segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O que eu faço com esta RAIVA?



(*) Katia Horpaczky

Ter problemas na relação conjugal é normal; anormal é não ter conflitos, porque estes fazem parte da vida. O conflito não é positivo nem negativo, depende de como cada um encara e resolve, ou não.

Os problemas pelos quais mais se costumam discutir podem ser vários: intimidade, sexo, relacionamento com pais, filhos, sogros, problemas financeiros, ciúmes, disputas, falta de apoio, falta de diálogo, conflitos de papeis, falta de companheirismo e cumplicidade etc. Em sua relação conjugal, qual de todos esses é seu calcanhar de Aquiles?

No casamento sentir raiva também é normal. A raiva é uma emoção, uma energia contida dentro de nós que se expressa quando surge uma dificuldade.

O que faço com esta raiva?

Apesar da raiva dentro da relação conjugal ser normal, precisamos aprender a lidar com ela.
Para ter paz, devemos canalizar essa emoção. A raiva é saudável quando surge e desaparece, quando é expressa corretamente. Tenha em mente que a raiva é uma emoção, mas a violência é uma conduta.
A raiva, muitas vezes, transforma-se em “raiva apaixonada não expressa”, “raiva guardada”, “rancor encapsulado”.
 “Vingança”... Casais nos quais, quando um dos  integrantes diz não ao pedido do outro, este responde: tudo bem.  Mas, na semana seguinte, é ele quem, diante de um pedido, dirá apaixonadamente, “por vingança”, que não.
Muitos casais transformam a raiva em gritos e ameaças, desenvolvem uma grande “hemorragia verbal”; são homens e mulheres que pensam que, quanto mais gritarem um com o outro, mais poder terão, se darão bem e a dificuldade será resolvida.

Algumas situações e condutas que demonstram como funciona a raiva mal expressa dentro da relação conjugal e as características  daqueles que maltrata:

1 – Homens que vivem menosprezando a mulher com palavras que machucam, cortantes: você é uma boba, não serve para nada, sem mim você não existe. Você é louca.
2 – Mulheres que maltratam seus parceiros fazendo que se sintam insignificantes, desvalorizando tudo o que fazem e ferindo sua masculinidade.
3 – Homens e mulheres que não sabem perguntar. Diante de um assunto a resolver só afirmam: “foi você”, “você fez de propósito”.
4 – Pessoas que vivem interpretando: “você é um mentiroso”.
5 – Casais que não sabem perguntar.

Que tal em vez de afirmar, perguntar?
Julgamos saber o que o outro pensa e sente, porém, muitas vezes, isso não é verdade. O mais conveniente é sempre perguntar. Não dê nada por certo.

1 – Colhe-se o que planta.
Se pretende que seu parceiro ouça e fale direito com você, primeiro deve agir assim.
2 – A pessoa maltratada tentará se vingar.
Quando você tratar mal, semeia rancor no coração do outro.

Quando você trata mal, está ativando a vingança no outro.

3 – O outro vai querer se afastar de sua vida.
Quando você maltrata dia após dia seu parceiro, perde credibilidade, confiança, respeito, Ninguém quer ficar com alguém que maltrata o tempo todo. Todos nós temos limites de paciência, e, quando se chega a ele, muitas vezes a relação já não tem volta.

Falta de empatia: é preciso saber se colocar no lugar do outro. Muitos casais discutem porque cada um acha que tem razão, e a razão não existe.

Valorizar-se é o segredo

Todos nós temos pontos fracos, e eles são conhecidos pelo parceiro, seja o homem ou a mulher quem exerce os maus-tratos. O parceiro conhece as partes mais vulneráveis do outro, e com certeza, a essa altura da crise, os maus-tratos já se tornaram um habito para esse casal, tanto para quem maltrata quanto para quem é maltratado. O que esse casal não consegue ver é essa forma desafortunada de tratar um ao outro acabar por roubar  saúde, os sonhos e as forças da relação.

