anos pensava-se que as lágrimas eram o principal sinal de fraqueza de uma pessoa, pois o fato de chorar demostrava uma personalidade imatura; inclusive, pensava-se que as pessoas choravam porque não sabiam assumir suas faltas e pretendiam inspirar um pouco de compaixão.

Quando estamos tristes – e o expressamos com lágrimas -, automaticamente o corpo libera substâncias que fazem o papel de um calmante natural, o qual ajuda com que a dor não seja tão forte como parece. Desta maneira, as lágrimas fazem com que se liberem duas classes de hormônios, chamados de opiáceos e oxitocina, os quais tem a capacidade de fazer com que a dor não seja tão forte. Neste caso funcionam como anestesias naturais, que nos fornece tranquilidade e, de certo modo, um pouco de relaxamento.

Quando choramos, eliminam-se grandes quantidades de manganês, o que ajuda a acalma o mau-gênio, uma vez que os altos níveis de manganês dentro do organismo fazem com que os estados de profunda fadiga, irritabilidade, depressão, ansiedade e outros distúrbios que podem afetar gravemente a saúde emocional de qualquer pessoa, estabilizem-se.

Depois de conhecer os benefícios que traz o choro para a saúde emocional, é importante destacar que não temos que conter as lágrimas, já que se geram um mau a todo o organismo e ao nosso psiquismo, uma vez que não se liberam essas angústias e emoções negativas, o que, a longo prazo, causará algo muito pior.
Lembre-se que não temos que sentir temor, nem vergonha de expressar os sentimentos quando se tem vontade de chorar. Temos que deixar escapar essas lágrimas!
Então chore, desabafe, coloca pra fora, com certeza você vai se sentir melhor, e terá mais clareza e condição de enfrentar a situação que te levou a chorar.
(*) Psicóloga Clínica, Casal e Família
5573-6979 – 99234-2058



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Dia da criança – 12 de outubro – Descubra sua criança interior

A criança interior representa a totalidade da psique. Muitas vezes esquecemo-nos de permitir que a maravilha e a beleza da vida penetrem em nossos corações. No entanto, precisamos nos sentir mais leves e soltar as partes mais rígidas do nosso ser, para nos conectarmos com nossos reais sentimentos, ou seja, com nossa criança interior.
80 a 95% das pessoas não receberam atenção adequada quando criança e o resgate da criança é tarefa da maioria de nós, sendo também o elemento mais importante do trabalho terapêutico, pois oferece a esperança que todos nós ansiamos. Ouvir essa criança é essencial ao processo de tornar-se único. A necessidade de encontrar a criança interior faz parte da jornada de todo ser humano que se encaminha na direção do autoconhecimento e de sua totalidade.
Poucos de nós tivemos uma infância com compreensão total, com isso, muitos têm uma criança interna traumatizada e ferida. Mas você pode curá-la e salvá-la. A cura e o resgate da criança interior é a tarefa de cada um de nós. Enquanto a criança interior não for realmente vivida, enquanto não se tornar uma realidade para a pessoa, será uma criança abandonada. Os danos à alma ocorridos durante a infância produzem no adulto uma criança interior que anseia por compreensão, amor e respeito.

Leia mais em: http://www.clickgratis.com.br/mensagens/comemorativas/dia-das-criancas/reencontro-com-a-crianca-interior.html#ixzz3n9OyIWaw

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Maternidade x sexualidade: Quando a chama do desejo ameaça apagar


(*) Katia Horpaczky

Desde que o mundo é mundo, a mulher se sente dividida entre esse  os papéis de mãe e mulher. Como se eles pudessem ser dissociados.  Apesar de toda mulher já ter escutado que "ser mãe é padecer no paraíso", elas continuam desejando ter filhos. A mulher sempre acaba dividida entre dois lados: o demétrico, ligado à maternidade, e o afrodisíaco, ligado à sexualidade. Toda mulher tem esses dois lados, mas algumas são mais maternais que outras.

Em todo início de relacionamento, o sexo quase sempre é maravilhoso. Lugares inusitados, fantasias mil, libido à flor da pele, fogo e paixão. Com o passar do tempo, a estabilidade emocional, a intimidade a rotina passa a ser uma ameaça constante para aquele fogo que lentamente vai apagando.

Homens e mulheres sentem e  demonstram de forma bem diferente o desejo sexual. Alguns homens se sentem rejeitados e, muitas vezes, humilhados quando a parceira se nega a fazer sexo. Dificilmente eles compreendem que naquele momento ela não está sentindo as mesmas necessidades. É preciso manter a calma e conversar abertamente sobre as necessidades e os desejos sexuais de cada um.

