quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

FOBIA SOCIAL

De acordo com o DSM-IV (APA, 1994), a fobia social caracteriza-se por um medo irracional, persistente e intenso de uma ou várias situações sociais ou de desempenho, nas quais o sujeito está em contato com pessoas não familiares ou exposto à eventual observação atenta de outrem. A ideia de ser confrontado com tais situações provoca uma significativa ansiedade antecipatória pelo receio de agir de forma humilhante ou embaraçosa. O medo de situações sociais leva  a pessoa a evitá-las para não se deparar com uma situação ansiogénica ou até aversiva. As situações de desempenho mais temidas são: falar em público, comer e beber na frente dos outros, urinar num banheiro público e entrar numa sala onde já existam pessoas sentadas. As situações de interacção incluem: conversar ao telefone, falar com estranhos, participar de reuniões sociais, interagir com o sexo oposto, lidar com figuras de autoridade, devolver mercadoria numa loja e manter contacto visual com pessoas não familiares.
É necessário distinguir a fobia social da timidez, que é um comportamento não patológico, frequente: não usar da palavra num grupo ou não se inscrever numa atividade desportiva ou cultural, contudo, desejada, não justifica o diagnóstico de fobia social. Esta, diferentemente da timidez, é fonte de intenso mal-estar, é invasiva e altera as escolhas afetivas, escolares e/ou profissionais. 

São frequentemente considerados dois tipos de fobia social:
§  A ansiedade social generalizada, isto é, o medo de qualquer comunicação ou relação social
§  A Ansiedade social específica que surge apenas em determinadas situações (por exemplo, falar em público)

Os fóbicos sociais utilizam  muito comportamentos de evitamento. As interações sociais são no entanto, inevitáveis e provocam consequentemente uma ansiedade antecipatória para além da ansiedade situacional.  Embora você possa sentir-se como o único com este problema, o transtorno de ansiedade social é bastante comum. Muitas pessoas lutam para combater este medo. Mas as situações que desencadeiam os sintomas de fobia social podem ser diferentes. Algumas pessoas sentem ansiedade na maioria das situações sociais e de desempenho, uma condição conhecida como transtorno de ansiedade social generalizada. Para outras pessoas com fobia social, a ansiedadeestá relacionada com situações sociais específicas, como falar com estranhos, comer em restaurantes, ou ir a festas. O mais comum da fobia social específica é o medo de falar em público ou falar na frente de uma audiência. 


SINAIS E SINTOMAS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL)

Só porque você às vezes fica nervoso em situações sociais, não significa que tem transtorno de ansiedade social ou fobia social. Muitas pessoas têm vergonha ou auto-consciência das suas dificuldades ou situações embaraçosas, pelo menos de vez em quando, ainda que não perturbem de forma incapacitante o seu funcionamento diário. O transtorno de ansiedade social, por outro lado, interfere com a sua rotina normal e causa imenso sofrimento e stress.
Por exemplo, é perfeitamente normal estar nervoso antes de fazer um discurso. Mas se você tem transtorno de ansiedade social, provavelmente fica preocupado durante várias semanas antes da data, fica doente para não ir discursar, ou começa a tremer tanto durante o discurso que mal pode falar.

Sintomas psicológicos do transtorno de ansiedade social (fobia social):

§  Preocupação intensa durante dias, semanas, ou até mesmo meses antes da aproximação de um evento social.
§  Medo extremo de ser visto ou julgado pelo outros, especialmente pessoas que não conhece.
§  Auto-consciência excessiva e ansiedade em todas as situações situacionais da vida.
§  Medo de que você vai agir de forma a que se envergonhe ou que se humilhe.
§  Medo de que os outros reparem que está nervoso.
§  Evita situações sociais de tal forma que limita as suas atividades ou perturba a sua vida

 

TRATAMENTO PARA O TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL

1. Reduzir os sintomas físicos da ansiedade

Muitas mudanças acontecem no seu corpo quando você fica ansioso. Uma das primeiras alterações é que você começa a respirar mais rápido. A hiperventilação provoca um  desequilíbrio de oxigénio e dióxido de carbono no seu corpo, provocando  sintomas físicos de ansiedade adicionais, tais como tonturas, sensação de sufocamento, aumento da frequência cardíaca e tensão muscular. Aprendendo a respirar de forma mais lenta e pausada pode ajudar novamente a controlar os seussintomas físicos da ansiedade.

