domingo, 29 de setembro de 2013

O QUE É COACHING?

Coaching é um meio poderoso de atingir os melhores resultados possíveis,
na vida pessoal e profissional.

O QUE É COACHING?
O Coaching é uma parceria poderosa em que o Coach ajuda
o cliente a alcançar o seu melhor, e a produzir o resultado
desejado na sua vida pessoal e profissional. Uma oportunidade
de desenvolvimento de talentos e aptidões, tanto psicológicas
como profissionais, que permite estabelecer novas perspectivas
e um alto padrão de desempenho.


COACHING EXECUTIVO E COACHING PESSOAL DE VIDA
O Coaching Executivo foca-se no momento presente, realçando
as qualidades inerentes ao profissional que o façam projetar-
- se no futuro desejado. É um coaching direcionado para
ajudar os profissionais na tomada de decisões estratégias,
que também serve para aperfeiçoar competências, desenvolver
talentos e revelar o potencial máximo do profissional.
O Coaching Pessoal de Vida foca-se no que o cliente quer
e é importante para ele. Oferece orientação, apoio e motivação
em direção a metas e concretização de sonhos. O coach ajuda
o cliente a alcançar um determinado resultado, seja o de
adquirir competências, produzir uma mudança específica
e/ou alcançar metas. O Life Coaching envolve todos os aspectos
relativos à vida do cliente: trabalho, carreira, relacionamentos,
finanças, desenvolvimento pessoal, etc


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

DECEPÇÃO



(*) Katia Horpaczky

“Se decepcionar com alguém é nossa responsabilidade”

Fomos nós que construímos os valores e o rótulo que colocamos na outra pessoa. Foram nossos conceitos que pautaram o carinho, o amor e a amizade. Ninguém é igual a nós.
Você sofre porque espera demais das pessoas. Elas são elas com seus conceitos e valores, você é você. Cada ser humano é diferente e vê a vida com sua exclusiva evolução e entendimento. As verdades são singulares. Nas dificuldades as pessoas mudam. Nas festas são todos iguais. A música e o ambiente contribuem para a harmonia do local. As pessoas dão o que podem dar. Nós é que temos expectativas diferentes.
Temos que analisar este ponto para nos policiarmos e nunca esperarmos das pessoas aquilo que elas não conseguem nos dar. 
Todos nós, cada um de nós, decepciona alguém, em algum momento ou outro. Reconhecer este fato da experiência humana pode ajudar-nos a lidar com a dor da desilusão, quando se trata de aprofundar a nossa capacidade de amar e conectarmo-nos com a “imperfeição” dos outros.

Aplicando algumas medidas você pode conseguir ultrapassar o sofrimento da sua decepção:

§  Fale sobre a sua decepção. Abordar o assunto pode parecer fazer piorar a dor no início. Conversando com amigos, parentes, ou um profissional pode ajudá-lo a processar os sentimentos e a restabelecer o equilíbrio emocional.
§  Lembre-se que existem sempre várias versões para uma história. Tente obter mais informações antes de tomar qualquer ação ou tomar qualquer decisão sobre como responder a uma situação.
§  Coloque-se no lugar da outra pessoa. Mesmo se você tenha uma opinião diferente, não diga, “Eu nunca faria isso.” Quem sabe, você até poderia fazer se estivesse na mesma posição.
§  Seja gentil com você mesmo. A raiva, que pode ser o seu sentimento primário, muitas vezes é uma reação à dor. Tente reconhecer o quão você se sente magoado e tenta amenizar a sua dor com gentileza e bondade. Esforce-se por não ficar demasiado ressentido ou rancoroso.
§  Converse com a pessoa que foi alvo da sua decepção, se for possível, pode ser útil, mas às vezes pode piorar as coisas. Então, seja claro sobre o que você pretende alcançar com essa possível conversa. Insultar ou atacar  provavelmente não vai ajudar. Procure envolver-se numa discussão realista sobre o que a outra pessoa fez, e o quanto isso tem perturbado você, pode ser útil.
É importante trabalhar a sua capacidade de adaptação às circunstâncias da vida e à mudança, desenvolvendo a sua flexibilidade. 