Para manter uma relação sexual com qualidade é preciso estar conectado emocionalmente no outro, estar bem fisicamente, motivado e relaxado. Para a maioria das pessoas sexo é muito mais do que prazer físico. É uma forma de expressão que revela a personalidade de cada um. Portanto, o que se faz ou sente neste momento de troca reflete a visão que cada um tem do outro, da vida e do mundo.

Você já parou para pensar o que representa para você?

Ao ter uma compreensão maior sobre a sua personalidade sexual, é possível saber o que está bom e o que precisa ser melhorado na sua  vida a dois. A maioria das mulheres-mães não tem tempo para analisar sua sexualidade, preferem dedicar-se aos filhos e a casa. É por isso que as questões sexuais continuam sendo um tabu. Conhecer o seu corpo e como você gosta de ser tocada, o prazer da vida a dois pode ser muito gratificante.

Todas as mulheres têm em mente um modelo que representa a sexualidade feminina? Acontece que ao se tornar mãe e esposa, a mulher inconscientemente deixa o lado sexual adormecer. Esquecem que sente desejo, vontades. E o resultado dessa atitude é deixar o sexo esfriar e  cair na rotina. Cabe a nós mulheres perceber o que precisamos trabalhar nessa questão da maternidade x sexualidade. Uma não exclui a outra. Em outras palavras, os parceiros se ressentem da falta de desejo, do fogo e da paixão da época de namoro.

Existem alguns fatores que podem desencadear a falta de interesse pelo sexo:

Problemas emocionais
Rotina
Estresse
Despreparo sexual
Falta de informação
Fadiga
Depressão
Relação insatisfatória
Alguns medicamentos
Excesso de trabalho
Pressão profissional
Religião
Ejaculação precoce

Se a sexualidade está sendo o último item das suas prioridades, você está tendo problemas. Este é o ponto de partida para as discussões e as dificuldades conjugais. A satisfação sexual e o tesão que um sente pelo outro são fundamentais para a felicidade fora da cama e são a base da relação. É este tesão que reacende a vontade de permanecerem juntos e que, inconscientemente, permite que um admire o outro mesmo nos momentos de crise e faz com que as outras pessoas não representem um risco ao relacionamento.



(*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clínica,
Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal,
E-mail: katia@rodadavida.com.br
www.rodadavida.com.br
Tel: (11) 5573-6979


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

INTUIÇÃO!
A intuição é difícil de definir, mas exerce um papel enorme em nosso cotidiano. Steve Jobs, por exemplo, disse que ela é “mais poderosa que o intelecto”.
“Eu defino a intuição como o saber sutil sem ter qualquer ideia de por que você sabe”, disse ao Huffington Post Sophy Burnham, autora de The Art of Intuition. “É diferente do pensamento, é diferente da lógica ou da análise. É um saber sem saber.”
Nossa intuição está sempre presente, quer tenhamos consciência disso quer não.
A ciência cognitiva está começando a desmistificar a presença forte, mas às vezes inexplicável, do raciocínio inconsciente em nossa vida e pensamento.
"Existe um conjunto crescente de relatos e de esforços sólidos de pesquisas que sugerem que a intuição é um aspecto crítico da interação entre os humanos e nosso ambiente, estando à base de muitas decisões que tomamos”, disse ao New York Times em 2012 Ivy Estabrooke, gerente de programa do Escritório de Pesquisas Navais.
E você acredita na sua intuição? Usa?