Talvez você esteja se perguntando: o que eu fiz para merecer este parceiro? Há mulheres que dizem: “Por que fico sempre com os piores homens?”; “Por que, cada vez que namoro , escolho os homens mais infiéis... que me maltratam?; “Por que cada vez que escolho uma mulher, é uma que só quer saber de sustento financeiro?”

E o fato é que, quando uma pessoa não se ama, sempre vai escolher o pior para sua vida.
Uma pessoa que não sabe se amar, se valorizar e se respeitar aceita os maus-tratos do outro como algo normal.
Porém, quando um homem ou uma mulher sabe o valor que tem, nunca vai tratar o outro mal, nem se tratará mal.

Um casal saudável sabe que, quando os maus-tratos se repetem diariamente, estes acabam se tornando um hábito.

Não se amar atrai o negativo, não se esforçar para ser respeitado e respeitar o outro atrai os maus-tratos.
Você precisa não se conformar mais com essa situação, esforçar-se e sair dela. E, para isso, em primeiro lugar, é necessário que comece a amar a si mesmo, elevar a sua autoestima.

“Amar a si mesmo é o começo de uma aventura que durará a vida toda”. Oscar Wilde

(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal.
Tel: 11-5573-6979



COMO ESTÁ SEU RELACIONAMENTO? Faça o teste!

Como está seu relacionamento?


1 – Sei o nome dos melhores amigos do meu parceiro

(   ) sim (  ) não

2 – Conheço as pressões que meu parceiro enfrenta na vida atualmente

(   ) sim  (   ) não

3 – Sei o nome das pessoas que estão irritando meu parceiro ultimamente

(   ) sim  (    ) não

4 – Posso enumerar alguns sonhos de vida do meu parceiro

(   )   sim  (   ) não

5 – Consigo resumir a filosofia de vida básica de meu parceiro

(    ) sim (   ) não

6 – Posso listar os parentes dos quais meus parceiro menos gosta

(   ) sim (   ) não

7 – Sinto que meu parceiro não me conhece muito bem

(   ) sim (   ) não

8 – Quando estamos longe um do outro, penso com freqüência em meu parceiro com carinho

(    ) sim (   ) não

9 – Costumo sempre tocar ou beijar meu parceiro carinhosamente

(    ) sim (    ) não


10 – Meu parceiro realmente me respeita

(   ) sim (    ) não


11 – Há “fogo” e paixão no relacionamento

(    ) sim (   ) não
12 – O romance ainda é, definitivamente, parte do nosso relacionamento

(   ) sim (    ) não

13 – Meu parceiro gosta do meu jeito de ser no relacionamento

(   ) sim (   ) não

14 – No geral, meu parceiro gosta da minha personalidade

(   ) sim (  ) não

15 – Nossa vida sexual é bastante satisfatória

(   ) sim (   ) não

16 – N o fim do dia, meu parceiro fica feliz em me ver

(   ) sim (   ) não

17 – Meu parceiro é um dos meus melhores amigos

(   ) sim (   ) não

18 – Nós gostamos de muito de conversar um com o outro

(    ) sim (   ) não

19 – Há muita troca de opiniões em nossa discussões

(   ) sim (   ) não


20 – Meu parceiro ouve respeitosamente, mesmo quando discordamos

(    ) sim (   ) não

21 – Meu parceiro representa, em geral, uma grande ajuda na solução dos meus problemas

(    ) sim (   ) não

22 – No geral, nossos valores básicos e objetivos de vida combinam bem

(    ) sim (   ) não


RESULTADO

15 ou mais respostas “Sim”

Seu relacionamento é muito sólido.

Parabéns!


08 a 14: este é um momento muito crítico no seu relacionamento. Existem muitos pontos fortes de que se pode tirar vantagem para o crescimento do casal, mas há também questões que necessitam de atenção urgente


07 ou Menos: seu relacionamento pode estar a caminho do desastre. Se isso o preocupa você ainda provavelmente ainda valoriza seu casamento o suficiente para buscar ajuda de um especialista


O tom da discussão

Três minuto são suficientes para o casal perceber se a briga levará a uma transformação construtiva ou se ela está sendo só pretexto para a troca de ofensas. Quanto mais agressividade no ar, maior o risco de danos permanentes ao casamento.


