Você tem
inveja?
(*)
Katia Horpaczky
Nessa semana um tema muito recorrente nas
sessões com os meus pacientes, foi a inveja, Dentre os sete pecados capitais, a
inveja talvez seja o mais comum...e o mais perigoso para os relacionamentos.
73% dos brasileiros já admitiram ter sentido inveja, segundo o Ibope. "A
inveja nasce como um desejo de ter o que as pessoas ao seu lado têm, é um
sentimento natural. Ele se transforma em inveja quando, em vez de querer algo,
você quer evitar que o outro consiga qualquer coisa", explicou o rabino
Nilton Bonder, autor de "A cabala da inveja".
A inveja é constantemente usada por nós, pois faz
parte de um dos mecanismos de defesa, devido às conotações negativas, isso faz
com que a gente esconda, mascare. A gente
confessa medo, ciúme, raiva, mas inveja nunca! A inveja é o único
sentimento que se alimenta de sua própria ocultação. Admitir que estamos
sentindo inveja, é admitir uma competição, ou uma desistência resignada.
Muitas vezes a inveja vem da raiva e da frustração, a inveja só aparece em grupos de
pessoas que estão próximas, seja na família ou no trabalho. Sentimos inveja de
pessoas que estão ao nosso lado e que nos lembram de uma forma ou de outra que
não estamos conseguindo atingir as nossas metas de vida.
Podemos
falar de três tipos de inveja. O primeiro deles é a inveja autodestrutiva.
"É quando nos sentimos inferiores diante da aparência ou conquista de
outras pessoas",
A inveja
patológica, aquela que nos faz querer destruir aquele que invejamos. É o
segundo tipo, e o mais perigoso.
O terceiro
tipo de inveja, a criativa, A inveja criativa é aquela que você sente e usa
para conquistar o que deseja.
Transformar
esse sentimento em inveja criativa é mais fácil do que se imagina. Tente
transformar essa emoção que nos parece tão “negativa” em “positiva”, quando ao invejarmos uma qualidade em alguém, uma posse, um bem. Usarmos
essa “energia” para conseguirmos, lutarmos, buscarmos esse “objeto”, usarmos
essa “energia” para crescimento próprio, pois é muito saudável termos alguém
como modelo, ou algum objeto ou cargo como meta, em vez de “destruí-lo” no
outro, como por fofoca, que é uma clara demonstração de inveja, insinuações
maldosas, comentários, falsos testemunhos e cinismo, por exemplo. A inveja é
uma emoção totalmente controlável e possível de ser trabalhada, pois quando
entramos em contato com essa emoção temos como lidar da melhor forma possível.
(*)
Katia Horpaczky
Psicóloga
clinica, sexualidade e casal
Tel: 11-5573-6979
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