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

As mentiras mais comuns na hora do sexo
(*) Katia Horpaczky

Nem todo mundo é essencialmente cara-de-pau, mas todo mundo já mentiu no sexo. Entre mentiras inofensivas e do mal, melhor relaxar!
 “Os homens mentem amor para conseguir sexo. As mulheres, por outro lado, fingem sexo para conseguir amor”. Pelini.
Mulheres, ao fingir o orgasmo ou transar sem vontade, prejudicam muito mais elas mesmas que os parceiros. Com isso, acabam se anulando. O resultado, inúmeras vezes, vem a ser ficar não só sem amor (mentira, como se sabe, tem perna curta), mas também sem sexo – pelo menos o de qualidade. Afinal, é só com sinceridade que a mulher pode ajudar o companheiro a desvendar o mapa do prazer de seu próprio corpo. Muitas nem se importam em gozar. Querem do sexo apenas o carinho, a sensação de serem desejadas, que elas consideram amor.
Diferenciando sexo e amor
Nós mulheres, em geral somos mais seletivas e confundimos amor com sexo, já os homens são o  contrário, topam quase qualquer transa e separam amor de sexo. Mesmo assim, eles, muitas vezes, prometem fidelidade e fazem planos que acabam por não cumprir motivado pelo auto-engano. Confundem a paixão sexual com afeto e, tendo desvendado a própria confusão (geralmente, depois de caírem na cama com a suposta amada, claro), desaparecem por constrangimento ou por não saberem como agir.
Mentiras para conseguir sexo
Para conseguirem sexo, a maioria dos homens, vez ou outra passam uma conversinha nas moças só para conseguir transar. A justificativa usada por eles é que as moças seriam “parceiras” na mentira quando colocam a condição de só aceitar transar quando a relação virar namoro. “Homem que acaba de sair de relacionamento estável é roubada! Um dos pontos mais difíceis de uma separação é ficar sem sexo garantido.” Afirma a maioria dos meus pacientes.
Mulheres também mentem
Quando o homem deixa claro que quer só transar, a mulher aceita achando que vai conseguir mudá-lo. Tem esperança que “vire” namoro. Mas, como saber se seu novo paquera é um desses? Na ausência de uma receita, melhor é saber que mentiras todo mundo conta e que se relacionar implica em correr riscos. O amor existe, só que não necessariamente em qualquer esquina, exige tentativas mesmo.
(*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clinica e Organizacional, Psicoterapeuta Sexual, Familia e Casal

www.rodadavida.com.br
E-mail: katia@rodadavida.com.br
Tel: (11) 5573-6979

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Estudo lista as cinco maiores desculpas para evitar o sexo
Cansaço, trabalho e mau humor estão entre os pretextos campeões
Um levantamento realizado pelo centro de pesquisas da publicação norte-americana Consumer Reports, especializada em avaliar produtos e serviços, descobriu os principais motivos usados pelas pessoas para evitarem o sexo. Realizada com mais de 1.000 adultos entre 18 e 75 anos de idade, nos Estados Unidos, a pesquisa apontou as razões que fazem homens e mulheres desistirem de uma noite de amor.
As mulheres representavam 52% do grupo de voluntários. E a maioria das participantes, 57%, era casada ou vivia com um parceiro, sendo que 48% tinham filhos menores de 18 anos que viviam em casa. O resultado da pesquisa apontou que 81% do total de participantes disseram que evitaram o sexo ao menos uma vez durante o ano e relataram os principais motivos que os levaram a tomar a decisão.
1. Cansaço ou sono: 53%
2. Problemas de saúde: 49%
3. Mau-humor: 40%
4. Preocupação com as crianças ou animais de estimação: 30%
5. Muito trabalho: 29%
Porém, a grande maioria dos voluntários afirmou que essa interrupção não interferiu na frequência ou na qualidade do sexo.
A pesquisa também relatou outros dados sobre a vida sexual dos participantes:
- 45% dos participantes sexualmente ativos nunca planejaram uma hora para ter relações sexuais com seus parceiros;
- 56% dos homens disseram que pensam diariamente sobre sexo, comparados com 19% das mulheres;
- Os pais com filhos menores de 18 anos eram mais propensos a fazer sexo do que as pessoas que não vivem com crianças.

terça-feira, 14 de julho de 2015

CONFLITOS E BRIGAS



(*) Kátia Horpaczky

Uma das características mais comuns de um relacionamento que pode causar anorgasmia é como lidamos com os conflitos. Vamos admitir, somos passiveis de discussões e brigas, ou ainda pior, somos capazes de ignorar um ao outro.
Conflitos e raiva é desestímulo e não garantia de um “bom sexo”. E quando finalmente fizer amor novamente, é provável que não tenha um orgasmo, se não  resolver todos os seu problemas com seu parceiro. A tensão que permanece oculta, a mágoa e o ressentimento que você remói por dentro sufocam qualquer capacidade de entrega e de prazer.

O conflito entre vocês pode não ser tão obvio como a briga. Talvez vocês nunca ou raramente discutam, mas sabem que discordam sobre diversos aspectos, e isso a irrita ou a faz sentir que ele está irritado com você. Será que um lida com a irritabilidade do outro simplesmente o ignorando, ou assumindo ser moralmente superior? Ou com ataques sutis, e uma agressividade passiva enquanto finge ser doce e inocente um para o outro? Qualquer discórdia e o círculo vicioso do ressentimento se instala, podendo ser suficiente para bloquear o orgasmo.

