quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O QUE É FOBIA?


A fobia é um medo persistente e irracional de um determinado objeto, animal, atividade ou situação que represente pouco ou nenhum perigo real, mas que, mesmo assim, provoca ansiedade extrema.
Fobia nem sempre é uma doença em si. Pode ser um sintoma de outra causa subjacente – geralmente um transtorno mental. De qualquer forma, o medo sentido por pessoas que têm fobia é completamente diferente da ansiedade que é natural dos seres humanos.
A fobia costuma ser de longa duração, provoca intensas reações físicas e psicológicas e pode comprometer seriamente a qualidade de vida de quem a tem.Tipos
Existem diversos tipos de fobias, que vão desde o medo intenso de situações sociais (fobia social), de lugares cheios de pessoas (agorafobia) até o medo de animais, objetos ou situações específicas (fobia simples).
A causa de muitas fobias ainda é desconhecida pelos médicos. Apesar disso, há fortes indícios de que a fobia de muitas pessoas possa estar relacionada ao histórico familiar, levando a crer que fatores genéticos possam representar um papel importante na origem do medo persistente e irracional.
No entanto, sabe-se também que as fobias podem ter uma ligação bastante direta com traumas e situações passadas. Isso acontece porque a maioria dos problemas emocionais e comportamentais é desencadeada por dificuldades que uma pessoa enfrentou ao longo da vida. Todas as pessoas passam por momentos difíceis, mas algumas delas podem desenvolver, com o tempo, sentimentos de angústia que podem evoluir para um quadro de fobia.
Passar por uma situação traumática ou por uma série de eventos traumáticos ao longo da vida podem levar ao desenvolvimento de uma fobia.
Os sinais e sintomas dependem muito do tipo de fobia que você tem. No entanto, independentemente do tipo, algumas características são notadas em todos os indivíduos que apresentam fobias:
Sentimento de pânico incontrolável, terror ou temor em relação a uma situação de pouco ou nenhum perigo real
Sensação de que você deve fazer todo o possível para evitar uma situação, algo ou alguém que você teme
Incapacidade de levar sua vida normalmente por causa de um medo ilógico
Presença e aparecimento de algumas reações físicas e psicológicas, como sudorese, taquicardia, dificuldade para respirar, sensação de pânico e ansiedade intensos, etc
Saber que o medo que sente é irracional e exagerado, mas mesmo assim não ter capacidade para controlá-lo.
O tratamento para a fobia tem como objetivo reduzir a ansiedade e o medo provocados por motivo ilógico, irracional e exagerado, ajudando no gerenciamento das reações físicas e psicológicas decorrentes deste medo.
Há três diferentes tipos de abordagem que podem ser seguidos pelos especialistas e pacientes: a psicoterapia, o uso de medicamentos específicos ou, ainda, a união de ambos.
Procure auxilio profissional de um Psicologo ou Psiquiatra.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

WhatssApp e o Relacionamento

                                    WhatsApp E O Relacionamento
(*) Katia Horpaczky

O que deveria facilitar a comunicação pode estar atrapalhando os relacionamentos amorosos - um aplicativo tão simples, mas perigoso para as relações... Você controla as atividades de seu parceiro via WhatsApp? Vocês discutem assuntos sérios e importantes via WhatsApp? Vocês já brigaram por causa do WhatsApp?

Se você respondeu "sim" a uma dessas perguntas, esse artigo é pra você! Fazer ligações é uma arte que está morrendo. Seu relacionamento pode acontecer, na maioria das vezes, via WhatsApp e decisões importantes podem ser tomadas através dele. O que temos como consequência é falha de comunicação, muito desentendimento e desconfiança. Milhares de pessoas sofrem com a síndrome do controle no WhatsApp e isso pode fazer com que casais estejam rompendo seus relacionamentos.