“É engraçado como depositamos tanta confiança e tanto sentimento nas pessoas. Em pessoas que achávamos conhecer, mas, que no fim, só mostraram ser iguais a todos. E por esperar demais, sonhar demais, criar expectativas demais, sempre acabamos nos decepcionando e nos machucando cada vez mais.” Dalai Lama


(*) Katia Horpaczky
Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal.
Contatos: katia@rodadavida.com.br

(11) 5573-6979

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

COMO VAI A SUA AUTOESTIMA?


 
(*) Katia Cristina Horpaczky

Autoestima é viver de bem com a própria vida ao dedicar importância a você mesmo. Apesar de ser um valor que o indivíduo agrega a si próprio, o tema requer, inicialmente, análise de como e em que nível outras pessoas têm influenciado a sua felicidade, já que muitas vezes esse “poder de terceiros” pode ser negativo e até opressivo. Posteriormente, é preciso avaliar a importância de seus sentimentos e a forma como você os julga, afinal conscientizar-se deles é um passo decisivo para poder determinar, com propriedade, seu senso crítico e de valorização.
      
Ela resulta da soma de dois aspectos inter-relacionados - a noção da eficiência pessoal (auto eficiência) e a de valor pessoal – que, integrados, produzem uma qualidade de vida plenamente realizável. A auto eficiência significa confiança no funcionamento de nossa mente, na capacidade de pensarmos, nos processos por meio dos quais refletimos, compreendemos, escolhemos e decidimos com segurança. O auto-respeito, por sua vez, significa certeza de nossos valores; uma atitude afirmativa diante de nosso direito de ser feliz; a sensação de conforto ao reafirmar de maneira apropriada os nossos pensamentos, vontades e necessidades.

Afinal, para que precisamos de autoestima?
     
Ela fortalece, energiza, motiva e inspira a pessoa a buscar resultados, proporcionando prazer e satisfação decorrentes de realizações e conquistas. Observe que hoje, mais do que nunca, tal necessidade psicológica também se tornou uma necessidade econômica, um requisito para a adaptação em um mundo cada vez mais complexo, desafiador e competitivo.

Quando positiva, a autoestima funciona como se fosse o sistema imunológico da consciência, fornecendo resistência, força e capacidade de regeneração. Ao contrário, quando esta é negativa, a resistência diante da vida e de suas adversidades diminui. Neste caso, o sujeito se vê em pedaços frente a obstáculos e frustrações que poderia superar, caso tivesse uma percepção mais clara dele mesmo.       

Imagem e Autoestima

 Muitas pessoas necessitam sentir-se aceitas pelas outras pessoas para se sentirem valorizadas. Note, neste caso, que o poder exercido pela imagem é crucial para a autoestima, pois é através dela que o sujeito se faz aceitável ou não ao olhar dos demais.  Esta necessidade de aprovação é tão grande que mesmo que não haja ninguém presente para ver o que você está fazendo, “os outros” continuam a influenciá-lo, uma vez que a imagem que você tem de si mesmo reflete a apreciação alheia, fazendo-o sentir-se valorizado por fazer aquilo que, normalmente, seria aprovado pelos outros. Este tipo de situação tende a elevar sua auto-estima, porém ela cairá repentinamente, se você não obter aprovação e reconhecimento dos demais.

Autoestima e Relacionamentos Saudáveis

 Quanto mais alta for a autoestima, mais aberta, honesta e adequada será nossa comunicação, porque acreditamos e valorizamos nossas opiniões. A clareza aqui é apreciada, não temida. Entretanto, quanto mais baixa for a auto-estima, mais nebulosa, evasiva e imprópria será a comunicação, devido à incerteza quanto aos próprios pensamentos e sentimentos e à ansiedade diante da reação do outro. 

Quem tem autoestima elevada está mais predisposto a estabelecer relacionamentos saudáveis que o alimente, não que o intoxique. O fato é que o semelhante atrai o semelhante. Sua vitalidade e expansividade naturalmente atraem pessoas com boa auto-estima. Da mesma forma, a baixa auto-estima busca a baixa auto-estima nos outros – de uma forma involuntária, inconsciente.

Por isto, quanto mais saudável for a nossa auto-estima, mais nos respeitaremos e mais propensos seremos a tratar os outros, da mesma forma, com respeito, benevolência e boa vontade – uma vez que não tendemos a percebê-los como ameaça. Enfim, a auto-estima elevada é a base para a felicidade pessoal.


