quarta-feira, 23 de julho de 2014

INVEJA

                                     Você tem inveja?

(*) Katia Horpaczky

Nessa semana um tema muito recorrente nas sessões com os meus pacientes, foi a inveja, Dentre os sete pecados capitais, a inveja talvez seja o mais comum...e o mais perigoso para os relacionamentos. 73% dos brasileiros já admitiram ter sentido inveja, segundo o Ibope. "A inveja nasce como um desejo de ter o que as pessoas ao seu lado têm, é um sentimento natural. Ele se transforma em inveja quando, em vez de querer algo, você quer evitar que o outro consiga qualquer coisa", explicou o rabino Nilton Bonder, autor de "A cabala da inveja".

A inveja é constantemente usada por nós, pois faz parte de um dos mecanismos de defesa, devido às conotações negativas, isso faz com que a gente esconda, mascare. A gente  confessa medo, ciúme, raiva, mas inveja nunca! A inveja é o único sentimento que se alimenta de sua própria ocultação. Admitir que estamos sentindo inveja, é admitir uma competição, ou uma desistência resignada.

Muitas vezes a inveja vem da raiva e da frustração, a inveja só aparece em grupos de pessoas que estão próximas, seja na família ou no trabalho. Sentimos inveja de pessoas que estão ao nosso lado e que nos lembram de uma forma ou de outra que não estamos conseguindo atingir as nossas metas de vida.
Podemos falar de três tipos de inveja. O primeiro deles é a inveja autodestrutiva. "É quando nos sentimos inferiores diante da aparência ou conquista de outras pessoas",
A inveja patológica, aquela que nos faz querer destruir aquele que invejamos. É o segundo tipo, e o mais perigoso.
O terceiro tipo de inveja, a criativa, A inveja criativa é aquela que você sente e usa para conquistar o que deseja.
Transformar esse sentimento em inveja criativa é mais fácil do que se imagina. Tente transformar essa emoção que nos parece tão “negativa” em  “positiva”, quando ao invejarmos  uma qualidade em alguém, uma posse, um bem. Usarmos essa “energia” para conseguirmos, lutarmos, buscarmos esse “objeto”, usarmos essa “energia” para crescimento próprio, pois é muito saudável termos alguém como modelo, ou algum objeto ou cargo como meta, em vez de “destruí-lo” no outro, como por fofoca, que é uma clara demonstração de inveja, insinuações maldosas, comentários, falsos testemunhos e cinismo, por exemplo. A inveja é uma emoção totalmente controlável e possível de ser trabalhada, pois quando entramos em contato com essa emoção temos como lidar da melhor forma possível.

(*) Katia Horpaczky
Psicóloga clinica, sexualidade e casal
Tel: 11-5573-6979

Nenhum comentário:

Postar um comentário