Praticar o exercício respiratório que se segue ajudará você a diminuir os sintomas físicos da ansiedade e a manter a calma:

§  Deve sentar-se confortavelmente com as costas direitas e os ombros relaxados. coloque uma mão no seu peito e outra no seu estômago.
§  inspire devagar e profundamente através do seu nariz durante 4 segundos. A mão no seu estômago deverá subir, enquanto a mão que está no peito deverá mexer-se muito pouco.
§  Sustenha a respiração durante 2 segundos
§  Expire lentamente pela boca durante 6 segundos, deitando fora tanto ar quanto conseguir. A mão no seu estômago deverá mover-se enquanto deita fora o ar, mas a outra mão deverá mexer-se muito pouco.
§  Continue a respirar pelo nariz e pela boca. Foque-se na manutenção de um padrão de respiração lento e profundo de 4-inspirar, 2-suster, e 6 expirar.

2. Desafiar os pensamentos negativos

Os ansiosos sociais têm pensamentos negativos e crenças que contribuem para a sua ansiedade. Se você sofre de transtorno de ansiedade social, ou fobia social, você pode sentir-se oprimido por pensamentos do género:

Desafiar este tipo de pensamentos, através de terapia ou por si próprio, é uma forma efetiva para reduzir os sintomas do transtorno. O primeiro passo para identificar os pensamentos negativos automáticos que sustentam os seus medos de situações sociais. Por exemplo, se você tiver preocupado sobre uma apresentação que tem de fazer no seu emprego, os pensamentos que sustentam essa preocupação podem ser: “Eu vou estragar tudo. Toda a gente irá pensar que sou totalmente incompetente.”
O próximo passo é analisar e desafiar este tipo de pensamentos. Irá ajudar fazer perguntas sobre os pensamentos negativos: “Eu tenho total certeza de que irei estragar tudo na apresentação?” ou “Mesmo que esteja nervoso, irão as outras pessoas com toda a certeza pensar que sou incompetente?” Através desta lógica avaliativa dos seus pensamentos negativos, irá gradualmente substitui-los por uma forma mais positiva e realista de olhar para as situações sociais que disparam a sua ansiedade.
Como pode verificar nos exemplos que se seguem, apesar do fóbico social se familiarizar com tais formas de raciocinar, se fizer o exercício de se afastar temporariamente do seu problema e avaliar de forma lógica, por certo os estilos de raciocínio que se seguem pareceram fora da realidade. Não acontecem simplesmente dessa forma.

Estilos de pensamento prejudicais e inadequados envolvidos na fobia social

Em privado, pergunte a si próprio se você comete alguns dos seguintes estilos de pensamentos prejudicais:
§  Leitura da mente. Assume que sabe o que as outras pessoas irão pensar, e que elas irão olhar para si da mesma forma que você se vê a si próprio.
§  Cartomancia. Prevê o futuro, usualmente assumindo que irá acontecer o pior. Você acredita “saber” que as coisas irão ser catastróficas, e dessa forma fica ansioso antes de se encontrar realmente na situação.
§  Catastrofização. Pensa sempre no pior dos cenários, aumentado a proporção dos mesmos. Se as pessoas verificarem que está nervoso, isso irá ser “terrível” ou “desastroso.”
§  Personalização. Assume que as pessoas estão focadas em si de uma forma negativa ou que aquilo que se passa com os outros ou o que eles dizem tem a ver consigo.

 

Como é que posso parar de pensar que todas as pessoas estão a olhar para mim?

Para que seja capaz de reduzir o auto-foco, preste atenção para o que se passa à sua volta, ao invés de se monitorizar ou focar-se nos sintomas de ansiedade do seu corpo:
§  Observe as outras pessoas e o meio ambiente à sua volta
§  Oiça o que está a ser dito à sua volta (não os seus próprios pensamentos)
§  Não assuma toda a responsabilidade da manutenção da conversa, o silêncio pontual é natural acontecer, deixe que os outros também contribuam.

 

3. Enfrente gradualmente os seu medos

Uma das coisas mais poderosas que pode fazer para combater a fobia social, é enfrentar as situações sociais que teme, ao invés de as evitar. Evitar permite que a fobia se mantenha, reforçando a incapacidade de lidar com as situações aversivas. O evitamento inibe a experiência de poder vir a sentir-se mais confortável nas situações sociais e aprender a melhor forma de lidar. Na verdade, quanto mais evitar as situações sociais temidas, mais assustadoras elas se tornarão. Ainda que lhe pareça impossível ultrapassar uma situação social temida, você pode fazer isso através de pequenos passos de cada vez. A chave é iniciar com uma situação que ainda consiga lidar e gradualmente começar a trabalhar nas situação mais desafiadoras, construindo a confiança e aprimorando as estratégias de enfrentamento à medida que avança na sua escala de ansiedade de situações temidas.
Por exemplo, se socializar com estranhos faz disparar a sua ansiedade, você deverá começar a ir a festas acompanhado por um amigo de confiança. À medida que for ficando confortável com a situação, pode dar mais um passo, apresentado-se a uma pessoa, e assim sucessivamente.
Dica: É importante que nas situações temidas possa accionar as sensações de relaxamento previamente treinadas, assim como o tipo de respiração atrás referido. Estas são duas armas sempre ao seu dispor em qualquer situação. Deverá fazer uso delas.
Nota: Na exposição a situações temidas é importante que de forma antecipada possa organizar a estratégia a utilizar. Não deve expor-se às situações temidas sem um plano prévio daquilo que fará quando estiver a enfrentar o problema.