Como psicóloga e psicoterapeuta sexual dedico muito tempo ajudando casais a resolver seus conflitos. É um componente vital em todos os relacionamentos. Para reagir a uma diferença de opinião, cada um deve analisar o ponto de vista do outro e, em seguida, juntos, desenvolver a melhor forma de enfrentar o problema ou tentar chegar a um consenso.

Intimidade e Confiança

A intimidade e a confiança andam lado a lado e, em um relacionamento longo, formam a base necessária para os orgasmos. É claro que a excitação que nasce do desafio ou do desejo sexual no inicio de um relacionamento pode facilitar para atingir o orgasmo. Mas cedo, ou tarde, o fato de um homem não querer um compromisso sério interrompe a excitação sexual, e o desejo perde seu brilho. A longo prazo, se você não confiar em seu parceiro, começará a se proteger, efetivamente se afastando dele. Essa proteção pode estar relacionada ao desejo de atingir o orgasmo com ele ou pode fazer com que se retraia. Essa retratação é reflexo do  orgulho ou um instinto natural de autopreservação dependendo de como está sua autoestima.

Se o seu relacionamento de longo prazo é monógamo por mútuo acordo, para que se tornem e se mantenham verdadeiramente íntimos, você precisa acreditar quando seu parceiro diz que a ama e é fiel, e que ele acredite quando você disser o mesmo. Caso contrario, haverá um elemento de desconfiança entre vocês, impossibilitando um  relacionamento mais íntimo. E, normalmente, quando falta  intimidade, para a mulher falta orgasmo.

Cumplicidade e Companheirismo

Quando as intimidades físicas e emocionais se combinam, fica mais fácil criar cumplicidade e companheirismo em todas as áreas e entender o que motiva o seu parceiro.

Familiarizar-se com a personalidade do outro em todos os aspectos emocionais e práticos faz com que atritos  sejam menos prováveis, e, caso tenham algum, a compreensão mútua ajudará a encontrar uma solução rapidamente. Recordar e renovar o desejo e o afeto de estarem juntos também pode  ajudar a lidar com a rotina e com os altos e baixos da relação.

Teremos como resultado a expansão da relação sexual. A gentileza, a tolerância e a compreensão favorecerá  a  alquimia da sexualidade.
Se escolhemos ter sexo com a mesma pessoa por muito tempo, é melhor que seja maravilhoso, não é mesmo?

Um sexo maravilhoso é aquele que é nos satisfaz, e satisfaz o outro.O romantismo e o carinho são componentes que devem sempre estarem presentes.
Um sexo maravilhoso não precisa ser orgástico sempre, é claro.
Mas, se o clímax é uma possibilidade, por que perder o que é tão prazeroso e também tão bom para o relacionamento?
Parece-me que vale a pena polir todas as áreas do relacionamento para termos uma relação de troca e prazer.

Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal
Contatos: katia@rodadavida.com.br


sexta-feira, 10 de julho de 2015

HOMENS NO DIVÃ


(*)Katia Horpaczky

Cada vez mais, problemas sexuais masculinos estão levando os homens a procurar terapia.
Atualmente, mais e mais homens procuram ajuda e conversam mais sobre suas dificuldades sexuais. Quais são as principais "queixas"? Alguns vem a pedido da esposa, outros por insatisfação pessoal, insatisfação com a performance, problemas de impotência e ejaculação precoce. Atualmente um fator novo tem surgido que é a falta de libido, por vários motivos. Um deles está associado ao fato de o mercado de trabalho estar mais competitivo. Um homem de mais de 40 anos tem de disputar com um jovem que fala várias línguas, é expert em computação e por aí vai. Junta-se a isso a insegurança masculina com relação à mulher atual, que está mais autônoma e independente financeiramente.
Homem sem dinheiro e posição sente que não é nada na nossa cultura, pois esses são os símbolos de masculinidade e potência sexual. Além disso, tem a insegurança e a pressão no trabalho para afetarem ainda mais o desejo sexual. Razão pela qual a procura por terapia aumentou com a eclosão da crise.

A principal queixa masculina com relação às mulheres, além da "agressividade" feminina, eles dizem que se sentem "usados" pelas mulheres, mas não no sentido sexual. Na opinião deles, o interesse feminino está no dinheiro, posição e prestígio dos homens.
A preocupação masculina em dar prazer à mulher vai respigar na vaidade do homem, que está associada à sua performance sexual. Afinal, ao conseguir dar prazer à mulher, ele se sente "o cara". No passado, porém, ter ereção e procriar eram suficientes para se acharem "o cara". Só que hoje não basta mais ele se ver assim. Agora a mulher também precisa enxergá-lo dessa maneira. Mas há ainda muito homem egoísta, que não está nem aí para o prazer feminino.

