(*) Katia Cris tina Horpaczky
Em sua essência, podemos dizer que a solidão não tem a
ver com abandono, uni ou bilateral. Sol idão
tem a ver com unidade, com integridade do nosso eu, com o reconhecimento e
respeito a um eu e a um tu diferentes. Sol idão
pode coincidir ou não com uma retirada estratégica, que pode nos permitir a
interiorização,a meditação e a reflexão.
Se estamos aqui, refletindo sobre esse tema, é graças a
esses momentos de solidão nos quais nós nos encontramos e que é saudavelmente
preenchido por coisas boas, que nos permitem ficarmos confortavelmente sós,
trabalhando nossas idéias e sentimentos que vão de uma forma ou de outra
retornar ao mundo externo com o qual não perdemos a conexão.
Poderá haver várias circunstâncias, onde a solidão será
vivenciada com muito sofrimento. Até mesmo com muita angústia. Recomendamos que
esses momentos sejam respeitados, para que possamos "voltar"
fortalecidos.
Para algumas pessoas, solidão é um verdadeiro modo de
vida, fruto de um sistema de defesa muito rígido, tendo como objetivo o
isolamento, acreditando assim que se está seguro e protegido.
Alguns Disfarces Para Uma Sol idão
Dolorosa :
ü
cultivo
a uma vida social intensa, aliada à ausência de intimidade e a um constante
boicote a momentos de reflexão pessoal;
ü
obsessão
pelo trabalho, pelo esporte e por atividades culturais, com o foco centrado no
produto e retirada de afeto nos vínculos;
ü
vício
em aparelhos de som e imagem, uso compulsivo de álcool, drogas ou alimentos,
com dificuldade em seleciona-los e em renunciar a eles;
ü
vida
sexual promíscua, através da qual a multiplicidade de parceiros permite certo
alívio de tensões e a sensação de não estar efetivamente só.
É preciso informar aqui que existem dois tipos de
solidão: A solidão real e a imaginária. Na Sol idão
real , a pessoa realmente está só, vive isolada em São Paulo, por exemplo,
longe de seus familiares e amigos. Já na Sol idão
imaginária , a pessoa está rodeada de gente, mas se sente só, solitário. Já
pode ter te acontecido de você ir a uma festa e sentir-se solitário. De estar
junto com seus familiares e isso não preencher o vazio que você sente em seu
coração em determinadas horas.
Podemos ter também o que chamamos de Sol idão a dois . O casal, apesar de estar junto, um
ou ambos se sentem só, há um vazio, um tédio, isso em muitos casos se dá pelo
fato do casal se comunicar pouco, deixar a rotina e a preocupação predominar na
relação.
Em contrapartida, há muitas pessoas que vivem sozinhas e,
no entanto, não sofrem de solidão. Para elas, viver só significa liberdade,
alegria e até privacidade. Então, o que faz a diferença entre uma pessoa que
sofre de solidão e a que não?
Talvez uma diferença esteja em que muitas pessoas
condicionam sua felicidade em fatores externos, impondo até determinadas
condições para ser feliz. Por exemplo: “Só vou ser feliz se conseguir encontrar
a minha alma gêmea”... “Só vou ser feliz quando eu comprar a minha casa
própria”.
Muitas vezes colocamos uma série de condições para sermos
felizes, e não percebemos isso, entrando assim num ciclo vicioso. Será mesmo
que você vai ser verdadeiramente feliz ao conseguir concretizar essas
condições? Muitos se queixam, reclamam e se entristecem pela falta de dinheiro
e companhia.
Algumas pessoas mesmo melhorando suas condições, conseguindo
o que quer, continuam queixosos, insatisfeitos, reclamando de tudo e de todos.
Chamamos isso de ilusão. A resposta e a solução que se precisa está dentro de
si.
Podemos descobrir que somos a
"nossa melhor companhia". Quando você aprende a se amar verdadeiramente,
sua vida se torna mais fácil e produtiva e seus relacionamentos se tornam mais
carinhosos e nutritivos. Experimente e verá!!!
(*) Katia Cris tina Horpaczky
Psicóloga clinica
Tel: 11
5573-6979
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