 Trabalhe na forma de abordar a sua escala de ansiedade de situações temidas
§  Não tente enfrentar o seu medo mais temido na primeira vez. Nunca é boa ideia querer avançar rápido demais, querer demais, ou forçar as coisas. Isto irá voltar-se contra si e reforçar a ansiedade.
§  Seja paciente. Ultrapassar a ansiedade social demora tempo e é necessário prática. É um processo gradual e passo a passo.
§  Use as habilidade treinadas para ficar calmo. Tais como focar-se na sua respiração e desafiar os pensamentos depreciativos e negativos.
§  Utilize palavras de incentivo. “Agora que sei que os outros nem sempre estão atentos a mim, nem conhecem os meus medos, vou focar-me apenas na realização da minha tarefa. Vou ser capaz, mesmo que sinta no inicio algumas sensações desagradáveis. Estou certo que depois a sua intensidade diminuirá.”
§  Localize a sua limitação real. Às vezes, a timidez não é permanente, ela só aumenta em situações específicas e pode não interferir no seu desempenho
§  Analise as suas atitudes e depois escreva num papel. Caso não fique satisfeito com a forma como se comportou, escreve como gostaria de sentir-se nessas situações. Desta forma será mais fácil, reajustar o plano para a próxima vez e saber ao menos como gostarias de agir.
§  Aguentar os sintomas físicos e agir. Normalmente os sintomas da ansiedade aumentam até atingirem um pico, depois a tendência é para diminuírem. Lembre-se disso, depois accione as estratégias de combate à ansiedade descritas.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Faça o Teste! Como está seu relacionamento?




1 – Sei o nome dos melhores amigos do meu parceiro

(   ) sim (  ) não

2 – Conheço as pressões que meu parceiro enfrenta na vida atualmente

(   ) sim  (   ) não

3 – Sei o nome das pessoas que estão irritando meu parceiro ultimamente

(   ) sim  (    ) não

4 – Posso enumerar alguns sonhos de vida do meu parceiro

(   )   sim  (   ) não

5 – Consigo resumir a filosofia de vida básica de meu parceiro

(    ) sim (   ) não

6 – Posso listar os parentes dos quais meus parceiro menos gosta

(   ) sim (   ) não

7 – Sinto que meu parceiro não me conhece muito bem

(   ) sim (   ) não

8 – Quando estamos longe um do outro, penso com freqüência em meu parceiro com carinho

(    ) sim (   ) não

9 – Costumo sempre tocar ou beijar meu parceiro carinhosamente

(    ) sim (    ) não


10 – Meu parceiro realmente me respeita

(   ) sim (    ) não


11 – Há “fogo” e paixão no relacionamento

(    ) sim (   ) não
12 – O romance ainda é, definitivamente, parte do nosso relacionamento

(   ) sim (    ) não

13 – Meu parceiro gosta do meu jeito de ser no relacionamento

(   ) sim (   ) não

14 – No geral, meu parceiro gosta da minha personalidade

(   ) sim (  ) não

15 – Nossa vida sexual é bastante satisfatória

(   ) sim (   ) não

16 – N o fim do dia, meu parceiro fica feliz em me ver

(   ) sim (   ) não

17 – Meu parceiro é um dos meus melhores amigos

(   ) sim (   ) não

18 – Nós gostamos de muito de conversar um com o outro

(    ) sim (   ) não

19 – Há muita troca de opiniões em nossa discussões

(   ) sim (   ) não


20 – Meu parceiro ouve respeitosamente, mesmo quando discordamos

(    ) sim (   ) não

21 – Meu parceiro representa, em geral, uma grande ajuda na solução dos meus problemas

(    ) sim (   ) não

22 – No geral, nossos valores básicos e objetivos de vida combinam bem

(    ) sim (   ) não


RESULTADO

15 ou mais respostas “Sim”

Seu relacionamento é muito sólido.

Parabéns!


08 a 14: este é um momento muito crítico no seu relacionamento. Existem muitos pontos fortes de que se pode tirar vantagem para o crescimento do casal, mas há também questões que necessitam de atenção urgente


07 ou Menos: seu relacionamento pode estar a caminho do desastre. Se isso o preocupa você ainda provavelmente ainda valoriza seu casamento o suficiente para buscar ajuda de um especialista


O tom da discussão

Três minuto são suficientes para o casal perceber se a briga levará a uma transformação construtiva ou se ela está sendo só pretexto para a troca de ofensas. Quanto mais agressividade no ar, maior o risco de danos permanentes ao casamento.


