(*) Katia Horpaczky
Quem
nunca teve um dia ruim, que levantou com o pé esquerdo, aqueles dias que a
gente fala que nem deveria ter saído da cama? Ou ficou mau-humorado no trânsito
caótico, da cara fechada do chefe, ou até mesmo com a conta bancária?
Situações
como essas são comuns no nosso dia-a-dia e não deveriam criar grandes
preocupações, pois geralmente passam e são resolvidas de uma maneira mais
rápida, como um acontecimento corriqueiro, e depois de um cafezinho, de dar uma
volta, uma respirada a cabeça “esfria”.
O
mau-humor passa a ser um problema quando se torna constante, quando compromete,
de uma forma significativa o modo de vida das pessoas. Nesse caso, o estado
alterado de humor caracteriza uma doença pouco conhecida e pouco divulgada,
conhecida como “distimia”. Trata-se de uma depressão crônica, com sintomas de
intensidade leve a moderada, que pode ter início na infância, adolescência ou
na fase adulta. De acordo com estudos, a doença é causada pela associação de fatores
biológicos, ambientais e emocionais.
Muitas
situações predispõem ao surgimento da distimia, como, por exemplo, um estilo de
vida solitária, viver em ambientes austeros e de alta competitividade, a falta
de diálogo, problemas de relacionamentos, crises em casa ou no trabalho,
descontentamento e frustrações e também a exigência constante de perfeição.
Como
o mau humor não é levado a sério, poucas pessoas procuram ajuda especializada.
A resistência pode ter origem no desconhecimento e na falta de informação de
que é um problema e que tem tratamento.
Descobrir
o porquê do desequilíbrio entre o bom e o mau-humor, da agressividade e
instabilidade freqüentes é o melhor caminho para resolver e ter uma melhor
qualidade de vida.
Perfil do
mau humorado
- humor deprimido durante grande
parte do dia
- aumento ou a diminuição do
apetite
- insônia o excesso de sono
- autoestima baixa
- indecisão
- pessimismo
- irritabilidade freqüente
- falta de esperança
- diminuição da produtividade e do
desempenho
- sentimentos de não aceitação de si
mesmo e do outro, acompanhados por
sentimentos de culpa.
Algumas
sugestões de relaxamentos que podem ajudar a atenuar e até mesmo espantar o
mau-humor:
- um banho quente no final do dia
- um escalda-pés, com massagem nos
pés
- tomar sol, captando assim a energia
solar, mas sempre no horário da manhã
- praticar algum tipo de meditação
como yoga, ou tai chi chuan que ajudam a equilibrar a energia
- praticar um esporte,
principalmente os de grupo, ativando assim a sociabilidade.
E,
principalmente, fazer uma auto-avaliação e pedir ajuda especializada, de um
psicólogo, se achar necessário.
(*) Katia Horpaczky
Psicóloga
clinica
CRP 06-41.454-3
Tel: 11 5573-6979
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