Hoje as mulheres estão mais exigentes na cama não adianta só "comparecer", tem de saber fazer a coisa certa. Mas também existe aquela que joga toda a responsabilidade pelo seu prazer no homem. Cobra um prazer que, na verdade, ela própria tem de buscar, se permitindo conhecer melhor o seu corpo para poder mostrar o que quer. Não existe super-homem, nem o parceiro deve adivinhar os desejos dela, pois cada ser humano é diferente do outro. Há centenas de lugares de excitação no corpo, mas tem muita gente que ainda acredita que sexo se resume apenas ao pênis e ao clitóris.

Ainda há muita dificuldade de diálogo entre casais,  porque ainda existe vergonha de falar um para o outro sobre os pontos eróticos do corpo. Por trás do comportamento mais solto de hoje, há muita dificuldade para se expressar na intimidade. As pessoas saem para transar, até têm quantidade de parceiros, mas não qualidade na relação. Quando sexo vira tema de conversa, geralmente na mesa de bar, acaba sendo motivo de piada ou sacanagem. A tendência é não se levar esse tema a sério, especialmente os homens. As mulheres conseguem se abrir mais com amigas íntimas.
Então vamos deixar a vergonha de lado, conversar mais com o parceiro e se necessário procure um psicológo, faça terapia!!!
Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal.  katia@rodadavida.com.br


quinta-feira, 18 de junho de 2015

CIÚME

CIÚME REAL OU IMAGINÁRIO?

(*) Kátia Horpaczky


O que te aborrece mais: descobrir que ele  está formando um profundo vinculo emocional, confiando, compartilhando confidencias com outra
Ou descobrir que seu parceiro está usufruindo de sexo apaixonado com outra mulher?

As duas cenas são dolorosas não é mesmo? Mas para você qual é a cena mais dolorosa?
Se você é como a maioria das mulheres pesquisadas recentemente nos Estados Unidos, Holanda e Alemanha, você então achará a infidelidade emocional mais perturbadora, mais dolorosa.

Agora já para a maioria dos homens a infidelidade sexual da parceira é a pior, a mais angustiante.

O ciúme nem sempre é uma reação a uma infidelidade já descoberta. Pode ser uma resposta antecipada, um ataque de antemão estabelecendo direitos de posse para impedir a infidelidade que poderia ocorrer.

Ciúme excessivo pode ser muito destrutivo. Mas o ciúme moderado, não um excesso ou uma ausência do sentimento, sinaliza compromisso.

Vários autores propuseram teorias para explicar as origens e a existência do ciúme.
Alguns mitos sobre o ciúme: que o ciúme é conseqüência de uma baixa auto-estima ou mesmo de imaturidade. Então pessoas que tem uma auto-estima boa, que é maduro não deveria sentir ciúme, é assim mesmo que acontece?
Outro mito é que o ciúme é uma forma de patologia, a explicação é que o ciúme extremo resulta de uma grande disfunção da mente.

As ameaças mais dramáticas às frágeis uniões, são o aspecto de infidelidade e abandono.

Muitos pesquisadores contrastam “emocionalidade” com “racionalidade”.  A racionalidade faz com que os humanos tomem decisões sensatas. Usamos razão, lógica e dedução para uma solução criteriosa. As emoções  apenas ficam no caminho, a raiva confunde o nosso cérebro, o medo distorce a razão e o ciúme obscurece a mente.

Sentimentos as seguintes emoções quando estamos com ciúme: dor, angustia, autocensura, opressão, ansiedade, perda, tristeza, apreensão, raiva, sofrimento inquieto, humilhação, vergonha, agitação, excitação sexual em relação ao parceiro, medo, depressão e traição.
A complexidade de reações emocionais subordinadas ao ciúme espelha a complexidade de ameaças com as quais se precisa lidar. Já que o ciúme é disparado por sinais da infidelidade do parceiro, a perda do parceiro é uma ameaça óbvia.

O ciúme só é uma emoção negativa porque causa dor psicológica.

O ciúme evoluiu como uma defesa, uma resposta às ameaças da infidelidade e abandono por parte do parceiro. Torna-se ativado sempre que uma pessoa percebe sinais de ameaça, por exemplo: um cheiro estranho, uma súbita mudança de comportamento sexual,  uma ausência suspeita, número de celular desconhecido, etc...
Os alarmes podem ser falsos. Mas tais sinais nos alertam para a possibilidade da infidelidade.