Cuidados

Ambos devem se esforçar para não gritar  nem alterar a voz ___ o que é um passo para a escalada de agressões. Em vez de trocar insultos e acusações, o casal deve argumentar de forma cuidadosa.

A escolha das palavras

O modo como se faz uma crítica pode machucar mais do que o próprio motivo da desavença. Dirigir-se ao parceiro com sacarmos ou menosprezo muitas vezes sinaliza um desgaste mais sério no relacionamento.

Prefira tratar os problemas em primeira pessoa. Dizer que “eu” ou “nós estamos falhando nesse ponto” alivia o peso sobre o outro, ao passo que o uso do “você” confere um tom acusatório.
Entremear as críticas como frases como “sei que isso é difícil para você “ e “entendo o que está dizendo” também ameniza a tensão


A expressão corporal

A postura e o gestual denunciam o estado de espírito do casal. Um indicio que as coisas vão mal e quando a mulher gesticula e faz caretas. Ao girar os olhos, por exemplo, ela quer dizer que não dá a menor importância ao que o marido diz. No caso do homem, detecta-se insatisfação quando ele evita olhar nos olhos da mulher e não esboça reação ao que ela diz.

A discussão é sincera e produtiva nos momentos em que o marido e mulher conversam sentados, olhando um para o outro. Pernas e braços descruzados também transmite sinal de confiança: são sinais de que o parceiro não está na defensiva nem tem nada a esconder.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ciúme de Você!



*Katia Horpaczky

O desejo de possuir e controlar o outro causa o ciúme, que causa ainda estresse, crises de ansiedade e problemas de sono.

Esse sentimento não é fácil. Dá uma sensação ruim, um medo de perder o outro, difícil até de explicar, mas todo mundo sente, uma vez ou outra na vida, especialmente quando está mais fragilizado, com a autoestima baixa. O ciúme é o desejo que temos de possuir, de controlar o outro. A impressão é de que se isso acontecer estaremos protegidos do abandono, mas é algo irreal, pois não possuímos as outras pessoas, nem mesmo as mais próximas. Cada ser humano é dono de si. O simples fato de alguém nos amar não significa oferecer um passe livre para que possamos comandar seus atos, embora muitas vezes seja este o nosso desejo, especialmente quando se trata de namorados.
        
         Apesar de comum em quem ama, não é sinônimo do sentimento, como explica a psicóloga Katia Horpaczky*: “O ciúme surge por causa das inseguranças, fantasias e medos e pode ameaçar e destruir relacionamentos.” Ela diz que, como passamos muito tempo pensando em quem amamos, no que vivemos, na troca de carinho e prazer, sempre construindo e reconstruindo a relação no nível do pensamento, muitas vezes acabamos idealizando a relação. “E é aí que as coisas saem erradas, pois em muitos casos há uma grande distância entre o que foi sonhado e a realidade”. E surge o ciúme, pelo medo de perder a pessoa amada.
        
          Durante a adolescência, as crises de ciúme costumam ser mais freqüentes porque ainda estamos em processo de amadurecimento e convivendo com muitas situações novas, que às vezes nos deixam inseguros quanto à aceitação de nós pelos outros. Quem é do tipo controlador, desconfiado e possessivo tende a ser ainda mais ciumento.

Se o ciúme exagerado que sente dos amigos, dos irmãos, dos pais ou da namorada ou namorado está atrapalhando sua vida, é bom procurar o aconselhamento de um psicólogo, que o ajudará a lidar com estas situações tão desagradáveis. É importante cuidar desse lado porque ele não afeta somente nossa vida afetiva. “O excesso tem forte impacto sobre a saúde, resultando em estresse, crises de ansiedade e problemas de sono, como a insônia”, diz Katia.

Agora, se você costuma ser o alvo do ciúme, em primeiro lugar deve tentar compreender e dar a segurança ao outro. E, por favor, nada de alimentar ainda mais a insegurança da pessoa simplesmente para se sentir o todo poderoso. A sua vaidade pode machucar muito alguém, com conseqüências imprevisíveis. “É um jogo perigoso. O ideal é manter uma relação baseada na confiança, na cumplicidade e na troca, dando sinais e provas de amor”. Assim, fica mais difícil criar um ambiente favorável para a instalação do ciúme, que pode trazer muita dor e sofrimento.

*Katia Horpaczky, psicóloga clínica, psicoterapeuta sexual e de casal.

(11) 5573-6979

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ORGASMO, VOCÊ AINDA VAI TER UM!