Cuidados

Ambos devem se esforçar para não gritar  nem alterar a voz ___ o que é um passo para a escalada de agressões. Em vez de trocar insultos e acusações, o casal deve argumentar de forma cuidadosa.

A escolha das palavras

O modo como se faz uma crítica pode machucar mais do que o próprio motivo da desavença. Dirigir-se ao parceiro com sacarmos ou menosprezo muitas vezes sinaliza um desgaste mais sério no relacionamento.

Prefira tratar os problemas em primeira pessoa. Dizer que “eu” ou “nós estamos falhando nesse ponto” alivia o peso sobre o outro, ao passo que o uso do “você” confere um tom acusatório.
Entremear as críticas como frases como “sei que isso é difícil para você “ e “entendo o que está dizendo” também ameniza a tensão


A expressão corporal

A postura e o gestual denunciam o estado de espírito do casal. Um indicio que as coisas vão mal e quando a mulher gesticula e faz caretas. Ao girar os olhos, por exemplo, ela quer dizer que não dá a menor importância ao que o marido diz. No caso do homem, detecta-se insatisfação quando ele evita olhar nos olhos da mulher e não esboça reação ao que ela diz.

A discussão é sincera e produtiva nos momentos em que o marido e mulher conversam sentados, olhando um para o outro. Pernas e braços descruzados também transmite sinal de confiança: são sinais de que o parceiro não está na defensiva nem tem nada a esconder.



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Tudo na Vida são Decisões



(*)Katia Horpaczky

Desde quando levantamos até quando vamos dormir, tomamos decisões. A que hora levantamos, que roupa vamos usar, o que vamos comer, se vamos tomar esse ou aquele ônibus, a que horas vamos chegar do trabalho, com quem vamos nos relacionar, falar, se vamos falar para machucar ou para melhorar.

E assim, querido amigo, tudo na vida são decisões. Decidir desqualificar ou validar seu parceiro é uma decisão pessoal. É uma decisão dizer se algo o ofendeu ou doeu da melhor forma possível, de uma maneira que o outro possa compreender que o que ele disse feriu e que você não merecia. Você pode decidir falar procurando solucionar o que está acontecendo ou piorar a crise que está vivendo.

Em sua boca está o poder de validar e curar seu parceiro ou desqualificá-lo e destruir sua autoestima. A vida e um conjunto de decisões. Hoje, você está no lugar que está pelas decisões que tomou ontem; e amanhã estará em um lugar de acordo com as decisões que tomar hoje. Precisamos aprender quando falar, quando calar, quando ser pacientes, e escolher que o que dissermos e como agirmos será para melhorar e construir.
Por tudo isso:

Não tome decisões quando está no meio da crise: quando se está sob pressão, não se pensa objetivamente, e as decisões que se tomam com certeza são ruins. Quando você está em crise conjugal, não deve decidir se divorciar; quando está em crise financeira, não tome grandes decisões, por que, quando tudo ao desmorona, decidimos mal. Sob a pressão da crise, não decidida. A  única coisa que vai sentir é que nada faz sentido.

Não tome decisões com poucos elementos: seja qual for a decisão que tomar, procure informação, não se deixe levar pelas emoções. Procure conhecer a pessoa com quem vai se relacionar, não se apresse! Não decida com poucos elementos, nem tome nenhuma decisão sem investigar a pessoa sem ter certeza do que vai decidir.

Não decida de forma impulsiva: muitos casais, ao discutir, dizem coisas que depois preferiram nunca ter dito. Quando  somos impulsivos, tomamos decisões e falamos palavras que depois com certeza, nos arrependeremos.

Não permita que outros decidam por você: algumas pessoas vivem se perguntando: “E você, o que faria? O que você acha”. Porque não querem se responsabilizar, contam a todo mundo o problema, vivem buscando a decisão do outro e depois jogam a culpam nele. Gente que não quer se responsabilizar por sua vida e de forma irresponsável tenta que outros decidam por si mesmo.