O ciúme moderado é interpretado como um sinal de que o parceiro está totalmente comprometido, já o ciúme excessivo sinaliza perigo. Tanto os homens como as mulheres interpretam o ciúme excessivo como um sinal de ansiedade sobre a relação, o parceiro se sente constantemente ameaçado por rivais reais ou imaginários.


(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual de Família e Casal
CRP – 06/41.454-3
(11) 5573-6979




Classifique numa escala de sete pontos de DISCORDO VEEMENTEMENTE (1) a CONCORDO VEEMENTEMENTE (7)




___1. Não me aborrece ver meu parceiro flertando com outra pessoa.

___2. Quando vejo meu parceiro beijando outra pessoa, meu estômago dá um nó.

___3. Quando meu parceiro dança com outra pessoa, eu me sinto desconfortável.

___4. Quando alguém abraça meu parceiro, eu me sinto nauseado.

___5. Eu ficaria aborrecido se meu parceiro tivesse frequentemente relações sexuais satisfatórias com outra pessoa.

___6. É divertido escutar as fantasias sexuais de meu parceiro sobre outra pessoa.

___7. Fico feliz em saber que outras mulheres acham o meu parceiro bonito e atraente.

___8. Não me incomoda o meu parceiro trabalhar com muitas mulheres.

___9. Não me importo que o meu parceiro tenha amizades femininas, e que se confidencie com elas.

__10. Acho normal meu parceiro sair só com os amigos.



PARA REFLEXÃO:


Por que mais da metade de todos os casais casados sofrem uma infidelidade em algum ponto de seus casamentos?

Por que um número tão grande de pessoas é tentado pelo adultério, levando-se em conta que se arriscam a perder tanto?

Como o ciúme combate essas ameaças?




terça-feira, 2 de junho de 2015

O SOFRIMENTO ENVELHECE?

É verdade que o sofrimento envelhece?
Sim, pura verdade. Sofrimento causa estresse, ansiedade e muitas preocupações e tudo isso contribui para o envelhecimento mais rápido das pessoas, pelo fato de o psicológico interferir muito no físico.
O erro traz sofrimento, e o sofrimento envelhece.
"O sofrimento envelhece o cérebro, bloqueia a produção de novas células nervosas que iriam substituir células perdidas e acelera a perda de células nervosas em regiões específicas do cérebro", revela o neurologista Cícero Galli Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
As dores da alma conduzem-nos a uma sentença interna que perdura pelo anos fora
As agruras da vida tais como Um amor que acabou mal resolvido; uma amizade que inexplicavelmente acabou; um emprego que se perdeu sem explicação, vão deixando sinais e marcas mais ou menos profundas consoante as intensidades vividas. As dores de alma precisam por isso de ser trabalhadas por nós próprios ou por alguém especializado que nos ajude a entender internamente e a metabolizar não só o seu efeito como também nos ajude a entender para que possamos sair mais fortalecidos destas coisas que a vida nos trás. Temos que aprender que o melhor de nós não está nos outros, mas sim em nós mesmos.
As dores vividas durante muito tempo e pensando que não temos saída para elas, também nos fazem envelhecer e como o tempo vai desvanecendo a memória mal ou bem lá se vão, mas deixando resíduos que nos transformam negativamente. A transformação pessoal não deve ocorrer pelo sofrimento intenso, mas sim pela nossa própria adaptação e reajuste pessoal. Aprender também "é bater com a cabeça na parede" às vezes, mas é muito mais saudável e bom para nós aprender por transformar. Transformar às vez também dá dor e resistência mas permite alterar e mudar.

