(*)Katia Horpaczky
Cada vez mais, problemas sexuais masculinos estão levando
os homens a procurar terapia.
Atualmente,
mais e mais homens procuram ajuda e conversam mais sobre suas dificuldades
sexuais. Quais são as
principais "queixas"? Alguns vem a pedido da esposa,
outros por insatisfação pessoal, insatisfação com a performance, problemas de
impotência e ejaculação precoce. Atualmente um fator novo tem surgido que é a
falta de libido, por vários motivos. Um deles está associado ao fato de o
mercado de trabalho estar mais competitivo. Um homem de mais de 40 anos tem de
disputar com um jovem que fala várias línguas, é expert em computação e por aí
vai. Junta-se a isso a insegurança masculina com relação à mulher atual, que
está mais autônoma e independente financeiramente.
Homem
sem dinheiro e posição sente que não é nada na nossa cultura, pois esses são os
símbolos de masculinidade e potência sexual. Além disso, tem a insegurança e a
pressão no trabalho para afetarem ainda mais o desejo sexual. Razão pela qual a
procura por terapia aumentou com a eclosão da crise.
A principal
queixa masculina com relação às mulheres, além da "agressividade"
feminina, eles dizem que se sentem "usados" pelas mulheres, mas não
no sentido sexual. Na opinião deles, o interesse feminino está no dinheiro,
posição e prestígio dos homens.
A
preocupação masculina em dar prazer à mulher vai respigar na vaidade do homem,
que está associada à sua performance sexual. Afinal, ao conseguir dar prazer à
mulher, ele se sente "o cara". No passado, porém, ter ereção e
procriar eram suficientes para se acharem "o cara". Só que hoje não
basta mais ele se ver assim. Agora a mulher também precisa enxergá-lo dessa
maneira. Mas há ainda muito homem egoísta, que não está nem aí para o prazer
feminino.
Hoje
as mulheres estão mais exigentes na cama não adianta só "comparecer",
tem de saber fazer a coisa certa. Mas também existe aquela que joga toda a
responsabilidade pelo seu prazer no homem. Cobra um prazer que, na verdade, ela
própria tem de buscar, se permitindo conhecer melhor o seu corpo para poder
mostrar o que quer. Não existe super-homem, nem o parceiro deve adivinhar os
desejos dela, pois cada ser humano é diferente do outro. Há centenas de lugares
de excitação no corpo, mas tem muita gente que ainda acredita que sexo se
resume apenas ao pênis e ao clitóris.
Ainda há muita dificuldade de diálogo entre casais, porque ainda existe vergonha de falar um para o outro sobre os pontos eróticos do corpo. Por trás do comportamento mais solto de hoje, há muita dificuldade para se expressar na intimidade. As pessoas saem para transar, até têm quantidade de parceiros, mas não qualidade na relação. Quando sexo vira tema de conversa, geralmente na mesa de bar, acaba sendo motivo de piada ou sacanagem. A tendência é não se levar esse tema a sério, especialmente os homens. As mulheres conseguem se abrir mais com amigas íntimas.
Então
vamos deixar a vergonha de lado, conversar mais com o parceiro e se necessário
procure um psicológo, faça terapia!!!
Kátia
Horpaczky
Psicóloga
Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal. katia@rodadavida.com.br
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