Não decida enquanto tiver feridas não curadas: quando tiver feridas não curadas, não deve tomar decisões. Quando você está com raiva, decide mal; quando há dor em seu coração, quando alguém o enganou, quando alguém o feriu, precisa esperar curar suas emoções e seu coração.
Uma má decisão pode custar anos de vida. Uma má decisão pode lhes trazer dor de cabeça, não somente a você,mas também a sua família e a seu parceiro. Não transforme sua casa em um campo de batalha. Aprenda a tomar decisões sábias e aproveite os melhores anos tem por viver.

Uma má decisão pode custar anos de sua vida. Uma má decisão pode lhe trazer dor de cabeça, não somente a você, mas também a sua família e a seu parceiro. Não transforme sua casa em um campo de batalha. Aprenda a tomar decisões sábias e aproveite os melhores anos que tem por viver.

(*) Terapia sexual e casal
5573-6979

katia@rodadavida.com.br

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Aonde você quer chegar?



No livro Alice no País das Maravilhas, a certa altura, Alice pergunta ao gato que caminho deve tomar dali em diante. O gato diz : “Depende do lugar aonde você quer chegar”. Quando Alice responde que pode ser qualquer lugar,  o gato retruca : “Então não importa que caminho você vai tomar”.

Qual é sua visão do futuro? Aonde você quer chegar?

Comece refletindo sobre os seguintes aspectos:

Quando você era criança, que tipo de brincadeira ou aprendizado despertava o seu interesse?

Quais eram as pessoas que você mais admirava quando era criança e o que nelas chamava sua atenção?

Os interesses da infância acompanharam você durante a adolescência? Nessa fase, que tipo de tarefa você detestava fazer e só fazia obrigado?

Qual é o desejo profissional ou emocional que grita dentro de você até hoje? Ele tem a ver com algum desejo que você tinha na infância e depois abandonou?

O que você gosta de fazer de verdade, sem ser obrigado?

Se pudesse voltar no tempo, o que faria de diferente?

Ainda se pudesse voltar no tempo, o que não faria diferente?

Nesse balanço, a visão de antroposofia pode ajudar muito. Os filósofos antroposóficos dividem a vida em fases que se alternam de sete em sete anos (os setênios). Para eles, a cada sete anos fechamos um ciclo de nossas vidas e iniciamos outro. Esse jeito de avaliar a vida faz parte de uma idéia comum aos filósofos antroposóficos de que é preciso tornar o ser humano mais humano. E ser humano significa entre outras coisas, ser capaz de pensar sobre si mesmo, se apropriar da própria biografia.

Como a cada sete anos há eventos importantes no desenvolvimento humano, traçar um esboço de como esses ciclos ficaram marcados em sua vida ajuda a compreender melhor o que passou. Além disso, saber quais são os fatores críticos de cada fase é um jeito de se preparar para a situações que precisarão ser vivenciadas com serenidade e entendimento.

Por isso, minha sugestão é que você faça sua linha da vida. Dividindo-a em ciclo de sete anos e destacando os fatos marcantes de cada fase. Para que e nada se perca, faça sua linha da vida.
  
Provavelmente você perceberá que em cada ciclo de sua vida houve o desenvolvimento de alguma capacidade muito importante ou conquistas  fundamentais. É provável que você perceba também que nunca havia pensado no quanto esses passos foram importantes para conduzi-los até os dias de hoje.

O que aconteceu em minha vida a cada setênio...

Primeiro Setênio (de 0 a 7 anos)

Nessa fase, todo seu aprendizado em relação ao mundo se deu por imitação. É quando as crianças aprendem a brincar, a andar, a falar. Lembre-se, como sugeri antes, de quais eram suas grandes alegrias prazeres nessa fase. De quais brincadeiras você  mais gostava e quais foram os fatos marcantes desse período?