terça-feira, 31 de março de 2015

COMO LIDAR COM ALGUÉM COM DEPRESSÃO
Após o ocorrido com o copiloto, a depressão voltou a ser assunto importante, nesse artigo quero discutir como devemos ou podemos lidar com um parente, amigo, parceiro que esteja com depressão.
A Depressão é um distúrbio do Humor, que pouco a pouco pode conduzir a pessoa a afastar-se das coisas e das pessoas que mais gosta. E isso pode fazer com que você fique confuso, sem saber como ajudar. Mas, se você quer mesmo ajudar, o seu apoio pode ser muito significativo. O seu apoio não pode substituir a ajuda profissional, nem deve. No entanto, se você aprender formas eficazes de comunicar e dar apoio à pessoa que enfrenta um momento de depressão, certamente facilitará a recuperação desejada.
Exponho aqui algumas estrategias e atitudes que você pode adotar que ajudarão a dar apoio à pessoa com depressão.
ESTEJA PRESENTE sempre que possível
A melhor coisa que você pode fazer por alguém com depressão é estar lá. É ficar com a pessoa, ao seu lado, reconfortando-a, ouvindo-a. Você pode simplesmente sentar-se junto à pessoa que enfrenta o problema da depressão e fazer-lhe companhia, não dizer nada ou segurar na sua mão.
DÊ APOIO ATRAVÉS DE PEQUENOS GESTOS
Se você está desconfortável com a expressão emocional, se não se sente à vontade com as palavras, pode mostrar o apoio de outras maneiras. Poder deixar um mensagem de apoio no whatsapp, ou mesmo enviar um e-mail motivacional. Pode convidar a sair para um jantar. Se for um amigo, pode convidá-lo para ir ao futebol, ao cinema ou a um concerto. Pode ajudar numa tarefa difícil, ou ao invés, colaborar e promover alguma atividade que a pessoa goste de realizar.
NÃO JULGUE NEM CRITIQUE
Acho essa atitude a mais difícil principalmente para quem nunca teve depressão
O que você diz pode ter um impacto poderoso sobre a pessoa que sofre com a depressão. Você pode ser levado a pensar que tudo não passa de frescura por parte da outra pessoa. E que se ela quisesse só por ação da vontade iria melhorar. A recuperação da depressão está muito para lá de apenas ter-se vontade. É necessário uma intervenção suportada por conhecimento técnico-prático e fundamentado por um profissional qualificado.
Evite dizer frases como:
“Você só precisa ver as coisas pelo lado positivo”
“Há pessoas que estão bem pior que você”
“Eu acho que tudo isso é apenas da sua cabeça.”
“Se você se levantasse da cama e fizesse alguma coisa, ficava mais animado. “
NÃO MINIMIZE A DOR DO SOFREDOR
Não dar a verdadeira importância à natureza da dor infligida pela depressão, é o mesmo que alguém ter uma perna partida, ignorar esse fato e dizer à pessoa que caminhe naturalmente, que a dor não é impeditivo que caminhe.
Evite dizer frases como:
“Você é muito sensível”
“Porque cada pequena coisa te incomoda?”
“Deixa-te de frescura, bola para a frente.”
“Não é só você que tem problemas.”
EVITE DAR CONSELHOS
É muito provável que em algumas conversas com a pessoa que sofre com a depressão você possa ter impulso para dar conselhos, para que ela tente isto ou aquilo.
O que é mais funcional e assertivo, ao invés dos conselhos, é perguntar:
“O que posso fazer para ajudá-lo a sentir-se melhor?”
“Se necessitar de algo que eu possa ajudar, estarei disponível para colaborar.”
SAIBA O MÁXIMO QUE PUDER SOBRE A DEPRESSÃO

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O QUE ACONTECE QUANDO SOMOS TRAÍDOS?

(*) Kátia Horpaczky

A traição é, com certeza, um dos maiores dramas sentimentais e talvez o que mais provoca dor no ser humano. Uma das coisas que mais fazem perder a cabeça em um relacionamento é o ciúme acompanhado do medo de ser traído. A traição é devastadora. Destrói o relacionamento e também a auto-estima do traído.

Lidar com a situação de ter sido traído não é fácil. Além da dor, muitas vezes insuportável, a traição nos obriga a tomar decisões que não estavam em nossos planos. Então como lidar com tudo isso?

Homens e mulheres sentem a mesma dor ao serem traídos. O que muda é a forma como resolvem lidar com isso. Hoje, os homens começam a manifestar mais a dor e o sofrimento e buscam auxilio nessa situação. Já as mulheres, segundo a história da trajetória feminina de opressão e discriminação, se  fortaleceram quanto às dores e maus tratos o que pode possibilitar a recuperação da traição em um tempo menor do que os homens.

Diante da constatação da traição, vale a pena, antes de tomar uma medida precipitada, de ter uma crise nervosa, conversar com o parceiro e esclarecer toda a situação. Se a traição aconteceu, é porque a relação não vai bem.