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(*) Kátia Horpaczky

Complete a excitação com fantasia

 A maioria das mulheres diz que os orgasmos mais intensos envolvem algum tipo de fantasia.
Qualquer coisa que a deixe excitada ou que a tenha excitado anteriormente pode ser usada como fantasia para incrementar o prazer sexual. Uma fantasia que funcione para você pode despertar o desejo, a excitação e/ ou o clímax.
Você pode usá-la em qualquer fase do processo. Pode ser um sonho ou uma lembrança de uma experiência sexual; não precisa ser extensa, desde que conheça a historia ou a cena e o efeito que ela provoque em você. Só penar em um ou dois momentos mais eróticos pode ser o suficiente para provocar uma onda de sensações.
As fantasias podem originar-se de uma imensa variedade de fontes: experiências pessoais, imaginação, sonhos, livros, revistas eróticas e pornográficas. Procure coisas que realmente a excitem ou que a excitavam, guarde-as na memória e garanta que elas estejam prontas para serem usadas sempre que desejar.

Use um sonho erótico

Se acordar  excitada de um sonho erótico, não deixe que ele se esvaeça. Tenha relações sexuais nesse exato momento, sozinha ou com um parceiro. Use as sensações prolongadas que está sentindo para voltar para o caminho da excitação. Acrescente a autoestimulação ou o sexo com o parceiro.

Um vibrador é uma boa idéia?

Um vibrador é uma excelente idéia, mas recomendo que você aprenda primeiro a atingir o orgasmo com sua mão e, se estiver se relacionando com alguém, deixe seu parceiro levá-la ao orgasmo com a mão, com a boca ou com o corpo.
Por que esperar? Bem, um vibrador, se for conveniente (e é provável que seja), muitas vezes pode levá-la muito rapidamente ao clímax porque as sensações que ele produz são fortes e dinâmicas. Não há nada de errado nisso desde que você saiba o que está fazendo e que seja boa em controlar o ritmo e em  excitar-se sozinha de diferentes formas.

Usando um vibrador ou um consolo

 O truque para ter maior sucesso com um vibrador ou um consolo é pensar nele não como substituto do pênis, mas como outra mão cuja delicada vibração pode excitar todas as terminações nervosas ao longo da área genital erógena, desde o monte de Vênus até o períneo.

E se eu quiser usá-lo para a penetração?

Poderá seguramente, se encontrar um com que se sinta confortável. Até que saiba do que gosta, é melhor começar com um bem pequeno com a textura de um pênis ereto, bastante rígido e, ao mesmo tempo, levemente macio e úmido. O rabbit, que é muito popular entre as mulheres, pode ser uma escolha adequada, já que tem a vantagem de oferecer dupla estimulação: uma de suas proeminências estimula o clitóris ao mesmo tempo em que a outra estimula a vagina e o ponto G. mantendo a elasticidade da vagina.

Onde entra em jogo o ponto “G”  durante o uso do vibrador ou do consolo?

Se decidir que quer realmente ter prazer no ponto G, um vibrador ou um consolo é o que você deve usar. O ponto G é a área sensível no “telhado” da vagina, cerca de três a cinco centímetros adentro. Quando estimulado, ele pode provocar imenso prazer e desencadear o orgasmo, ainda não há um consenso se ele é uma zona erógena em si ou parte do complexo do clitóris.

Lembre-se que, para qualquer tipo de penetração vaginal, é necessário usar e manter uma lubrificação abundante. Se não quiser a preocupação em reaplicar um lubrificante. Contusões e fissuras na vagina causadas pela pouca lubrificação durante a penetração são dolorosas e podem infectar facilmente.

Outros brinquedos eróticos

Os brinquedos eróticos podem ser uma excelente diversão e acrescentar variedades para a excitação e o orgasmo. Muitas mulheres têm um vibrador ou dois para usar sozinha ou com um parceiro, e há diversos outros tipos de dispositivos e acessórios disponíveis para acrescentar variedades ao prazer. É muito mais uma questão de escolha pessoal.

Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal
(11) 5573-6979


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

COMO ATIRAR VACAS NO PRECIPÍCIO



Um filósofo passeava por uma floresta com um discípulo, conversando sobre a importância dos encontros inesperados. De acordo com o mestre, tudo que está diante de nós nos oferece uma chance de aprender ou de ensinar.
Quando cruzavam a porteira de um sítio que, embora muito bem localizado, tinha uma aparência miserável, o discípulo comentou:
- O senhor tem razão. Veja este lugar... Acabo de aprender que muita gente está no paraíso, mas não se dá conta disso e continua a viver em condições miseráveis.
- Eu disse aprender a ensinar – retrucou o mestre. – Constatar o que acontece não basta; é preciso verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas.
Bateram à porta da casa e foram recebidos pelos moradores: um casal, três filhos, todos com as roupas sujas e rasgadas.
- O senhor está no meio desta floresta, não há nenhum comércio nas redondezas – observou o mestre ao pai de família. – Como sobrevivem aqui?

