segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

no ANO novo, CHANCE DE RECOMEÇAR

 

(*) Katia Horpaczky

Entra ano e sai ano, tem muita coisa que a gente repete sem perceber e outras que repetimos por falta de opção ou mesmo de planejamento. Às vezes o Maximo que fazemos são as conhecidas promessas que não cumprimos. Vamos protelando as ações, esquecendo, ou tentando ignorar, que assim estamos protelando a vida.

O tempo que temos nas mãos é esse instante. Esse é o seu momento – de mudança – de renascimento de se reinventar
Persistimos na idéia de um ano novo que nos salvará de nossos medos, que atenderá todos nossos anseios, como num passe de mágica resolverá todos os nossos problemas. O seu hoje é o retrato da sua liberdade de ontem. Não agir? Que mudanças fazer? Por onde começar? Ficar olhando o tempo passar? Tudo isso são escolhas veladas que fazemos ao negarmos a nossa responsabilidade sobre a vida que temos nas mãos.

OPORTUNIDADE DE RECOMEÇAR

Avalie cada campo de sua vida: saúde física, saúde mental, trabalho, família, espiritualidade, afetividade, sexualidade... Como você tem vivido cada um deles? Como você tem se cuidado? Se achar que pode lhe ajudar, anote, registre. Deixe que os sentimentos lhe apontem essa avaliação e aprofunde: quais aspectos precisam ser trabalhados? De que maneira posso viver mais plenamente?
A partir de uma avaliação sincera, inteira, interessada e amorosa de seu próprio processo, você pode dar outros passos. Aqueles ligados ao planejar. Não um planejamento rígido, mas uma definição de metas tangíveis e divididas em passo-a-passo. Registre da maneira que tenha mais a ver com sua alma: faça um mural com recortes de revistas e palavras-chave, elabore um planejamento com tópicos, escreva uma carta para si mesmo.
Não ceda à tentação de deixar para amanhã. Inicie seu novo projeto de vida já mudando este padrão de procrastinar.
Dê um passo hoje, agora mesmo.
Prepare-se para uma nova etapa, para um ano novo realmente novo! Renovando já suas atitudes, apostando já em seu potencial criativo! Quebre paradigmas, mude seus pensamentos e suas ações – mesmo comportamentos e atitudes = mesmos resultados – faça as mesmas coisas e terá os mesmos resultados. Inove, mude, renove, reveja e arrisque-se – só conseguimos resultados diferentes se agirmos de forma inovadora!
(*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clinica e Organizacional, Psicoterapeuta Sexual, Familia e Casal
E-mail: katia@rodadavida.com.br
Tel: (11) 5573-6979


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Você entende o Espírito Natalino?

  (*) Katia Horpaczky

  Ninguém tem obrigação de ficar alegre no Natal, mas entender esse espírito festivo é o caminho para entrar no clima de paz, encontro e renovação! Cada um de nós pode dar seu próprio sentido ao Natal e, aos princípios que estão por trás dessa festa.

  O que não vale é ficar feliz por obrigação, só porque a data simboliza a alegria, só porque todos estão comemorando. Nessa época é quase uma ofensa social não comemorar, não se alegrar, mas não precisamos nos forçar a isso. A festividade, muitas vezes, fica constrangedora, e sentimentos de melancolia tomam conta, por inúmeros motivos, como por exemplo, a saudade de quem se foi. Isso é o que chamamos de "melancolia natalina".

  Há uma frase muito interessante que diz: "A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional", de Richard Bach. Muitas vezes, quando sofremos, seja lá por que motivo temos a tendência de achar que ninguém naquele momento pode entender nosso sofrimento. É claro que isso é falso. Cada indivíduo do mundo tem o seu sofrimento! Nossos sentimentos têm a dimensão que damos a eles. Portanto, será que vale a pena mergulhar nessa viagem de sofrimento sem deixar uma possibilidade de volta? Viver implica em risco e nesse pacote também está a dor, a frustração, o medo, a satisfação, a alegria, o prazer...e tudo isso pode acontecer também nessa época de festas, por que não? O mundo não fica melhor só porque é Natal. É preciso passar pelas festas de fim de ano sem ansiedade ou obrigação de se estar feliz. É preciso respeitar o seu espaço.

  O grande encontro
  Outro fator de estresse  são os presentes. Será que os Reis Magos tiveram problema para escolher o presente do menino Jesus? Eram outros tempos! Hoje, dar presentes pode ser uma situação complicada, estressante, que explica boa parte da nossa "natalite aguda". O ato de presentear deveria  ser agradável, até para que os presentes carreguem um conteúdo mais positivo! Quando compramos por obrigação, tudo isso se perde e traz junto sentimentos negativos.

     Se você  procurar satisfação apenas nos presentes e ou mesmo na comida, vai acabar se frustrando, pois a felicidade é uma construção que cada um deve fazer. Há pessoas que se sentem "deslocadas" durante as festas natalinas não porque estejam sozinhas, mas porque não se encontraram consigo mesmas. O espírito natalino só é positivo se for verdadeiro. Não pode ser dissimulado, comprado, disfarçado, artificial, nada de fingir ou até mesmo se forçar a agir com paz, amor e compaixão, só porque essas seriam as emoções "certas" e esperadas para essa época.

  Melhor é procurar esses sentimentos de forma autêntica, dentro do seu coração. Buscar verdadeiras razões e motivos que podem fazer você perceber a importância de  respeitar o próximo e o valor das verdadeiras amizades. Não podemos negar o efeito da renovação e do prazer de  encontrar as pessoas de quem gostamos, de exaltar a paz e a confraternização, principalmente nos dias atuais em que as relações são tão efêmeras e o desrespeito pelo próximo parece ser a regra. Esses são alguns dos significados do Natal, o verdadeiro "espírito natalino" que às vezes se perde  no meio dos afazeres e da sensação de que não sabemos direito o que estamos festejando.