Se você foi traído não deve sentir culpa nesse momento ou colocar-se como vítima. O mais importante agora é descobrir o que levou seu companheiro a agir dessa maneira. Escute o que o outro tem a dizer e faça uma avaliação da situação: vale a pena ou não levar esse relacionamento adiante? É preciso agir de forma mais sábia. Não é para se fazer de bom samaritano, aquele que tudo entende tudo compreende e aceitar que lhe façam de gato e sapato. Essa atitude também não ajuda em nada, muito pelo contrário, toda a raiva e mágoa represada acabam por prejudicar.

Pela complexidade e polêmica que a infidelidade provoca, existem alguns mitos sem fundamento. Um deles é o de que a maioria das traições destrói os casamentos. De acordo com a pesquisa de Miriam Goldenberg, cerca de 30% dos traídos terminaram a relação. O resultado revela que uma maioria de homens e mulheres briga, chora, fala mal, faz escândalo, arruma as malas, vai embora, mas depois de passado esse momento, procura esquecer o que passou. O maior obstáculo nesses casos é conseguir ultrapassar o choque inicial.
Pesquisa feita nos EUA e no Brasil aponta que 70% dos casais vivenciaram ao menos um caso extraconjugal e 90% não se separaram. E 35% dos traídos terminam a relação, ou seja: mais da metade procura manter o casamento mesmo assim.

 É possível perdoar uma traição dentro do relacionamento?

A traição rompe o trato com a confiança e enfraquece qualquer vínculo. Um relacionamento que sobrevive a uma traição muda de formato porque a relação não é mais a mesma e nem os parceiros são os mesmos.

Pra que serve o perdão? O perdão oferece a possibilidade de conseguir liberdade e alívio. Quando perdoamos e somos perdoados nossas vidas sempre se transformam. As doces promessas do perdão são mantidas. E começamos uma nova relação conosco e com o mundo. Perdoar só precisa de uma mudança na percepção, outra maneira de ver as pessoas e as circunstâncias que nos causam dor e sofrimento.

É muito difícil perdoar uma traição. Perdoar ou não depende de cada pessoa ou do tipo de relação que existe. Caso a decisão seja por perdoar e continuar a relação, não relembre o assunto a cada discussão. Usar a traição sempre como arma em outras discussões só trará estresse e desgaste para a relação. Perdoar é esquecer.
Se não houve esquecimento, não houve perdão. Então, o melhor a fazer é terminar o relacionamento.

Mas se você optou por perdoar, continuar em frente, muitas vezes a relação precisa passar por uma avaliação, uma repaginação, novos contratos terão de ser feitos, nesse caso se vocês acharem que não conseguirão isso sozinho, não hesitem, busquem auxilio profissional. Acompanhe o depoimento de quem já enfrentou a traição do companheiro.
“A dor da traição é muito grande. Os sentimentos de amor e ódio se misturam”.
“Quando amamos uma pessoa verdadeiramente, a traição é como uma facada no peito e nas costas. A dor é insuportável. E o pior de tudo, é que demora para passar e esquecer”
“Quando desconfiei que algo de errado estava acontecendo em minha relação (de 3 anos) tentei conversar, mas a pessoa que estava comigo, sempre mudava de assunto e dizia que não tinha nada a ver o que eu estava pensando. Até que comecei a prestar mais atenção nas coisas que fazia. Conversava com a outra pela internet, na sala de bate papo, dizia que iria sair para resolver problemas de trabalho, quando na realidade, ia ao motel com a outra, entre outras situações que acabei, infelizmente, presenciando”.
“Quando a bomba estourou, foi uma decepção muito grande em primeiro lugar, depois, senti que os meus sentimentos se misturavam; sentia que amava, mas sentia um ódio inexplicável, devido a tantas mentiras. Tive vontade de bater na cara, mas não tive coragem. O que mais me deixou inconformada, é que eu tentei sempre conversar e a pessoa nunca teve coragem de abrir o jogo e o que era pior, por uma amiga que costumava freqüentar a casa Tentei perdoar, mas a mágoa que ficou foi muito maior. Não consegui ficar mais junto a essa pessoa, pois, não confiava mais”.
“Não acredito que conseguiria ficar ao lado de uma pessoa que já me traiu. Por isso, das relações que tive, quase todas terminaram por traição, em nenhuma delas retornei a relação, pois, não acredito numa relação sadia depois de um ato como esse”.
“Eu acho que ninguém perdoa sem ter alguma muleta para se escorar. É difícil engolir que o cara que você gosta trepou com outra. Não estou julgando ninguém, mas acho que quem perdoa é porque tem interesses que se sobrepõem aos sentimentos”.

(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal.
Contatos: katia@rodadavida.com.br
www.rodadavida.com.br