E o homem, calmamente, respondeu:
- Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha, por outros gêneros de alimentos. Com a outra parte, produzimos queijo, coalhada e manteiga para o nosso consumo. E assim vamos sobrevivendo.
O filósofo agradeceu a informação, contemplou o lugar por um momento e foi embora. No meio do caminho, disse ao discípulo:
- Pegue a vaquinha daquele homem, leve-a ao precipício ali adiante e jogue-a lá embaixo.
- Mas ela é a única forma de sustento da família – espantou-se o discípulo.

O filósofo permaneceu calado. Sem alternativa, o rapaz fez o que lhe pedira o mestre, e a vaca morreu na queda. A cena ficou gravada em sua memória.
Muitos anos depois, já um empresário bem-sucedido, o ex-discípulo resolveu voltar ao mesmo lugar, contar tudo à família, pedir perdão e ajudá-los financeiramente.

Ao lá chegar, para sua surpresa, encontrou o local transformado num belíssimo sítio, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, imaginando que a humilde família tivesse precisado vender o sítio para sobreviver.

Apertou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.
- Para onde foi a família que vivia aqui há dez anos? – perguntou.
- Continuam donos do sítio – foi a resposta.
Espantado, ele entrou correndo na casa, o senhor logo o reconheceu. Perguntou como estava o filósofo, mas o rapaz nem respondeu, pois se achava por demais ansioso para saber como o homem conseguira melhorar tanto o sítio e ficar tão bem de vida.
- Bem, nós tínhamos uma vaca, mas ela caiu no precipício e morreu – disse o senhor. – Então, para sustentar minha família, tive que plantar ervas e legumes. Como as plantas demoravam a crescer, comecei a cortar madeira para vender. Ao fazer isso, tive que replantar as árvores e precisei comprar mudas.

Ao comprar mudas, lembrei-me da roupa de meus filhos e pensei que talvez pudesse cultivar algodão.

Passei um ano difícil, mas quando a colheita chegou eu já estava exportando legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial aqui: ainda bem que aquela vaquinha morreu!

PSICOTERAPIA PARA CASAIS


(*) Katia Horpaczky

É um mito o pensamento de que um casal poderá superar seus conflitos sem intervenção de alguém; e é trágico quando negam sistematicamente qualquer tipo de ajuda. Muitas vezes, o casal teme a terapia achando que acontecerá uma "lavagem de roupa suja". A terapia não só pode conduzir a uma mudança de conduta, mas também levar à uma nova fase de redescoberta do prazer de estar com o outro; é o teste quase que definitivo sobre a indecisão ou certeza dos sentimentos perante o parceiro, sejam positivos ou negativos.No final é a consciência do que ambos podem ou não conseguir dividir. Apenas deve se ter cautela para que a terapia não seja a desculpa para acabar com o casamento; já que talvez um dos dois parceiros tenha essa certeza e não queira carregar o ônus da ação, transferindo para o terapeuta a responsabilidade.

Após o casamento é muito comum ouvir os casais reclamarem por não serem compreendidos. Geralmente o que se escuta é: Ele não me entende. Ela não me entende. O que pode estar havendo nesses casos é uma falta de comunicação, ou uma comunicação incorreta, que acaba gerando idéias e pensamentos que não condizem com a realidade.
O mais indicado é uma comunicação clara. Cada um deve expor o que esta sentindo, se esta com raiva, medo, insegurança, nervosismo, ansiedade, em fim, buscar demonstrar o que realmente esta passando em seu interior. Aqui a Psicoterapia estaria sendo utilizada para que ambas as partes pudessem aprender sobre seus sentimentos e formas para expressá-los.  

Em outros casos, pode parecer que o casamento esfriou. Quando recém casados, ainda mantinham um tempo para os dois, mesmo depois de longas horas de trabalho cansativo. E agora, somente se encontram para dormir e recarregar as energias para o dia seguinte. Alguns casais não compreendendo o que esta havendo partem para a agressão física ou verbal, obtendo mais sofrimento do que uma vida a dois prazerosa e feliz.

Partindo do principio de que tudo é aprendido, o processo de Psicoterapia vem exatamente criar novas possibilidades. Ressignificando o passado e oferecendo ao casal novos pensamentos, ampliando a visão de si próprio, assim como o contato e convívio com outros.
Buscando entender o que esta havendo com cada um dos dois, como estão se sentindo, o que acham que precisa mudar e como se vêem na relação,  a Psicoterapia procura respostas e clareia o caminho para um entendimento de si próprio e do outro. 