 Dez dicas que ajuda a elevar sua autoestima 

1º Harmonize seu lar
Abra portas e janelas e comece uma limpeza. Inicie pelo guarda-roupa e armários, tire tudo e só guarde o que for realmente preciso.

2º Coma bem
Respeite os momentos das refeições. Preste atenção no que está fazendo. Evite falar sobre problemas enquanto se alimenta.

3º Preste atenção em você
Perceba os seus pensamentos. Ao longo do dia você tem milhares deles - negativos e positivos. Apesar de você não ser os seus pensamentos, eles têm uma enorme força sobre a sua vida. Se você tem mais pensamentos negativos, isto demonstra que é uma pessoa negativa, que sua vida vai mal e as pessoas e situações que você atrai também estão na mesma freqüência de negatividade. Você pode mudar a sua vida, mudando a qualidade de seus pensamentos.

4º Tenha objetivos
Tenha objetivos materiais e espirituais. Busque sempre melhorar a sua condição financeira, planeje comprar bens, faça investimentos, realize viagens e busque tudo que tiver vontade, mas lembre-se: nunca dependa dessas conquistas para viver emocionalmente bem.

5º Faça exercícios
Escolha um exercício que lhe agrade - caminhar, dançar e nadar são os mais recomendados. Os exercícios estimulam o fluxo de energia vital, gerando além de um melhor condicionamento físico, uma ótima sensação de bem-estar.

6º Utilize seus talentos
Você tem dons e talentos. Descubra quais são eles e comece a colocá-los em prática.

7º Medite, medite e medite
A meditação é a medicina do corpo e da mente mais poderosa do mundo. Além de terapêutica é a melhor ferramenta para o crescimento pessoal e espiritual. Aprendendo a meditar, você descobre a diferença do que é ou não importante para sua vida e com isto se torna uma pessoa mais segura e objetiva.

8º Aceite a vida
Pare já de reclamar. Volte sua mente para o que a vida oferece de bom. Aceite viver nesse planeta azul e curta a viagem da melhor maneira possível. Lembre-se que ela tem fim, então faça bom proveito.

9º Visite a natureza
Coloque essa meta em sua vida. Pelo menos uma vez por mês, faça uma visita à mãe natureza. Ela tem o poder de purificar as células e acalmar o espírito.

10º Converse com Deus
Os gregos espiritualistas evitavam dizer o nome de Deus, pois achavam seu vocabulário muito limitado para expressar a grandeza Dele. Então todas as vezes que tinham que falar sobre Deus usavam a expressão o TODO. Aprenda estar em sintonia com o TODO, que está ao redor e, principalmente, dentro do seu coração. A melhor forma? Fica a seu critério, o importante é desejar que isso aconteça.

O mais importante desse processo é você reconhecer que - se precisar de ajuda e tiver coragem de pedi-la - um psicólogo é a pessoa mais capacitada para auxiliá-lo nessa busca.

(*) Katia Cristina Horpaczky
Psicóloga clinica
CRP 06-41.454-3

Tel: 11 5573-6979

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A solidão é vilã?


(*) Katia Cristina Horpaczky

Solidão é um estado de alma. Muitas pessoas interpretam como um vazio interior, uma insatisfação que a maioria tenta preencher externamente, ou seja, através de bens materiais, trabalho, comida, sexo, dinheiro, status... etc.

Em sua essência, podemos dizer que a solidão não tem a ver com abandono, uni ou bilateral. Solidão tem a ver com unidade, com integridade do nosso eu, com o reconhecimento e respeito a um eu e a um tu diferentes. Solidão pode coincidir ou não com uma retirada estratégica, que pode nos permitir a interiorização,a meditação e a reflexão.

Se estamos aqui, refletindo sobre esse tema, é graças a esses momentos de solidão nos quais nós nos encontramos e que é saudavelmente preenchido por coisas boas, que nos permitem ficarmos confortavelmente sós, trabalhando nossas idéias e sentimentos que vão de uma forma ou de outra retornar ao mundo externo com o qual não perdemos a conexão.