Segundo Setênio (de 7 a 14 anos)

O segundo setênio marca a passagem da criança do mundo estritamente familiar para o mundo social, bem como o primeiro espaço de socialização importante a escola. Se você pensar bem , talvez se lembre de algum professor ou professora que o inspirou nessa época. Alguém com quem você se identificava a ponto de querer imitá-lo. É possível também que tenha vivido algumas decepções, ao descobrir, por exemplo, que seus pais não eram heróis, mas pessoas de carne e osso, com medos e limitações como qualquer ser humano.

Terceiro Setênio (de 14 a 21 anos)

Essa é a fase em que sua identidade começou a se formar.
Seus interesses, provavelmente, estavam muito vinculados aos da “turma”. Procure avaliar até que ponto suas decisões(foram motivadas por sua alma ou por algo que era valorizado pela turma. Talvez perceba que por volta dos 21anos você parou pela primeira vez para se perguntar quem você era e o que realmente queria.

Quarto Setênio (de 21 a 28 anos)

Nesse período, é comum as pessoas “ganharem o mundo”, ou seja, viverem novas experiências, conhecerem pessoas e lugares diferentes da família, da escola e da turma. Essa nova percepção do tamanho do mundo e de todas as possibilidades oferecidas por ele pode gerar uma tensão entre o que se fez até esse momento e o que se gostaria de ter feito. Pense se essa “crise” ocorreu com você e qual foi sua atitude diante dela. Será que você ouviu a voz do coração ou foi seduzido por vozes alheias?
  
Quinto Setênio (de 28 a 35 anos)

É nessa fase que a maioria das pessoas, depois de ter experimentado um pouco do que o mundo  oferece, começa a pensar em se estabilizar na vida. Isso geralmente significa ter um emprego e relações afetivas  mais duradouros. Muitos se casam e constituem família. É também nesse período que se decide, por exemplo, abrir um negócio próprio. A busca pela espiritualidade costuma se tornar uma necessidade nessa fase da vida. Relembre esse período tentando identificar o que aconteceu de importante e veja se você fugiu de seus verdadeiros desejos.

Sexto setênio (de 35 a 42 anos)

Geralmente, é nesse setênio que surge a necessidade de encontrar um propósito maior para a existência. Apesar das conquistas profissionais,
financeiras e familiares, e mesmo estando aparentemente bem, as pessoas podem se sentir vazias e angustiadas. Muitas vezes duvidam da própria capacidade de manter o que foi conquistado. É o momento de rever a historia e pela  vida, fazer um balanço. Muitos mudam de profissão ou iniciam uma segunda carreira nesse período.

Sétimo setênio ( de 42 a 49 anos)

Ao chegar a esse ponto da estrada e olhar para trás, é comum as pessoas sentirem a necessidade de achar respostas sobre o sentido da vida. O desejo de ter certeza sobre sua missão se tornar muito forte. A sensação de ter perdido tempo ou ter desviado do caminho pode aparecer. Mas em vez de se deixar levar por conclusões negativas, é uma chance nova de buscar a missão e os talentos casos eles tenham ficado perdidos pelo caminho.

Oitavo setênio (de 49 a 56 anos)

O declínio da vitalidade física não precisa nem deve representar um declínio em todas as esferas da vida. Esse talvez seja um momento propício para que a pessoa desfrute das conquistas alcançadas. É hora de aproveitar para fazer o que a alma realmente pede, focando energias em atividades prazerosas e compensadoras, que transcendam as necessidades.

Nono setênio (de 56 a 63 anos)

Quem faz o que tinha de ser feito tende a chegar nessa etapa com o coração cheio de gratidão pelas conquistas alcançadas  e pela colheita que recebeu ao longo da vida. Aqueles que ficariam perdidos no caminho podem ser tomados por uma intensa sensação de amargura. Ou seja, a forma como a pessoa viveu, em acordo ou desacordo com os setênios, determinará sua sensação de realização ou frustração daqui em diante.



Linha da Vida


    
Setênios                            Realizações

1º setênio.                                                                          

2º setênio

3º setênio

4º setênio

5º setênio

6º setênio

7º setênio

8º setênio

9º setênio








segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sabia que mau-humor tem cura?



