(*) Katia
Horpaczky
“Se decepcionar com alguém é nossa responsabilidade”
Fomos nós
que construímos os valores e o rótulo que colocamos na outra pessoa. Foram
nossos conceitos que pautaram o carinho, o amor e a amizade. Ninguém é igual a
nós.
Você sofre porque espera demais das pessoas. Elas são elas com seus
conceitos e valores, você é você. Cada ser humano é diferente e vê a vida com
sua exclusiva evolução e entendimento. As verdades são singulares. Nas
dificuldades as pessoas mudam. Nas festas são todos iguais. A música e o
ambiente contribuem para a harmonia do local. As pessoas dão o que podem dar.
Nós é que temos expectativas diferentes.
Temos que
analisar este ponto para nos policiarmos e nunca esperarmos das pessoas aquilo
que elas não conseguem nos dar.
Todos nós,
cada um de nós, decepciona alguém, em algum momento ou outro. Reconhecer este
fato da experiência humana pode ajudar-nos a lidar com a dor da desilusão,
quando se trata de aprofundar a nossa capacidade de amar e conectarmo-nos com a
“imperfeição” dos outros.
Aplicando algumas
medidas você pode conseguir ultrapassar o sofrimento da sua decepção:
§ Fale sobre a sua
decepção. Abordar o assunto pode parecer fazer piorar a dor no início.
Conversando com amigos, parentes, ou um profissional pode ajudá-lo a processar
os sentimentos e a restabelecer o equilíbrio emocional.
§ Lembre-se que
existem sempre várias versões para uma história. Tente obter mais informações
antes de tomar qualquer ação ou tomar qualquer decisão sobre como responder a
uma situação.
§ Coloque-se no lugar
da outra pessoa. Mesmo se você tenha uma opinião diferente, não diga, “Eu nunca
faria isso.” Quem sabe, você até poderia fazer se estivesse na mesma posição.
§ Seja gentil com
você mesmo. A raiva, que pode ser o seu sentimento primário, muitas vezes é uma
reação à dor. Tente reconhecer o quão você se sente magoado e tenta amenizar a
sua dor com gentileza e bondade. Esforce-se por não ficar demasiado ressentido
ou rancoroso.
§ Converse com a
pessoa que foi alvo da sua decepção, se for possível, pode ser útil, mas às
vezes pode piorar as coisas. Então, seja claro sobre o que você pretende
alcançar com essa possível conversa. Insultar ou atacar provavelmente não
vai ajudar. Procure envolver-se numa discussão realista sobre o que a outra
pessoa fez, e o quanto isso tem perturbado você, pode ser útil.
É importante trabalhar a
sua capacidade de adaptação às circunstâncias da vida e à mudança,
desenvolvendo a sua flexibilidade.
“É engraçado como
depositamos tanta confiança e tanto sentimento nas pessoas. Em pessoas que
achávamos conhecer, mas, que no fim, só mostraram ser iguais a todos. E por
esperar demais, sonhar demais, criar expectativas demais, sempre acabamos nos
decepcionando e nos machucando cada vez mais.” Dalai Lama
(*) Katia Horpaczky
Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Sexual,
Família e Casal.
Contatos: katia@rodadavida.com.br
(11) 5573-6979
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