Poderá haver várias circunstâncias, onde a solidão será vivenciada com muito sofrimento. Até mesmo com muita angústia. Recomendamos que esses momentos sejam respeitados, para que possamos "voltar" fortalecidos.

Para algumas pessoas, solidão é um verdadeiro modo de vida, fruto de um sistema de defesa muito rígido, tendo como objetivo o isolamento, acreditando assim que se está seguro e protegido.

Alguns Disfarces Para Uma Solidão Dolorosa :

ü cultivo a uma vida social intensa, aliada à ausência de intimidade e a um constante boicote a momentos de reflexão pessoal;
ü obsessão pelo trabalho, pelo esporte e por atividades culturais, com o foco centrado no produto e retirada de afeto nos vínculos;
ü vício em aparelhos de som e imagem, uso compulsivo de álcool, drogas ou alimentos, com dificuldade em seleciona-los e em renunciar a eles;
ü vida sexual promíscua, através da qual a multiplicidade de parceiros permite certo alívio de tensões e a sensação de não estar efetivamente só.

É preciso informar aqui que existem dois tipos de solidão: A solidão real e a imaginária. Na Solidão real , a pessoa realmente está só, vive isolada em São Paulo, por exemplo, longe de seus familiares e amigos. Já na Solidão imaginária , a pessoa está rodeada de gente, mas se sente só, solitário. Já pode ter te acontecido de você ir a uma festa e sentir-se solitário. De estar junto com seus familiares e isso não preencher o vazio que você sente em seu coração em determinadas horas.

Podemos ter também o que chamamos de Solidão a dois . O casal, apesar de estar junto, um ou ambos se sentem só, há um vazio, um tédio, isso em muitos casos se dá pelo fato do casal se comunicar pouco, deixar a rotina e a preocupação predominar na relação.

Em contrapartida, há muitas pessoas que vivem sozinhas e, no entanto, não sofrem de solidão. Para elas, viver só significa liberdade, alegria e até privacidade. Então, o que faz a diferença entre uma pessoa que sofre de solidão e a que não?
Talvez uma diferença esteja em que muitas pessoas condicionam sua felicidade em fatores externos, impondo até determinadas condições para ser feliz. Por exemplo: “Só vou ser feliz se conseguir encontrar a minha alma gêmea”... “Só vou ser feliz quando eu comprar a minha casa própria”.

Muitas vezes colocamos uma série de condições para sermos felizes, e não percebemos isso, entrando assim num ciclo vicioso. Será mesmo que você vai ser verdadeiramente feliz ao conseguir concretizar essas condições? Muitos se queixam, reclamam e se entristecem pela falta de dinheiro e companhia.

Algumas pessoas mesmo melhorando suas condições, conseguindo o que quer, continuam queixosos, insatisfeitos, reclamando de tudo e de todos. Chamamos isso de ilusão. A resposta e a solução que se precisa está dentro de si.

 Podemos descobrir que somos a "nossa melhor companhia". Quando você aprende a se amar verdadeiramente, sua vida se torna mais fácil e produtiva e seus relacionamentos se tornam mais carinhosos e nutritivos. Experimente e verá!!!

(*) Katia Cristina Horpaczky
Psicóloga clinica
Tel: 11 5573-6979

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

LUTO! SAIBA COMO LIDAR!

O luto é inevitável, saiba lidar com ele

(*) Katia Cristina Horpaczky

A morte é a experiência mais angustiante que passamos. Mais cedo ou mais tarde, iremos sofrer a perda de alguém próximo, pode ser um amigo, um amor, um parente próximo. Na nossa cultura, falamos e pensamos muito pouco acerca da morte. Por isso, não aprendemos a lidar com o luto: como nos faz sentir, o que devemos fazer, o que é "normal" acontecer - e de o aceitar.
Vou tentar aqui esclarecer algumas das características principais do luto como, às vezes, podemos ficar presas a ele e a ajuda que poderemos e deveremos procurar.
O luto é um processo que ocorre imediatamente após a morte de alguém que amamos. Não é um sentimento único, mas sim um conjunto de sentimentos e emoções que requer um tempo para serem digeridos e resolvidos e que não pode ser apressado, cada um de nós tem um “tempo emocional” que deve ser respeitado. Apesar de sermos indivíduos com características próprias, a forma como vivenciamos o luto é muito semelhante na maioria.