(*) Katia Horpaczky

Quem nunca teve um dia ruim, que levantou com o pé esquerdo, aqueles dias que a gente fala que nem deveria ter saído da cama? Ou ficou mau-humorado no trânsito caótico, da cara fechada do chefe, ou até mesmo com a conta bancária?
Situações como essas são comuns no nosso dia-a-dia e não deveriam criar grandes preocupações, pois geralmente passam e são resolvidas de uma maneira mais rápida, como um acontecimento corriqueiro, e depois de um cafezinho, de dar uma volta, uma respirada a cabeça “esfria”.

O mau-humor passa a ser um problema quando se torna constante, quando compromete, de uma forma significativa o modo de vida das pessoas. Nesse caso, o estado alterado de humor caracteriza uma doença pouco conhecida e pouco divulgada, conhecida como “distimia”. Trata-se de uma depressão crônica, com sintomas de intensidade leve a moderada, que pode ter início na infância, adolescência ou na fase adulta. De acordo com estudos, a doença é causada pela associação de fatores biológicos, ambientais e emocionais.

Muitas situações predispõem ao surgimento da distimia, como, por exemplo, um estilo de vida solitária, viver em ambientes austeros e de alta competitividade, a falta de diálogo, problemas de relacionamentos, crises em casa ou no trabalho, descontentamento e frustrações e também a exigência constante de perfeição.

Como o mau humor não é levado a sério, poucas pessoas procuram ajuda especializada. A resistência pode ter origem no desconhecimento e na falta de informação de que é um problema e que tem tratamento.
Descobrir o porquê do desequilíbrio entre o bom e o mau-humor, da agressividade e instabilidade freqüentes é o melhor caminho para resolver e ter uma melhor qualidade de vida.

Perfil do mau humorado

  • humor deprimido durante grande parte do dia
  • aumento ou a diminuição do apetite
  • insônia o excesso de sono
  • autoestima baixa
  • indecisão
  • pessimismo
  • irritabilidade freqüente
  • falta de esperança
  • diminuição da produtividade e do desempenho
  • sentimentos de não aceitação de si  mesmo e do outro, acompanhados por sentimentos de culpa.

Algumas sugestões de relaxamentos que podem ajudar a atenuar e até mesmo espantar o mau-humor:

  • um banho quente no final do dia
  • um escalda-pés, com massagem nos pés
  • tomar sol, captando assim a energia solar, mas sempre no horário da manhã
  • praticar algum tipo de meditação como yoga, ou tai chi chuan que ajudam a equilibrar a energia
  • praticar um esporte, principalmente os de grupo, ativando assim a sociabilidade.

E, principalmente, fazer uma auto-avaliação e pedir ajuda especializada, de um psicólogo, se achar necessário.


(*) Katia  Horpaczky
Psicóloga clinica
CRP 06-41.454-3
Tel: 11 5573-6979




terça-feira, 1 de outubro de 2013

O QUE É ANSIEDADE?



(*) Katia  Horpaczky

Ansiedade pode aumentar risco de câncer em 25%

As pessoas extremamente ansiosas são 25% mais propensas a desenvolver células malignas que podem resultar em algum tipo de câncer. A descoberta foi resultado de um estudo publicado na revista médica britânica New Scientist.
Há autores que definem a era moderna como a Idade da Ansiedade, associando a este acontecimento psíquico a agitada dinâmica existencial da modernidade: sociedade industrial, competitividade, consumismo desenfreado e assim por diante.
Diz-se que a simples participação do indivíduo na sociedade contemporânea já é, por si só, um requisito suficiente para o surgimento da ansiedade. Portanto, viver ansiosamente passou a ser considerada uma condição do homem moderno ou um destino comum a que todos estamos, de alguma maneira, condicionados.
Com certeza, até por uma questão biológica, podemos dizer que a ansiedade sempre esteve presente na jornada humana desde os tempos da caverna até a era espacial. A novidade é que só agora estamos dando atenção à quantidade, tipos e efeitos dessa Ansiedade sobre o organismo e sobre o psiquismo humano, de acordo com as concepções da prática clínica, da medicina psicossomática e da psiquiatria.