(*) Katia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal.
Contatos: katia@rodadavida.com.br
(11) 5573-6979


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

PÂNICO

TRANSTORNO DO PÂNICO
Diagnóstico
De acordo com o DSM-IV, o transtorno do pânico é caracterizado por ataques de pânico inesperados e recorrentes acerca dos quais o indivíduo se sente constantemente preocupado. Um ataque de pânico é um período inconfundível de intenso temor ou desconforto, no qual quatro (ou mais) dos seguintes sintomas desenvolveram-se abruptamente e alcançaram um pico em 10 minutos:
1.    Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado
2.    Sudorese
3.    Tremores ou abalos
4.    Sensações de falta de ar ou sufocamento
5.    Sensação de aperto na garganta
6.    Dor ou desconforto no peito
7.    Náusea ou desconforto abdominal
8.    Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio
9.    Sensações de irrealidade ou de estar distante de si mesmo
10. Medo de perder o controle ou enlouquecer
11. Medo de morrer
12. Anestesia ou sensações de formigamento
13. Calafrios ou ondas de calor
O transtorno do pânico, embora ocorra com uma frequência relativamente mais baixa que os transtornos ansiosos, como as fobias, é o que aparece mais comumente entre as pessoas que procuram tratamento. Pessoas do sexo feminino são mais acometidas e, ao contrário do que se poderia esperar, ocorre com igual frequência nos grandes centros urbanos no campo. Portanto, a ideia de que a vida agitada das grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, cause pânico nas pessoas não passa de mais um mito.


Sobre o MEDO e a ANSIEDADE


O medo é um legado evolutivo vital que leva um organismo a evitar ameaças, tendo um valor óbvio na sobrevivência. É uma emoção produzida pela percepção de um perigo presente ou eminente, sendo normal em situações apropriadas. Sem nenhum medo, poucos poderiam sobreviver por longo tempo, em condições naturais... Ele nos ajuda a combater inimigos, a dirigir com cuidado, saltar de paraquedas com segurança, fazer provas, ter um preparo adequado para falar diante de uma plateia exigente... Deve haver uma quantidade ideal de medo para haver um bom desempenho. Se for pequena, o cuidado será menor, aumentando assim o risco. Se for excessiva, a reação será inibida.

Quando o medo é excessivo, ou quando ocorre situações em que maior parte das pessoas não o manifestariam, tornando-se dessa forma exagerado ou irracional, passa a ser um medo anormal (patológico), podendo se converter em um transtorno ansioso. Cabe aqui esclarecer que a ansiedade é uma emoção semelhante ao medo, mas emerge sem que haja uma fonte de perigo real.

Assim, pessoas portadoras de transtornos ansiosos, ou de ansiedade, como preferem alguns, têm uma série de reações que podem ocorrer simultaneamente ou em sequência.
Vários sintomas físicos podem estar presentes, entre eles taquicardia ou alterações do ritmo cardíaco, falta de ar, tremores, tensão ou abalos musculares, tontura ou vertigem, sudorese, secura de boca e garganta, arrepios, ondas de frio e calor, urgência para urinar ou evacuar, formigamento nos membros e sensação de fadiga. Sintomas psíquicos também ocorrem, como nervosismo, inquietação, dificuldade de concentração, irritabilidade, insegurança, sobressaltos, sensações de estranheza em relação a si mesmo ou ao ambiente e insônia.

No entanto, boa parte das pessoas acometida por transtornos ansiosos não procura tratamento e isso pode ser explicado, em parte, pelo fato de que os transtornos que ocorrem com maior frequência na população são fobias.
E é exatamente quando a pessoa não está mais conseguindo se esquivar do objetou ou situação fóbica (pombos, locais fechados, escrever na frente dos outros), que ela passa a ter uma necessidade maior de se tratar, isto é, quando o problema passa a interferir de um modo constante e acentuado no seu dia-a-dia, levando a um prejuízo de sua vida profissional, social e mesmo conjugal.

É importante salientar que em alguns tipos de transtornos, o tratamento com medicamentos torna-se quase imprescindível. Além disso, os transtornos ansiosos podem estar sobrepostos entre si e a outros tipos de transtorno mental, como depressão, alcoolismo e abuso ou dependência de drogas, caracterizando a ocorrência de co-morbilidade. Nessas situações, o mais indicado é o acompanhamento com um psiquiatra, além da psicoterapia com psicólogo.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

TIPOS DE TRAIÇÃO



(*) Kátia Horpaczky

Os especialistas apontam cinco tipos de traição. A mais comum é aquela que fica só na fantasia, na imaginação. A traição virtual, pela internet, também está crescendo porque se insere em um contexto semelhante - trair sem contato sexual, carnal. Já a traição circunstancial acontece sem ser premeditada: duas pessoas viajam a trabalho e ficam juntas por uma forte atração sexual. A crônica é mais comum entre homens que fazem tudo pelo prazer do novo. Muitas vezes motivada por uma aventura do parceiro, a traição ostensiva deixa pistas com o firme propósito de acabar com o casamento. 'Estudos feitos no mundo inteiro mostram que a paixão dura de 18 a 30 meses. Depois disso, é preciso escolher entre viver uma tranqüila relação de amor com a mesma pessoa ou uma nova e arrebatadora paixão com outro', diz a psicóloga Maria Helena Matarazzo, autora de Coragem para Amar.