Enxurrada de emoções

Nas horas e dias seguintes à morte, a maioria das pessoas passa pela fase da negação ou descrença, ficando totalmente "atordoada", como se não pudesse acreditar no ocorrido. Mesmo quando a morte era esperada, este sentimento pode surgir, mesmo que seja com menor intensidade.
Este sentimento de torpor ou dormência emocional, como se estivéssemos anestesiados, pode ajudar a levar a cabo todos aqueles procedimentos burocráticos inerentes a este processo, mas pode tornar-se num problema se continuar a subsistir. Ver o corpo da pessoa falecida pode, para alguns, ser uma forma de começar a ultrapassar isto e começar a superar a perda. Da mesma forma, para algumas pessoas, o velório e o enterro podem ser situações onde a realidade começa a ser encarada. Apesar de ser difícil lidar com estas situações, o fato é que elas constituem um modo de dizer adeus àqueles que amamos. Estes acontecimentos podem parecer demasiadamente dolorosos, mas o fato é que fugir a eles pode trazer problemas mais tarde, muitas vezes, provocando um certo arrependimento.
Depois da fase de "negação", poderá surgir um período de grande agitação, ansiedade  e ânsia pelo que foi perdido. Surge o sentimento de querer encontrar essa pessoa seja de que maneira for, mesmo que tal seja impossível. Por isto, nesta fase a pessoa começa a não conseguir relaxar ou a concentrar-se e o sono pode ser muito agitado. Os sonhos que surgem nesta altura podem ser muito confusos, pode surgir o medo de dormir sozinho ou no escuro.
Algumas pessoas chegam mesmo a "ver" quem perderam, na rua, em casa. Com muita freqüência, a pessoa em luto sente-se muito zangada e revoltada contra médicos e enfermeiros que não conseguiram impedir a morte que agora lhe pesa, contra os amigos e familiares que nunca deram o seu máximo. É comum também sentir raiva da pessoa que morreu, que foi embora e assim a deixou, abandonou.

Culpa

Vamos falar de outro sentimento comum: a culpa. Quando se perde alguém, é comum começarmos a pensar em tudo aquilo que podia ter sido feito ou dito para aquela pessoa ou ainda o que podia ter feito para impedir essa morte. Claro que a morte é um acontecimento que está além do controle seja de quem for e a pessoa em luto deve ser lembrada disso o tempo todo, se for necessário.
A culpa também pode surgir depois de se sentir alívio pela morte de alguém que nos era muito querido, mas que sabíamos estava a sofrer. Este sentimento é normal, compreensível e muito comum.
Essas fases podem ser seguidas rapidamente de períodos de grande tristeza e depressão, retiro e silêncio. Estas mudanças súbitas de emoções podem deixar amigos e familiares confusos, mas faz parte do processo natural de luto. Crises de choro e angústia intensa podem surgir a qualquer momento. Algumas pessoas podem não conseguir perceber estas crises ou ficar sem saber o que fazer quando elas acontecem. Poderá haver uma tendência da parte da pessoa em luto para evitar as outras pessoas, mas isto pode trazer problemas futuros e, por isso, será melhor que volte à sua "vida normal" o mais rapidamente possível. Durante este período, pode parecer estranho aos outros que a pessoa em luto passe muito tempo sentada, sem fazer nada, mas o fato é que ela estará a pensar em quem perdeu, recordando constantemente os bons e maus períodos que passaram juntos. Esta é uma fase silenciosa, mas essencial à resolução do luto.
À medida que o tempo passa, a angústia intensa resultante do luto começa a desaparecer. A depressão atenua-se e será possível, finalmente, começar a pensar em outros assuntos e até em novos projetos. É importante salientar que o sentimento de perda nunca desaparecerá por inteiro. Depois de algum tempo, deve ser possível sentir-se de novo "completo", apesar de faltar sempre uma parte de si que nunca será substituída. Quando sabemos disso e admitimos esse processo será menos dolorido.

Como ajudar nesse momento?