O WhatsApp é um dos aplicativos mais baixados do momento, com cerca de 300 milhões de usuários no mundo. Você pode imaginar o estrago que está causando também! O grande problema, segundo os especialistas, é o controle de que a mensagem foi vista e o horário da última visualização. O problema é que passamos a impressão de que sempre estamos grudados no celular. E não estamos, ninguém está: as pessoas vão ao banheiro, tomam banho, trabalham, estão em reuniões, dirigem, entre tantas outras atividades. Ainda que a conexão esteja funcionando e as mensagens cheguem, isso não quer dizer que a pessoa do outro lado tenha lido ou possa responder à mensagem imediatamente. Apesar de saber tudo isso, continuamos enlouquecendo com as mensagens não respondidas e com os horários das visualizações (o que ele estava fazendo no WhatsApp às 3 da manhã? Falando com quem?). Isso produz ansiedade. Muita ansiedade! Como lidar com essa síndrome da conexão 24 horas por dia? Alguém tem alguma dica?

 Primeiro: vamos administrar essa ansiedade, controlando as vezes que olhamos o WhatsApp e a quantidade de mensagens enviadas. É uma falsa sensação de controle. Segundo: tenha foco no que você tem pra fazer, no que você está fazendo - foco no trabalho (cuidado com o excesso de WhatsApp no ambiente de trabalho), nos estudos, nas atividades diárias, nas relações com as outras pessoas. Terceiro: é importante que os dois entendam que respeitar a privacidade do outro é fundamental e saudável. Aconselho a conversarem mais pessoalmente e evitarem usar o aplicativo quando estiverem perto. O contato físico, o contato olho no olho, fortalece a relação. Tem casal que adquiriu o habito de fazer DR (discutir a relação) pelo WhatsApp e nos momentos mais inoportunos.
Mensagens do tipo “bom dia, bom trabalho”, “estou com saudades” são válidas. Quebra um pouco a rotina estressante, isso é bom, o que não vale é exagerar e atrapalhar. Faça uma autocrítica: você está exagerando? Então está na hora de mudar!

(*) Psicologa clinica, terapeuta sexual, casal e família

Depoimentos:
S.S, 19 anos, secretária, namorando há 3 anos “Já brigamos diversas vezes por causa do WhatsApp e outros meios de comunicação. Infelizmente, na maioria das vezes, tratamos coisas importantes ou, quando brigamos, resolvemos tudo pelo famoso aplicativo. Por mais que temos confiança um no outro, acaba se tornando um controle. Dificilmente fazemos ligações. Levo o celular pra qualquer lugar, seja pra almoçar, jantar, tomar banho e, quando estou dormindo ou cochilando, acordo pra responder. Não consigo ficar 24 horas sem acessar o WhatsApp."

S.N.G, 33 anos, administradora, casada há mais de 10 anos, 2 filhas. O WhatsApp é uma faca de dois gumes. Por um lado é muito bom, você consegue falar quase que instantaneamente com as pessoas, as vezes você não tem coragem de falar algo olhando nos olhos das pessoas por timidez ou qualquer outro motivo, você tem a oportunidade de mandar um “oi “ rapidamente só para as pessoas saberem  que estamos pensando nela. Mas por outro lado é muito perigoso. Eu não tenho o costume de controlar o WhatsApp do meu marido e acho que ele também não tem o costume de controlar o meu, nunca conversamos sobre isso. Mas já brigamos por causa do WhatsApp, por deixarmos de dar atenção um ao outro para ficarmos com amigos no WhatsApp. Também já discutimos assuntos sérios pelo WhatsApp, não chegamos a nenhum acordo, o acordo só aconteceu pessoalmente.  Temos que tomar cuidado e saber usar somente o lado bom ou pode virar um vício e prejudicar não somente os relacionamentos como as outras áreas da vida.

A.Z, 39 anos, relações públicas, solteira "Mais do que atrapalhar, acho que o WhatsApp ajuda muito na comunicação do casal (desde que se faça bom uso da tecnologia). Não estou namorando, mas o aplicativo aproxima e tem me ajudado a estreitar laços na paquera. Tudo tem que ser usado com moderação, senão o feitiço vira contra o feiticeiro. Às vezes, acho libertador esquecer o celular de lado para ver um filme ou deixá-lo em modo avião para não interromper minha noite de sono. Há muita vida acontecendo longe do WhatsApp. Acho também que as pessoas estão cada vez mais imediatistas. Antigamente, a gente tinha que escrever cartas, colocar no correio, esperar dias até ela chegar, ser lida e respondida. Os tempos mudaram para melhor, mas precisamos ocupar nossa vida com outros interesses e deixar tudo acontecer naturalmente, sem tanta pressa. Assim, a tecnologia estará a nosso favor em vez de virar vilã."