  A renovação e a esperança de tempos melhores está muito ligada à celebração cristã do Natal. No mundo ocidental, o nascimento de Cristo tem esse significado: da grande esperança em novos tempos. A natalidade é a condição humana da renovação e também para uma mudança da ordem social que só será possível com o envolvimento e participação individual de cada um.
 
Crie seu clima
  . RECORDE A INFÂNCIA. Lembre-se do que você mais gostava nos Natais da sua infância e tente repetir o que traz boas lembranças.

  . NÃO SE OBRIGUE. Descubra do que você não gosta no Natal e evite. Não se obrigue a participar e fazer coisas que sejam desagradáveis.

  . EXPERIMENTE EXPERIMENTAR. Reduza os gastos e convide outras pessoas a fazer o mesmo, buscando alternativas a despesas tradicionais. Será divertido experimentar algo mais criativo.

  . DEIXE A CULPA DE LADO. Ao menos neste dia, você não é o responsável pela miséria do mundo, pelos desentendimentos da família, pela roupa que sua filha diz que não tem, pela festa que gostaria de fazer e não fez, por isso, por aquilo...

  . DÊ VIDA ÀS TRADIÇÕES. Considere as origens e tradições que fazem sentido para você, sua família ou amigos e vá fundo nesse resgate. Isso dará mais sabor a tudo.

  . RESPEITE SUA VONTADE. Se você realmente não está a fim de Natal, diga para as pessoas que resolveu fazer um retiro, que continua gostando muito de todos e vá.

  . FAÇA MENOS. Uma ceia não precisa ter dez pratos diferentes, todos no tamanho "javali-do-Obelix" para fazer sucesso. Um pequeno menu bem saboroso basta para uma noite e um dia seguinte de muitos prazeres à mesa.

  (Extraído do livro Descomplique Seu Natal, de Elaine St. James)
  
  (*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clinica e Organizacional, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal,
  E-mail: katia@rodadavida.com.br
   Tel.: (11) 5573-6979


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Ai, que Saudade ....


(*) Katia Horpaczky


Saudades... recordações... lembranças... por que será que nunca conseguimos resistir ao “nó na garganta?

Podemos dizer que nem tudo é melancolia, quando o coração aperta e vem aquele “nó” na garganta, recordando um amor, uma fase da vida ou mesmo, um lugar.
A saudade pode ser transformada num sentimento confortante, livrando-se do lado sombrio da melancolia e ficando apenas com o lado bom e gostoso do que está longe, de quem não está mais aqui... do que não volta mais.


“Ter saudade até que é bom. É melhor que caminhar sozinho”.
Da canção “Sonhos”, de Peninha.


Às vezes, basta um cheiro, uma música ou uma palavra... E pronto! A saudade entra em ação, trazendo muitos sentimentos com ela: tristeza, ressentimento, alegria, amargura, esperança, desilusão... E um forte desejo de querer voltar no tempo...

É quando dizemos que a saudade dói, mas não é uma dor física, é uma dor no coração, na alma. Sentir saudades é bom, mas precisamos aprender a abrir espaços para novas experiências, vivências e pessoas.

Existem saudades que nos levam a uma reavaliação de como estamos conduzindo a nossa vida, que pode estar muito acelerada ou desconectada de nossas realidade e necessidades. Por exemplo: sentir saudades de um amigo que mora na nossa cidade, não há necessidade de manter essa saudade; é só reorganizar a rotina diária para ter um tempo de ligar ou mesmo encontrá-lo. Isso vale para muitas outras saudades.

Quando se sente saudade de um amor do passado com muita freqüência, a ponto de se tornar uma obsessão, é momento de reavaliar a atual situação dos relacionamentos afetivos.

Essa pessoa amada do passado pode estar sinalizando que alguma coisa está faltando hoje. Podemos avaliar se os relacionamentos afetivos atuais possuem carinho, afeto, romantismo e até mesmo a paixão que havia no antigo amor.

Porém, se a saudade é de um ente querido que faleceu, é importante avaliar o que essa pessoa representou e ainda representa na nossa vida para que possamos lembrar dela sem ressentimentos ou idealizações excessivas. O ente querido pode continuar a viver dentro de você com as coisas boas que ele deixou.

Podemos permitir preencher o espaço vazio com as relações atuais. No relacionamento com pessoas mais velhas, por exemplo, podemos ter o apoio, o incentivo e até mesmo o “colo” que tínhamos dos nossos pais. Não é esquecer ou substituir o ente querido por outro; é amenizar a dor da falta, da perda, da solidão...

Havendo muita dificuldade em superar a falta e a perda, a tristeza e a melancolia resultantes, podem provocar doenças de fundo psicossomático e até mesmo a depressão. Isto porque as nossas emoções influenciam diretamente o nosso organismo.  O que pode ser feito é evitar os pensamentos depressivos e procurar vivenciar a saudade de forma positiva, deixando de fora a dor e a amargura, estimulando as recordações dos momentos alegres.

Não existe nenhuma química que acabe com a saudade, mas você pode recorrer ao auxílio de um psicólogo para, através de um processo de psicoterapia, reavaliar a sua vida e livrar-se da tristeza e da dor.

(*) Katia Horpaczky é Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal,
E-mail: katia@rodadavida.com.br
Tel: (11) 5573-6979