A família e os amigos podem ajudar a pessoa em luto passando um tempo com ela demonstrando que estão presentes para o que for necessário neste período de dor e tristeza. É importante que a pessoa em luto, se necessitar, tenha alguém com quem chorar e falar sobre a perda sentida, sem que o “amigo” fique dizendo para se recompor e refazer a sua vida. Nesse momento, o que ela precisa e falar e ser ouvida, pois o “falar” nessa fase é “terapêutico”. Com o tempo, a pessoa em luto se restabelecerá, mas não antes de ter chorado tudo, de ter falado sobre a pessoa e a perda.
Não devemos esquecer que datas importantes (o dia do aniversário, do casamento, etc.) poderão ser particularmente difíceis de reviver e pôr a pessoa em luto a participar ativamente na preparação de tais celebrações poderá ajudá-la a não se sentir tão sozinha. É importante dar o tempo necessário para que a pessoa em luto possa superar sua dor, pois de outra forma poderá vir a ter problemas no futuro.

Ficar "preso" ao luto

Há pessoas que parecem não passar pelo processo de luto, que não choram no velório ou no funeral e até evitam falar da pessoa que perderam. São pessoas que voltam à sua vida "normal" e retomam a rotina muito rapidamente. Esta pode ser sua forma normal de lidar com a perda sem conseqüências negativas, mas outras pessoas poderão, ao contrário, sofrer sintomas físicos e desencadear um processo depressivo. Algumas pessoas podem não ter a oportunidade de passar pelo processo de luto da melhor forma, uma vez que têm de continuar a sua vida profissional ou familiar, não tendo tempo de “passar” pelo luto.
Algumas pessoas podem iniciar o processo de luto, mas permanecer nele sem o resolver. Nestes casos, a dor e a angústia por quem se perdeu mantêm-se e podem mesmo passar anos sem que a situação seja realmente resolvida. Nestes casos, a pessoa pode continuar a não aceitar que perdeu quem faleceu, mantendo-se na fase de descrença referida atrás ou, por outro lado, só conseguir pensar em tal pessoa, mantendo, por exemplo, o quarto da pessoa falecida intacto e como uma espécie de local de culto.
Ocasionalmente, a depressão que ocorre com todo e qualquer luto pode agravar-se ao ponto de a pessoa deixar de se alimentar e até pensar em suicídio. Em todos estes casos será obviamente necessária ajuda profissional especializada.
Se você considera que pode estar em risco de sofrer desta incapacidade de resolução do luto, ou conhecer alguém que pode estar nesta situação e considera importante partilhar isso com alguém exterior a família ou amigos, pode buscar auxilio de um profissional, de um psicólogo para superar essa fase.


(*) Katia Cristina Horpaczky
Psicóloga clinica
CRP 06-41.454-3
Tel: 11 5573-6979

katia@rodadavida.com.br

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Você sofre de carência afetiva?

 

(*) Katia Cristina Horpaczky

A carência afetiva tem se transformado numa verdadeira epidemia. Vivemos num mundo onde tudo o que fazemos nos induz a “ter” cada vez mais. Um celular novo, um sapato de outra cor, uma roupa de marca famosa, uma viagem em suaves prestações...

Tenho a impressão de estarmos todos tentando satisfazer um mesmo desejo, porém de maneira tão individualista e ansiosa que muitas vezes não percebemos a noção do que realmente importa.

Algumas pessoas não conseguem descrever, mas na maioria das vezes, a sensação de “vazio” ou de que “algo precisa ser preenchido” é uma fala muito comum principalmente em  mulheres carentes. Elas tentam buscar o preenchimento desta falta no relacionamento e muitas vezes acabam cobrando coisas que muitas vezes não é possível receber. Muitos problemas de relacionamento começam exatamente nesse ponto.

Outras mulheres ao se sentirem carentes, doam intensamente seu amor ao companheiro, oferecendo toda espécie de carinho, afeto, agrado, abrindo mão de sua própria vida em função do outro. O companheiro vem em primeiro lugar, muitas vezes acabam abrindo mão de seus amigos, trabalho, família, filhos, simplesmente para satisfazê-lo.
A grande maioria não consegue se satisfazer com o que recebem. Com o que são, com o seu trabalho, com a sua vida.

Sugam a energia dos que estão a sua volta exigindo atenção constate, querendo agradar, querendo ser uma boa dona de casa, esposa e amante. Muitas vezes tornam-se exigentes, querendo sempre mais, pois os outros ficam sempre devendo em questões como apoio, atenção e segurança.

