terça-feira, 26 de janeiro de 2016

TIPOS DE TRAIÇÃO

(*) Kátia Horpaczky

Os especialistas apontam cinco tipos de traição. A mais comum é aquela que fica só na fantasia, na imaginação. A traição virtual, pela internet, também está crescendo porque se insere em um contexto semelhante - trair sem contato sexual, carnal. Já a traição circunstancial acontece sem ser premeditada: duas pessoas viajam a trabalho e ficam juntas por uma forte atração sexual. A crônica é mais comum entre homens que fazem tudo pelo prazer do novo. Muitas vezes motivada por uma aventura do parceiro, a traição ostensiva deixa pistas com o firme propósito de acabar com o casamento. 'Estudos feitos no mundo inteiro mostram que a paixão dura de 18 a 30 meses. Depois disso, é preciso escolher entre viver uma tranqüila relação de amor com a mesma pessoa ou uma nova e arrebatadora paixão com outro', diz a psicóloga Maria Helena Matarazzo, autora de Coragem para Amar.

Existe também uma diferença de enfoque - o que é traição para uns pode não ser para outros.

A psicanalista Magdalena Ramos, do Núcleo de Casal e Família da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pondera que a vontade de trair e a fantasia de ter um amante são maiores do que a coragem de concretizar a infidelidade. 'As pessoas acalentam o desejo de ter uma vida sexual parecida com a dos filmes, mas apenas uma minoria transforma o sonho em realidade. Homens e mulheres temem ser descobertos e perder o parceiro com quem dividem um projeto de vida', diz.
O que mais contribui para a traição acontecer é a falta de afeto. O sexo ainda pode durar por certo tempo. Mas com o tempo você perde o interesse pela pessoa inteira. O primeiro sintoma é não se beijar mais na boca. O beijo é mais íntimo do que a própria relação.

Na traição o grande perigo é o envolvimento emocional, mesmo que não tenha acontecido a relação sexual.

Perdoar é difícil. A autoestima fica muito abalada, realmente não dá mais quando acaba o amor e a atração física - a química da pele que não tem explicação. Isto você tem ou não tem, e as vezes o rompimento é a melhor solução.

(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual de Família e Casal
CRP – 06/41.454-3
(11) 5573-6979