1 - TRANSTORNO ANSIOSO

Como a ansiedade é uma grande mobilizadora de distonias (desarmonias) do Sistema Nervoso Autônomo, a sintomatologia do Transtorno de Ansiedade é rica em elementos físicos e vegetativos (internos e autônomos). Portanto, neste tipo de transtorno encontramos a sintomatologia psíquica e também a física.

Sobre a sintomatologia geral, recomenda-se a observância de pelo menos SEIS dos seguintes 18 sintomas, quando freqüentemente presentes:
01 - tremores ou sensação de fraqueza
02 - tensão ou dor muscular
03 - inquietação
04 - fadiga fácil
05 - falta de ar ou sensação de fôlego curto
06 - palpitações
07 - sudorese, mãos frias e úmidas
08 - boca seca
09 - vertigens e tonturas
10 - náuseas e diarréia
11 - rubor ou calafrios
12 - polaciuria (aumento de número de urinadas)
13 - bolo na garganta
14 - impaciência
15 - resposta exagerada à surpresa
16 - dificuldade de concentração ou memória prejudicada
17 - dificuldade em conciliar e manter o sono
18 - irritabilidade

Convém sublinhar que estes sintomas costumam estar relacionados ao estresse ambiental crônico. Além disso, essas características têm um curso flutuante, variável e com uma tendência a ficarem crônicos. Com certa freqüência a ansiedade está associada à depressão, à fobia e também a outros sintomas emocionais, mas, nestes casos, deverá ser incluída em outras classificações.

A ansiedade passou a ser objeto de distúrbio no momento que o ser humano passou a considerá-la a serviço de sua existência e não mais a serviço de sua sobrevivência, como fazia antes. Por isso, o estresse passou a ser o representante emocional da ansiedade, sua correspondência psíquica e egoicamente determinada. O fato de um evento ser percebido como estressante não depende apenas de sua própria natureza, como acontece no mundo animal, mas do significado que a pessoa atribui a ele, de seus recursos, de suas defesas e de seus mecanismos de enfrentamento. Isso tudo diz mais respeito à personalidade da pessoa que aos eventos do destino em si.

No ser humano o conflito parece ser essencial ao desenvolvimento da ansiedade. Em nosso cotidiano, sem termos plena consciência, experimentamos um sem-número de pequenos conflitos, interpessoais ou intrapsíquicos; as tensões entre ir e não ir, fazer e não fazer, querer e não poder, dever e não querer, poder e não dever, e assim por diante. Portanto, motivação fisiológica para o aparecimento da ansiedade existe de sobra.

Não se pode confundir ansiedade com medo. São emoções tão corriqueiras que os dicionários estão cheios de sinônimos.  A principal diferença entre medo e ansiedade é que o medo ocorre como uma resposta a um perigo real e a ansiedade ocorre sem que qualquer tipo de perigo objetivo esteja presente.  A ansiedade é um estado emocional parecido com o medo, porem dirigido para o futuro, desproporcional (a uma ameaça reconhecível) e que traz intenso desconforto físico.

É possível lidar com a ansiedade usando de psicoterapias e/ou de tratamento farmacológico. Além disso, algumas dicas, como as que são citadas aqui, têm se mostrado eficazes no controle da ansiedade. Perceber o problema é um grande passo, controlá-lo requer uma dose de persistência, paciência e muitas vezes ajuda profissional.

Aprenda a Relaxar

Respirar é algo tão automático na nossa existência que poucos imaginam o quanto este ato está relacionado a ansiedade
Praticar esportes ou simplesmente caminhar são recursos úteis na diminuição da ansiedade e do estresse
Evite café, cigarro, bebidas do tipo “cola” e outros estimulantes
Se você tiver interesse em técnicas de meditação, saiba que elas são extremamente úteis no controle da ansiedade
Tenha pensamentos mais otimistas.
 

(*) Katia  Horpaczky
Psicóloga clinica
CRP 06-41.454-3
Tel: 11- 5573-6979
katia@rodadavida.com.br