A infância de pessoas carentes geralmente foi privada de amor, carinho ou atitudes mais afetivas. Algumas famílias muito rígidas também tendem a desenvolver filhos inseguros que geralmente sofrem com a sensação de “vazio”. Geralmente a carência afetiva atrai relacionamentos confusos e insatisfatórios. Este perfil quase sempre dá mais do que recebe, faz tudo pelo outro e quando esquece de si mesmo corre o risco de ser menosprezado, rejeitado e não valorizado pelo parceiro.

A carência afetiva também leva muitas mulheres ao consumo, a compulsão, ao shopping, liquidação, compras. É uma busca constante para se sentir melhor, aumentar de qualquer jeito a auto-estima e principalmente tentar preencher algo que está faltando, novamente a importância do “ter “em detrimento de “ser”.

O primeiro passo para administrar o problema é desenvolver a auto aceitação, melhorando assim a autoestima. Ser carente é estar em constante busca de algo que nem sempre encontramos no outro ou nas coisas, mas em nós mesmos, é nos descobrirmos sermos a nossa melhor companhia. Por isso, pare de buscar este preenchimento fora e busque encontrá-lo dentro de você. Procure ajuda se achar necessário.

Há anos tenho problemas com a expressão carência afetiva. Ela sugere que algumas pessoas têm maior necessidade de aconchego do que outras. Que as mais carentes têm direitos especiais, adquiridos em função de uma história de vida particularmente infeliz. Não é isso que percebo. Aqueles que se colocam como carentes tiveram vivências pessoais similares às da maioria das pessoas. Além do mais, não é necessário ser particularmente carente para gostar, e muito, de ser tratado com amor, carinho e atenção.

(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual de Família e Casal.
CRP – 06/41.454-3
(11) 5573-6979



terça-feira, 3 de setembro de 2013

A crise pode ser uma oportunidade de mudança



(*) Katia Horpaczky 

Em chinês e nos negócios, essas duas palavras são uma só. Num momento desfavorável, teremos sempre a chance de escolher: ou renascemos da crise ou nos afundamos nela.

Antes de qualquer coisa, vale acreditar que é preciso, sim, preparar-se para crises. Sempre é possível descobrir caminhos promissores mesmo que eles estejam escondidos em momentos desfavoráveis. Isso é o que diz a milenar sabedoria chinesa onde o mesmo ideograma significa crise e oportunidade. Ou seja, a milenar sabedoria chinesa aponta que por trás de cada crise está oculto um momento de oportunidade. É nesses momentos de crise, dificuldade financeira ou mesmo falta de perspectiva, que devemos ficar atentos ao que realmente sentimos e às saídas que a vida nos mostra. Às vezes, as oportunidades ficam ocultas pela nossa inércia, pela desesperança ou até mesmo pelo medo. 

A crise será uma porta para a auto-descoberta, para o auto-conhecimento a medida que somos forçados a buscar soluções, a rever posições, a arriscar e conquistar novos espaços. Talvez, não porque queremos, mas porque não existe outra possibilidade. 

Todos nós temos vários talentos. Momentos difíceis são propícios para desenvolver talentos adormecidos e esquecidos. 

A maior chance de sucesso apóia-se no otimismo e na forma de olharmos as crises. Podemos dizer que a metade do caminho está percorrida se mantivermos o foco positivo na resolução dos problemas e no aprendizado que está embutido na experiência desfavorável, como a cultura oriental, especialmente a chinesa, nos ensina há milênios. 

Quero salientar que outro cuidado que devemos ter sempre é nunca esquecermos das muitas qualidades e não deixar que a auto-estima fique abalada pelas dificuldades, sejam elas quais forem. 

As oportunidades surgem de onde menos se espera 

O “desespero é desperdiçar as oportunidades”, dizia Richard Bach, autor de “Fernão Capelo Gaivota”. As oportunidades que surgem são fruto de nosso empenho, talento, motivação e capacidade de agir e ir à luta. Valorize suas conquistas e não superdimensione os obstáculos e as dificuldades. 

  

Para transformarmos a crise em oportunidade precisamos de: 

. Discernimento para separar as crises reais das imaginárias e distinguir o “simplesmente mudar” do “mudar para melhor”. 