Existe também uma diferença de enfoque - o que é traição para uns pode não ser para outros.

A psicanalista Magdalena Ramos, do Núcleo de Casal e Família da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pondera que a vontade de trair e a fantasia de ter um amante são maiores do que a coragem de concretizar a infidelidade. 'As pessoas acalentam o desejo de ter uma vida sexual parecida com a dos filmes, mas apenas uma minoria transforma o sonho em realidade. Homens e mulheres temem ser descobertos e perder o parceiro com quem dividem um projeto de vida', diz.
O que mais contribui mais para a traição acontecer é a falta de afeto. O sexo ainda pode durar por certo tempo. Mas com o tempo você perde o interesse é pela pessoa inteira. O primeiro sintoma é não se beijar mais na boca. O beijo é mais íntimo do que a própria relação.
Na traição o grande perigo é o envolvimento emocional, mesmo que não tenha acontecido a relação sexual.
Perdoar é difícil. A auto-estima fica muito abalada, realmente não dá mais quando acaba o amor e a atração física - a química da pele que não tem explicação. Isto você tem ou não tem, e as vezes o rompimento é a melhor solução.

(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual de Família e Casal
CRP – 06/41.454-3
(11) 5573-6979




terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

CIÚME: REAL OU IMAGINÁRIO?


(*) Kátia Horpaczky


O que te aborrece mais: descobrir que ele  está formando um profundo vinculo emocional, confiando, compartilhando confidencias com outra
Ou descobrir que seu parceiro está usufruindo de sexo apaixonado com outra mulher?

As duas cenas são dolorosas não é mesmo? Mas para você qual é a cena mais dolorosa?
Se você é como a maioria das mulheres pesquisadas recentemente nos Estados Unidos, Holanda e Alemanha, você então achará a infidelidade emocional mais perturbadora, mais dolorosa.

Agora já para a maioria dos homens a infidelidade sexual da parceira é a pior, a mais angustiante.

O ciúme nem sempre é uma reação a uma infidelidade já descoberta. Pode ser uma resposta antecipada, um ataque de antemão estabelecendo direitos de posse para impedir a infidelidade que poderia ocorrer.

Ciúme excessivo pode ser muito destrutivo. Mas o ciúme moderado, não um excesso ou uma ausência do sentimento, sinaliza compromisso.

Vários autores propuseram teorias para explicar as origens e a existência do ciúme.
Alguns mitos sobre o ciúme: que o ciúme é conseqüência de uma baixa auto-estima ou mesmo de imaturidade. Então pessoas que tem uma auto-estima boa, que é maduro não deveria sentir ciúme, é assim mesmo que acontece?
Outro mito é que o ciúme é uma forma de patologia, a explicação é que o ciúme extremo resulta de uma grande disfunção da mente.

As ameaças mais dramáticas às frágeis uniões, são o aspecto de infidelidade e abandono.

Muitos pesquisadores contrastam “emocionalidade” com “racionalidade”.  A racionalidade faz com que os humanos tomem decisões sensatas. Usamos razão, lógica e dedução para uma solução criteriosa. As emoções  apenas ficam no caminho, a raiva confunde o nosso cérebro, o medo distorce a razão e o ciúme obscurece a mente.

Sentimentos as seguintes emoções quando estamos com ciúme: dor, angustia, autocensura, opressão, ansiedade, perda, tristeza, apreensão, raiva, sofrimento inquieto, humilhação, vergonha, agitação, excitação sexual em relação ao parceiro, medo, depressão e traição.
A complexidade de reações emocionais subordinadas ao ciúme espelha a complexidade de ameaças com as quais se precisa lidar. Já que o ciúme é disparado por sinais da infidelidade do parceiro, a perda do parceiro é uma ameaça óbvia.

O ciúme só é uma emoção negativa porque causa dor psicológica.

O ciúme evoluiu como uma defesa, uma resposta às ameaças da infidelidade e abandono por parte do parceiro. Torna-se ativado sempre que uma pessoa percebe sinais de ameaça, por exemplo: um cheiro estranho, uma súbita mudança de comportamento sexual,  uma ausência suspeita, número de celular desconhecido, etc...
Os alarmes podem ser falsos. Mas tais sinais nos alertam para a possibilidade da infidelidade.

O ciúme moderado é interpretado como um sinal de que o parceiro está totalmente comprometido, já o ciúme excessivo sinaliza perigo. Tanto os homens como as mulheres interpretam o ciúme excessivo como um sinal de ansiedade sobre a relação, o parceiro se sente constantemente ameaçado por rivais reais ou imaginários.


(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual de Família e Casal
CRP – 06/41.454-3
(11) 5573-6979