· Flexibilidade para aprender a curvar-se diante dos fatos mesmo quando confrontados com os argumentos mais sólidos. 

. Ousadia para tentar e arriscar. 

· Criatividade fazer diferente para evoluir. 

· Coragem para dominar o medo, para realizar escolhas, para abdicar da estabilidade infeliz, para combater a hesitação e a acomodação. 

Você faz o que te dá medo e ganha coragem depois. Não antes. É assim que funciona.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Maternidade x sexualidade: Quando a chama do desejo ameaça apagar

(*) Katia Horpaczky

Desde que o mundo é mundo, a mulher se sente dividida entre esse  os papéis de mãe e mulher. Como se eles pudessem ser dissociados.  Apesar de toda mulher já ter escutado que "ser mãe é padecer no paraíso", elas continuam desejando ter filhos. A mulher sempre acaba dividida entre dois lados: o demétrico, ligado à maternidade, e o afrodisíaco, ligado à sexualidade. Toda mulher tem esses dois lados, mas algumas são mais maternais que outras.

Em todo início de relacionamento, o sexo quase sempre é maravilhoso. Lugares inusitados, fantasias mil, libido à flor da pele, fogo e paixão. Com o passar do tempo, a estabilidade emocional, a intimidade a rotina passa a ser uma ameaça constante para aquele fogo que lentamente vai apagando.

Homens e mulheres sentem e  demonstram de forma bem diferente o desejo sexual. Alguns homens se sentem rejeitados e, muitas vezes, humilhados quando a parceira se nega a fazer sexo. Dificilmente eles compreendem que naquele momento ela não está sentindo as mesmas necessidades. É preciso manter a calma e conversar abertamente sobre as necessidades e os desejos sexuais de cada um.

Para manter uma relação sexual com qualidade é preciso estar conectado emocionalmente no outro, estar bem fisicamente, motivado e relaxado. Para a maioria das pessoas sexo é muito mais do que prazer físico. É uma forma de expressão que revela a personalidade de cada um. Portanto, o que se faz ou sente neste momento de troca reflete a visão que cada um tem do outro, da vida e do mundo.

Você já parou para pensar o que representa para você?

Ao ter uma compreensão maior sobre a sua personalidade sexual, é possível saber o que está bom e o que precisa ser melhorado na sua  vida a dois. A maioria das mulheres-mães não tem tempo para analisar sua sexualidade, preferem dedicar-se aos filhos e a casa. É por isso que as questões sexuais continuam sendo um tabu. Conhecer o seu corpo e como você gosta de ser tocada, o prazer da vida a dois pode ser muito gratificante.

Todas as mulheres têm em mente um modelo que representa a sexualidade feminina? Acontece que ao se tornar mãe e esposa, a mulher inconscientemente deixa o lado sexual adormecer. Esquecem que sente desejo, vontades. E o resultado dessa atitude é deixar o sexo esfriar e  cair na rotina. Cabe a nós mulheres perceber o que precisamos trabalhar nessa questão da maternidade x sexualidade. Uma não exclui a outra. Em outras palavras, os parceiros se ressentem da falta de desejo, do fogo e da paixão da época de namoro.

Existem alguns fatores que podem desencadear a falta de interesse pelo sexo:

Problemas emocionais
Rotina
Estresse
Despreparo sexual
Falta de informação
Fadiga
Depressão
Relação insatisfatória
Alguns medicamentos
Excesso de trabalho
Pressão profissional
Religião
Ejaculação precoce

Se a sexualidade está sendo o último item das suas prioridades, você está tendo problemas. Este é o ponto de partida para as discussões e as dificuldades conjugais. A satisfação sexual e o tesão que um sente pelo outro são fundamentais para a felicidade fora da cama e são a base da relação. É este tesão que reacende a vontade de permanecerem juntos e que, inconscientemente, permite que um admire o outro mesmo nos momentos de crise e faz com que as outras pessoas não representem um risco ao relacionamento.



(*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clinica e Organizacional, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal, Especialista em Workshops Vivenciais e Jogos Organizacionais.
E-mail: katia@rodadavida.com.br
www.rodadavida.com.br
Tel: (11) 5573-6979